RA completa 13 anos no AR

sexta-feira, 31 de março de 2006

'Com Serra, a gente nun-Kassab'

Da Folha Online

A ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Aloizio Mercadante, pré-candidatos do PT ao governo de São Paulo, criticaram o tucano José Serra, que deixou hoje a prefeitura para disputar as eleições de outubro. Unidos na crítica, os petistas disseram que Serra traiu os eleitores paulistanos ao descumprir a promessa de campanha de terminar o mandato de prefeito.

Para Mercadante, Serra cometeu um "estelionato eleitoral". "Serra disse em todas as oportunidades (durante a campanha) que não seria sairia da prefeitura para ser candidato. Ele desrespeitou completamente os eleitores e foi contra o valor mais importante que o homem público pode ter, que é a sua palavra", afirmou o senador petista.

Marta atacou o fato de Serra ter deixado a prefeitura com Gilberto Kassab. "Abandonar a prefeitura nessa circunstância nas mãos de Kassab, que ninguém conhece, e que é do PFL (partido sem representatividade), não tem como isso não pesar", disse a ex-prefeita petista.

Mercadante também disparou contra Kassab. "A cidade está condenada a ter um prefeito que não elegeu e jamais elegeria. Kassab foi o homem forte do (ex-prefeito) Celso Pitta. Ele ainda fez um trocadilho com os nomes de Kassab e Serra. "Com Serra, a gente nun-Kassab", repetiu várias vezes em tom irônico.

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Dancin' Days

Crônica de Nelson Motta (via e-mail)

A brasileiríssima expressão "no fim tudo acaba em samba" é originalmente carioca mas, por influência paulista, acabou se transformando em "acabar em pizza".

Agora, numa síntese interestadual prá lá de dialética, a deputada Guadagnin juntou as duas em uma e a pizza acabou em samba. A impunidade ao quadrado.

E depois ainda veio ofender os idosos, as mulheres, os gordos e os feios que não aceitam nada do que ela comemora, dizendo que sua atitude só teve esta dimensão por sua condição de mulher madura, acima do peso e fora dos padrões de beleza vigentes. Ah, e porque luta pela justiça. Parece que os cidadãos e cidadãs honrados que não lutam pela justiça são todos jovens, magros e bonitos. E burros.

A deputada ofendeu também milhões de machistas honestos, trabalhadores e patriotas, quando sugeriu, em tom indignado e ressentido, que se fosse uma gostosona ou um homem não reclamariam tanto. Podem ser machistas, mas não são burros e nem aguentam mais corrupção, mentiras e cinismo.

Se a Maria Fernanda Cândido fosse deputada e sambasse no plenário seria lindo de ver, mas horroroso se fosse para comemorar a absolvição de colegas pilhados com a mão na massa. Mas Maria Fernanda jamais faria nem uma coisa nem outra: é uma mulher de responsabilidade e compostura.

A defesa da musa da pizza - cada momento de nossa história tem a musa que merece - faz par perfeito com Severino se dizendo vítima de preconceito por ser macho, nordestino, feio e barrigudo. Mas nem Severino se deu à grotesqueria de xaxar em plenário.

A deputada é também uma mulher de sorte, a queda de Palocci ocupou todos os espaços da mídia e tirou-a da linha de tiro. Mas nada que ela fizer ou disser apagará da memória popular as inesquecíveis imagens de uma deputada rindo e sambando pela impunidade e o privilégio.

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Da série 'A inveja é uma merda'


Nova carteira de identidade da União Européia

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Um passeio de 10 milhões de dólares

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão*, hoje na Folha Online

Como um dos parceiros no projeto de construção da ISS (Estação Espacial Internacional), o Brasil assumiu o compromisso de construir algumas peças - ao custo de US$ 120 milhões. Além de dar treinamento, a Nasa se encarregaria de enviar Marcos Cesar Pontes ao espaço; tudo sem custo adicional.

Entretanto, o Brasil não tem honrado o compromisso de arcar com os custos das peças, enquanto outros países fazem suas contribuições para a montagem da estação. Em conseqüência, os astronautas dessas nações têm prioridade para voar, e Pontes acabava sendo preterido, ficando sempre para o fim da fila. A situação se agravou com o acidente do Columbia, em 2003, quando a frota norte-americana de veículos espaciais foi desativada.

O transporte para a ISS passou a ser feito com a espaçonave russa Soyuz. Esta, porém, tem tripulação de só três astronautas, enquanto a lançadeira comportava sete. A redução do número de assentos fez com que a fila de espera em que estava Pontes aumentasse.

O vôo de Marcos Pontes (444º astronauta ao espaço) é, na realidade, uma grande jogada eleitoreira do governo. Ela não irá contribuir em nada para reafirmar o programa espacial brasileiro. Na realidade, Pontes poderia ir ao espaço em 2009, de graça, sem pagar os US$ 10 milhões, se o Brasil tivesse cumprido o acordo de construir algumas peças para a ISS. É mais importante cumprir essa tarefa do que enviar um brasileiro ao espaço, pois ela irá gerar um desenvolvimento tecnológico no Brasil.

Muito mais importante é destinar recursos para tornar realidade nosso programa espacial. Há mais de 10 anos, o nosso veículo lançador de satélites, o VLS, está sofrendo uma "sabotagem governamental", pois as verbas foram reduzidas no fim do governo Sarney, que estabeleceu o acordo de colaboração espacial durante visita à China.

Nosso programa espacial não será beneficiado com o vôo do astronauta brasileiro. Convém salientar que as críticas relativas à Missão Centenário não atingem Pontes, que, competente, vai levar a bom termo as oito experiências programadas. No entanto, os ganhos científicos serão muito reduzidos. Não são experiências prioritárias. Elas poderiam ser realizadas em 2009.

Sob o ponto de vista político, a Missão Centenário só terá repercussão no Brasil nas classes menos esclarecidas. Aliás, a associação do envio do astronauta brasileiro com o vôo do 14 Bis vai colocar em evidência que o Brasil, em cem anos, sofreu um grande atraso.

Naquela época, fomos os primeiros a controlar a dirigibilidade dos balões e a levantar vôo com um veículo mais pesado que o ar, graças à iniciativa de Santos Dumont. No presente, o governo gasta US$ 10 milhões para colocarmos um astronauta no espaço - sendo que mais de 30 países já o fizeram -, usando lançadores de outros países.

Talvez seja por causa disso que não existe em relação ao astronauta o mesmo senso de patriotismo que envolve o feito de Santos Dumont. Na realidade, o que existe é certa euforia, e não patriotismo. É esse espírito que o governo atual quer captar para a sua reeleição.

Criticar o gasto desnecessário não é falta de patriotismo. Ao contrário, é um ato de patriotismo - e até mesmo de coragem, durante determinados regimes. Na verdade, a falta de sensibilidade dos governos em relação à pesquisa científica e tecnológica no Brasil constitui um ato de desrespeito dos políticos com o futuro de nossa pátria.

A Índia e a China já têm os seus lançadores há mais de dois decênios. Começaram seus programas na mesma época que o Brasil. A Índia vem lançando os seus satélites por meios próprios. A China foi o terceiro país a colocar um astronauta no espaço com seus lançadores. Não lançou nenhum homem no espaço com o auxílio de outro país.

O importante é que as autoridades do governo do Brasil compreendam que o programa espacial é fundamental para a economia (o transporte de satélites é um comércio muito lucrativo) e para a segurança nacional, assim como para o progresso cientifico e tecnológico, tendo em vista o seu efeito nas mais diferentes indústrias, como na eletrônica.

O atraso do nosso programa espacial já deveria ter provocado uma CPI sobre o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro. Quando a URSS colocou o primeiro satélite artificial em órbita, houve um questionamento por parte dos políticos norte-americanos para saber a razão pela qual os EUA não conseguiram fazê-lo com sucesso antes dos russos. Até o sistema de ensino foi questionado. No Brasil, se perdermos a Copa do Mundo, será uma verdadeira crise...

* Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, 70, astrônomo, doutor pela Universidade de Paris, é criador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins (RJ). É autor de mais de 70 livros, dentre os quais "Anuário de Astronomia 2006".

Enviado por JEO Bruno.

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quinta-feira, 30 de março de 2006

Assunto do dia


O brasileiro que foi pro espaço (Folha Imagem)

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Convite


Segundo romance do fotógrafo JR Duran

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Mandato de Silvinho não corre mais riscos

Mistério esclarecido. No início da madrugada de ontem (quarta-feira), um foguetório, que parecia interminável, interrompeu a minha releitura de "A Sangue Frio", do Truman Capote. Da janela da sala, fiquei matutando sobre o motivo de uma comemoração tão fora de hora - futebol? (não, não houvera jogos na terça); resultado da mega-sena? (só na quarta à noite); festa junina? (ainda estamos em março). Nada disso.

A razão da festa - acabo de saber no site do jornal A Voz da Cidade - foi a negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dar seguimento ao Agravo de Instrumento impetrado pela Coligação Força Popular (PDT/PV/PSB/PP/PFL/PSDB/PRP), que questionava a legitimidade da eleição do prefeito Sílvio de Carvalho. Isso põe fim a um suspense que já durava alguns meses, desde que a Força Popular recorreu ao TSE, depois de ter recebido uma resposta negativa do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ao mesmo Agravo.

A partir de agora, Silvinho pode se preocupar exclusivamente com os problemas da sua administração. Portanto, mãos às obras (são muitas a realizar), prefeito!

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quarta-feira, 29 de março de 2006

Assunto do dia


O mundo de olho no eclipse solar (Fotos AFP/Reuters)

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Globo responde a Lima Duarte

Depois da bombástica entrevista de Lima Duarte ao jornal Folha de São Paulo, publicada domingo passado, era de se esperar uma pronta reação da Rede Globo às declarações do ator, que criticou abertamente a emissora e, até, alguns colegas de trabalho. Lima disse, entre outras coisas, que as novelas da Globo eram todas iguais, que a edição do Fantástico - assim como a de quase todos os programas - era uma merda, que a Record ao imitar a Globo estava clonando uma droga, e que não gostava da atuação de seu colega Tony Ramos na novela Belíssima.

Em resposta a tudo isso, a Globo reservou a maior parte do programa Video Show, de hoje, para homenagear Lima Duarte, o aniversariante do dia. Foi uma das maiores homenagens já vistas nos últimos anos, com direito a cenas de todas as novelas feitas por ele (dentro e fora da Globo), trechos de antigas entrevistas com o ator e declarações apaixonadas - e emocionadas - de colegas como Maitê Proença, Luiz Gustavo e... Tony Ramos, que disse considerá-lo um grande mestre!

Depois dessa, só resta ao inesquecível intérprete de Sassá Mutema - ele detesta ser lembrado por isso - guardar a viola no saco e agradecer à Globo por mais essa (dentre tantas outras) homenagem.

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A volta do mestre


Filme de Nelson Pereira dos Santos

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A atriz Malu Mader em uma cena de Brasília 18%

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Karine Carvalho e Malu Mader

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Bruna Lombardi e Carlos Alberto Riccelli

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Sinopse de 'Brasília 18%'

Enviado por Lu Gastão (via e-mail)

O médico legista Olavo Bilac, renomado especialista brasileiro que trabalha em Los Angeles, é convidado pelo IML de Brasília para arbitrar a controvertida perícia referente à identificação de uma ossada, supostamente pertencente à jovem economista Eugênia Câmara, desaparecida há meses.

A decisão do médico é cercada por grande pressão e expectativa. Se a perícia confirmar a identidade de Eugênia Câmara, ficará provado que ela foi assassinada pelo namorado Augusto dos Anjos, cineasta, colega de faculdade, e última pessoa a vê-la antes do desaparecimento. O futuro deste artista promissor depende, portanto, do laudo pericial do famoso legista. Os políticos acusados pelo principal suspeito querem que o cineasta permaneça na cadeia, e por isso pressionam o legista para identificar o corpo de Eugênia.

No entanto, o Doutor Bilac, que sofre profundamente por uma viuvez recente, apaixona-se por Eugênia através de fotos e vídeos, e também por comentários, sempre contraditórios, sobre seu comportamento. Dominado pela paixão, ele conclui a perícia de forma negativa: o corpo examinado NÃO é de Eugênia.

Ela está viva? Quais as consequências dessa conclusão científica sobre o universo político de Brasília?

Pitaco do RA: Muito bom saber que um dos maiores cineastas brasileiros continua, aos 77 anos, em plena atividade. Recém-eleito membro da Academia Brasileira de Letras (a escolha aconteceu no último dia 9), Nelson Pereira dos Santos tem em seu vasto currículo obras-primas admiradas por platéias do mundo inteiro. Entre os seus filmes mais conhecidos, estão: "Vidas Secas", "Rio 40 Graus", "Memórias do Cárcere", "Como era Gostoso o meu Francês", "Rio Zona Norte", "O Amuleto de Ogum", "A Terceira Margem do Rio" e "Tenda dos Milagres". Com trilha sonora de Paulo Jobim (o filho do Tom), "Brasília 18%" - que estréia no dia 21 de abril - tem algumas cenas filmadas no Congresso Nacional, durante a famigerada CPI do Mensalão. A estréia americana acontece em Nova York, no dia 25 de abril, em meio às homenagens que o diretor brasileiro receberá na edição 2006 do Festival de Tribecca, evento criado por Robert De Niro e considerado a nova meca independente do cinema mundial.

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Parto de Britney Spears vira escultura

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Obra de arte

Do jornal La Repubblica

Ainda nem foi apresentada oficialmente, mas já está gerando muita polêmica. Trata-se da escultura do artista Daniel Edwards que retrata a cantora americana Britney Spears dando à luz a seu filho. A obra - intitulada "Monumento à vida: o nascimento de Sean Preston" - será exposta em uma galeria de Nova York a partir do dia 7 de abril.

Pitaco do RA: Quando a gente pensa já ter visto tudo nesta vida, que nada mais pode surpreender, vem uma Britney Spears e nos enche os olhos de espanto! Impressionante...

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terça-feira, 28 de março de 2006

'Saída de Palocci encoberta Lula'

Da Folha Online

A senadora e pré-candidata pelo PSOL (Partido do Socialismo e da Liberdade) à Presidência da República, Heloísa Helena, afirmou ontem que a saída de Antonio Palocci é uma solução para livrar o presidente Lula da responsabilidade nas denúncias de corrupção que envolvem o Planalto.

"A saída dele é uma tática inteligente do presidente da República, fraudulenta para acobertar a sua própria responsabilidade no esquema que foi montado", disse.

A senadora afirmou também que Palocci seria um dos "tentáculos" do esquema de corrupção na máquina pública:

- Se nós estivéssemos em um país onde o Congresso Nacional não fosse um dos lados do balcão de negócios sujos, já não haveria espaço para o presidente da República continuar presidente. O grande comandante do esquema de corrupção articulado na máquina pública, sem dúvida, é o presidente da República.

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É uma vergonha!

Trecho de artigo de Boris Casoy, hoje na Folha:

Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.

O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade das eleições faz com que o governo use e abuse ainda mais do poder. Desde o início, este governo é envolvido na compra de consciências, na lubrificação da alma de órgãos de comunicação por meio de gigantescas verbas publicitárias e de perseguir os que lhe negam aplauso.

Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio Lula da Silva é a sua biografia, a saga do trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente. Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo. Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira figura, submetido a uma metamorfose às avessas.

As razões legais para o processo de impeachment gritam no artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes de responsabilidade do presidente. Basta ler os seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o Congresso promova o processo de impeachment de Lula: atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o livre exercício dos direitos individuais ou contra a probidade da administração.

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Pelo impeachment de Lula

Cesar Maia (via e-mail)

A quadrilha que assaltou o Estado brasileiro, começa a desmoronar. Palocci renunciou. Não basta. Tem que ser julgado por seus crimes. O último deles de violação do sigilo bancário e manipulação junto à imprensa. Mattoso, presidente da CEF (a mesma CEF dos bingos, dos contratos imorais com sistema de loterias e informática, sócio de Palocci na violação de sigilo bancário), da mesma forma que seu comparsa, deve ser julgado.

Lula disse e repetiu que assumia tudo por Palocci. Alguém agora tem dúvida de suas responsabilidades sobre todas estas bandalheiras? O processo de impeachment de Lula deve ser iniciado. Que o espírito de Barbosa Lima Sobrinho baixe sobre nossos invertebrados e que alguém de sua estatura moral, inicie o processo. Lula não tem mais como se explicar. Tem que ser julgado já. A Câmara de Deputados deve votar a autorização para o seu julgamento e, em seguida, o Senado iniciar o processo.

O chefe deles todos não pode mais disfarçar inocência. Sempre soube de tudo. E tem que pagar por isso. Esse é o maior escândalo da história do Brasil, incluindo o tempo da Colônia e o Ciclo do Ouro.

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segunda-feira, 27 de março de 2006

Palhaço barrado no Congresso


Parlamentares não admitem concorrência (Foto ABr)

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E for falar no Jornal Nacional...

Fiquei esperando a cobertura da morte da atriz Ariclê Perez - sepultada hoje em São Paulo - e nada. Normalmente a Globo reserva um generoso espaço no JN para homenagear os atores e atrizes que, de tempos em tempos, partem dessa para uma melhor. Dessa vez, nenhum comentário. Será que foi devido à natureza da morte, já que tudo indica que a intérprete de Dona Júlia (mãe do Juscelino, na minissérie JK) se suicidou? Se for, não vejo porque esconder o fato do público, mesmo porque - a essa altura - todos já sabem. Ariclê foi uma grande atriz, uma das melhores que o Brasil já teve. Esperemos que a homenagem que ela merece não esbarre em dogmas e preconceitos.

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O nome que não falta

Deu agora há pouco no Jornal Nacional que, com a demissão do Palocci e do Mattoso (ex-presidente da CEF), só falta saber agora quem divulgou o extrato do caseiro. Ora, desde sábado todos sabem - graças a um furo de reportagem do colunista Diogo Mainardi, da revista Veja - que foi o próprio assessor de imprensa do ex-ministro, o jornalista Marcelo Netto.

Diogo Mainardi, que não é jornalista "de carteirinha", disse que a notícia ainda não havia sido publicada porque jornalista não denuncia jornalista. No entanto, a Globo tem mais um motivo para não tocar nesse assunto: quem publicou, em primeira mão, o extrato do caseiro foi o blog da revista Época, que pertence às Organizações Globo.

E eu fico aqui no meu cantinho só imaginando como é que esse extrato chegou até a Época. Que foi enviado pelo Marcelo Netto, já sabemos. Agora, por que para a Época e não para a Veja ou para a Istoé? Ou, então, para algum dos grandes jornais? Será que houve leilão do extrato? Ou será que só a Época apostou na culpa do caseiro? Perguntas que, certamente, ficarão sem respostas. Afinal, jornalista não entrega jornalista.

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Chorinho pra variar

Enviado por Nice Pinheiro (via e-mail)

Se você já está cansado dos mesmos barzinhos, das mesmas músicas e dos mesmos músicos, que tal um programa diferente? Num dia de semana tranqüilo, que comece cedo e termine cedo... Eis uma boa sugestão:

Chorinho e samba antigo com o grupo Nós Nas Cordas, para ouvir e dançar (se quiser). Ambiente tranqüilo, cerveja gelada, tira-gosto... E você só paga o que consome!

Todas as terças-feiras, de 20h às 22:30h, no CCRR.

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Fim da linha


Nosso ex-ministro na visão do Gilmar

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Palocci pediu o boné

Acabo de ler no Uol Últimas Notícias um comunicado sobre o pedido de demissão do ministro Antônio Palocci. Desde sexta-feira passada já sabíamos aqui no RA que isso aconteceria hoje, portanto, nenhuma novidade. Do núcleo original do governo Lula, restam agora pouquíssimos personagens, entre eles, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que já esteve para cair diversas vezes. Outras mudanças acontecerão nos próximos dias, quando nada menos que 11 ministros abandonam seus cargos para disputar as próximas eleições.

Até o fim do ano, Lula vai cumprir uma espécie de mandato tampão, com uma nova equipe que não terá tempo de mexer em quase nada do que já está em andamento. Torçamos para que esses meses que restam passem depressa e sem maiores sobressaltos (principalmente econômicos), para que o próximo presidente possa assumir um país ainda sob controle e com um mínimo de auto-estima. Afinal, todos nós - petistas, tucanos, verdes, pemedebistas, pefelistas, pesolistas e outros istas - merecemos melhor sorte em 2007!

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A origem de tudo

"Não sou fanático por política. Não faz o meu gênero. Sinceramente, não sei o que vou fazer quando terminar meu mandato no sindicato".
(Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à revista Playboy/julho de 1979)

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domingo, 26 de março de 2006

Rubinho acusa ex-companheiro alemão


Maiores detalhes no Blog do Capelli

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Lima Duarte solta os cachorros

Hoje, na Folha:

Lima Duarte, 76 anos de idade, 55 de TV, logo brincou com a assessora da Globo que chegou para acompanhar a entrevista: "Você veio saber o que vou dizer, né?".

Pois ele não se intimidou. Falou mal da emissora, do merchandising que faz em "Belíssima", do sotaque grego de Tony Ramos, de Fernanda Lima. Disse que o "Fantástico" transforma tudo em "merda" e que há 40 anos se faz a mesma novela. Sobrou para Lula, "imbecil, idiota", e para a neta Paloma Duarte, por ter ido à TV rebater o "medo" que Regina Duarte disse ter da vitória do PT.

Lima confessou estar cansado da TV e espera que Murat, que interpreta na novela das oito, seja o último personagem televisivo. Em cartaz no cinema com "Depois Daquele Baile" e na expectativa da estréia de "Boleiros 2", em 7 de abril, no qual volta ao papel do técnico, ele só quer saber de filmes. Especialmente após ter sido dirigido pelo consagrado cineasta português Manoel de Oliveira, 97.

Na entrevista a seguir, o ator relembra o convite para ser candidato à vice-presidência na chapa de Mario Covas em 1989, conta ter "sublimado" o sexo e muito mais.

"Fantástico"
Desculpem falar muito, mas depois vocês editam. Não como o "Fantástico", hein! Dou entrevista a eles, e nos tornam imbecis. É como Silvio Santos, o grande químico do Brasil: transformava o domingo em merda. O "Fantástico" transforma qualquer opinião em merda, a edição é calamitosa. A da Globo de modo geral.

Covas e Sassá
Não me arrependo (de ter recusado convite para ser candidato a vice-presidente na chapa de Mario Covas, em 1989). Na ocasião, Sassá Mutema ("O Salvador da Pátria") era um grande personagem, um homem que ia do nada ao entendimento. Ele não sabia nada e aprendia a ler, a escrever, a amar, a se entender, aprendia mais e mais até ficar um imbecil. A Globo achou que era o Lula. Sassá era muito maior que o Lula. O PSDB me convidou a uma reunião com José Serra, José Richa, Fernando Henrique e Covas. Nunca havia me passado isso pela cabeça, estava envolvido com a Maitê (Proença, que fazia a professora por quem Sassá se apaixonava). O plano era contratar a Maitê, Chitãozinho e Xororó para comícios e lançar a candidatura no "Fantástico". Acho que ganharíamos. Fui consultar minha filha, que disse: "Sai dessa. Vão te destruir".

Ódio a Lula
Odeio Lula porque faz uma glamourização da ignorância, contra o que tenho lutado a vida toda. Também sou "analfa", fui criado como ele na roça, mas, puxa vida, descobri o encanto por trás da palavra escrita, a magia. Num país carente de conhecimento, ele não pode ter esse procedimento. É um imbecil, um idiota, um ignorante. Quando ia ao cinema, ia com o cachorrinho no colo. Para quê?

Paloma Duarte
Sabe-se agora que quem tinha razão era a Regina Duarte (quando foi à TV em 2002 dizer que tinha "medo" de Lula). A Paloma falou besteira, né? (Paloma Duarte, neta de Lima, criticou na TV o "medo" da colega) Discordei dela por brigar com a colega por causa desses merdas aí. Falei: "O que é isso, Paloma? Pára com isso. Como é que você vai à TV falar da outra? Eles vão ganhar, vão ser isso e aquilo, e você vai ficar mal com ela, que é atriz como você". Paloma é boa atriz, mas é muito arrebatada. Coitada, ela acreditava mesmo.

Última novela
Não quero mais fazer novela. Pretendia que "Belíssima" fosse a última. Mas já queria que a anterior fosse a última, e vieram com artilharia pesada, Irene Ravache, Fernanda Montenegro. Mas é duro fazer novela. Está cada vez mais cansativo. Estão escrevendo a mesma história há 40 anos. Faço o mesmo personagem, e o público chora a mesma lágrima, no mesmo horário. Mas o povo não deixa mudar. O povo não aceitou "Bang Bang". Colocaram a moça (Fernanda Lima), disseram que era bonita. Mas a vestiram demais. Aí teve de ser atriz e ficou ruim para ela. Se a novela vai mal, a primeira coisa é tirar a roupa da mocinha. A segunda é "Quem matou?".

Merchandising
Faço esse do Whiskas (ração para gato). Mas pagam muito mal ao ator, é mixaria. Faço um também com a Irene Ravache, aquele de pele. Ah é, Natura. É uma porcaria proporcionalmente ao que ganho. Não gosto, é meio aviltante, não? Contraria seu personagem, tem de pegar direito, virar o rótulo para a câmera. E fica lá a garota do merchandising dizendo como fazer a cena. Pergunto: "Não é o diretor que manda?". E os diretores ficam quietos. O merchandising manda. Ouvi dizer que um só dá para pagar quase o meu salário na novela inteira. Puxa vida, será?

"Cidadão brasileiro"
Não vi a estréia, mas gostaria de ter visto. Tomara que a audiência caia. Ah, essa igreja, essa turma. Mas vamos só falar mal da Globo, vai. É como disse o Bertrand Russel, quando lhe perguntaram "que tal fazer 90 anos". "Diante da opção..." Tal é a Globo. Diante da opção, meu amigo, ainda ficamos com a Globo, né? Mas, imitar droga, pô (sobre a estratégia da Record de "clonar" a Globo)! Com esse tipo de edição, tudo vira clipe, tudo se repete, são os mesmos assuntos. A vida fica uma chatice.

Sotaque turco
Sabia que há só 20 turcos no Brasil? É o meu problema em "Belíssima", ninguém me ensina a falar. Procurei usar dramaticamente o sotaque. Há horas em que não dá para brincar com sotaque, como nas cenas com a Bia (Fernanda Montenegro). Procuro ficar denso para não cair no que, na minha opinião, caiu o Tony Ramos. Fica aquele sotaque entre o personagem e o público enchendo o saco, e o ator não atenta ao drama, que é o que interessa. Acho muito chato (o Tony dizer Zúlia no lugar de Júlia). Adoro o Tony, mas procurei não cair nisso. Uso conforme a situação porque é um penduricalho. Antes de mais nada, construo psicologicamente o personagem. Por isso todos são Sassá Mutema, porque todos são da serra da Canastra (onde Lima nasceu).

Globo x Record
Trabalho há 35 anos na Globo. Fui convidado a ir para a Record, olha que importante sou. Fui convidado a ir para a Igreja Universal. Logo no começo da conversa, falaram: "Dinheiro não é problema". E respondi: "Para mim também não". Ganho muito bem, tenho contrato longo, acho que até o fim da minha vida, mais cinco anos.

Poder do pai
Sou de Desemboque, Minas. Meu pai teve o primeiro aparelho de rádio da minha terra. Sabia de algo que Silvio Santos, esse da Igreja Universal e Roberto Marinho descobririam depois: quem detém a informação detém o poder. Botava o rádio baixinho, não deixava ninguém ouvir. O povo ficava na janela assistindo ao meu pai ouvir rádio. Ele lavava as mãos para ligar o rádio e punha o paletó. Ele me ensinou a ser respeitoso com essa coisa da informação.

Manga e zona
Cheguei a SP num caminhão de manga. Tinha 15 anos, meu pai disse: "Atimbora", como Guimarães Rosa. Percebeu que eu estava pronto. Nas primeiras noites, dormi embaixo do caminhão. Até que um amigo me convidou para ir à zona. Eu: "Mulher, a coisa propriamente dita?!". Era acostumado com bananeira, bezerro, esses negócios da roça. Fiquei morando com madame Paulete. Ela tinha 40. Devo ter sido uma maravilha na vida dela, não? Ela me levou à rádio Tupi. Tinha um amigo locutor, que me arranjou um teste. O sujeito falou: "De onde é que sai a sua voz? Do sovaco?". Mas o operador ficou com dó e me chamou a trabalhar com ele.

Vítima da crítica
O único que estava na inauguração da TV e continua no ar sou eu. A Hebe teria de ir, mas preferiu sair com o namorado. Ia cantar o hino, que é lindo, do Guilherme de Almeida: "Vingou como tudo vinga, no teu chão de Piratininga". Ele fez a primeira crítica de TV, e fui vítima. Foi o primeiro Shakespeare da TV. Eu era o Hamlet. Ele escreveu: "O Hamlet até que tem o 'physique du rôle'. Quanto ao espetáculo esteve patético, mas não esteve ridículo". É o que tentamos ser a vida inteira na TV: patéticos, mas não ridículos.

Comunismo
Tínhamos uma célula importante antes de 64. Fui prestar depoimento, o Fleury me interrogou e o Tuma estava ao lado. Meu nome havia sido encontrado numa agenda do Prestes, com contribuições ao partido. Mas recebi uma mensagem avisando que deveria dizer "vendedor de livros". O escrivão perguntou se conheci Prestes. Respondi: "O vendedor de livros?". Ele: "Ah, como são ingênuos. Ele se passa por vendedor de livros para pegar dinheiro!".

Chatô
Com o Chateaubriand, mais que trabalhei, falava por ele. Ele teve um AVC (acidente vascular cerebral), ficou com limitações terríveis. Um dia, me chamou para ler um discurso dele. Ficou nervoso porque eu não compreendia, até que conseguimos nos entender, e passei a traduzir para as pessoas o que ele queria dizer.

Roberto Marinho
Do doutor Roberto, eu era amigo. Na reinauguração do Cristo Redentor, fui apresentar a cerimônia. Com uns 90 anos, o doutor Roberto tinha quebrado a perna. A Globo armou uma liteira com quatro negros para carregá-lo. Ele disse que não ia subir naquilo e pediu para pegar no meu braço. Quando subimos os 200 degraus, falei: "Puxa, o senhor está melhor do que eu". Ele: "Era capaz de jurar que ia me dizer isso. Melhor coisa nenhuma". Já foi me chamando de puxa-saco. Era muito esperto! Os filhos eu não conheço. Não sei o que é a Globo atualmente. Hoje lá tudo é dirigido a partir do comércio. Toda novela tem como prioridade a produção: "O seu cabelo não está funcionando. Você gosta dele, mas é uma porcaria, o povo não gosta". Nunca é a partir da criação. Mas acho que isso é um problema de todos, não é?

37 filmes
Fiz cinema também, 37 filmes hein? Tenho cinco para entrar, e ninguém fala, é uma tortura. É só Sassá Mutema. Não que me sinta injustiçado, não é o termo. Mas há uma falta de cuidado em analisar a minha obra, sempre em nome de uma piada. Além de "Depois Daquele Baile" e "Boleiros 2", vou estrear um do Manoel de Oliveira.

Manoel de Oliveira
É um querido amigo, nem penso nele como cinema. Penso como é legal, gostamos de comer e beber vinho. Sabe que ele vai fazer uma continuação da "Belle de Jour" (A Bela da Tarde)? Com a Catherine Deneuve. Vai se chamar "Encore Plus Belle" (Ainda mais Bela). "Plus belle et plus putaine" (mais bela e mais puta). Ele é muito jovem, 97 anos. Numa entrevista, uma moça lhe perguntou: "E o futuro?". Ele: "Futuro? O futuro para mim é o paraíso ou o inferno. É o paraíso pelo clima ou o inferno pelas companhias".

Sexo sublimado
Não tenho paciência (para conquistar uma mulher). Para valer a pena, hoje que estou com 76 anos, teria de ter outros encantos que não os da Maitê. Talvez a Fernanda (Montenegro), que é brilhante, ou o Manoel de Oliveira (risos). Sublimei o sexo.

Guimarães e Bruna Lombardi
Sou leitor compulsivo de "O Grande Sertão: Veredas". Aquela adaptação da Globo (86) não podia dar certo. Pôr a Bruna Lombardi para fazer jagunço! O que é isso!? Uai, com aqueles olhos? Quis fazer a adaptação há muito tempo, com a Regina Casé. Ela é interessante como mulher e muito feia como homem!

Pitaco do RA: Nas declarações acima, Lima Duarte revela o seu grande orgulho de ter feito 37 filmes e, também, a sua tristeza de ser lembrado apenas por um personagem de novela, o Sassá Mutema. Eu acrescentaria outros dois inesquecíveis personagens ao seu currículo: o Sinhozinho Malta (de Roque Santeiro) e o Zeca Diabo (de O Bem Amado), ambos de novelas de sucesso da Globo. Diria também que se não fossem esses trabalhos (principalmente o Zeca Diabo, que revelou ao Brasil o seu grande talento), Lima Duarte não teria feito nem a metade dos filmes que fez e, muito provavelmente, seria hoje um ator esquecido, de segundo ou terceiro escalão. No entanto, Lima vive hoje - aos 76 anos de idade - uma vida despreocupada e confortável, tanto na agitação da cidade (em época de gravações, como agora), quanto no sossego de seu espaçoso e bucólico sítio, no interior de São Paulo. E tudo graças - exclusivamente - ao seu trabalho na Globo, sempre ao lado de colegas como Tony Ramos (parceiro em várias novelas), que hoje ele critica. Embora eu pessoalmente concorde com a maioria das coisas que ele falou na entrevista à Folha, não dá para deixar passar batido o fato de que se não houvesse a Globo (e as novelas da Globo), muito provavelmente não existiria Lima Duarte, um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Graças à Globo.

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Um duro editorial contra Lula e o início da caça ao tucano

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Abuso de poder

Editorial de capa da Folha de São Paulo

A desfaçatez, o uso sistemático da mentira, o empenho em desqualificar qualquer denúncia, nada disso constitui novidade no comportamento do governo Lula. Chegou-se nos últimos dias, entretanto, a níveis inéditos de degradação ética, de violência institucional e de afronta às normas da convivência democrática. Na tentativa inútil de salvar a credibilidade em farrapos de um ministro, viola-se o sigilo bancário de um cidadão comum, o caseiro Francenildo Costa, enquanto toda sorte de malabarismos jurídicos e parlamentares protege as contas de Paulo Okamotto, celebrizado pelos nebulosos favores que prestou ao presidente.

Fato ainda mais grave, o caseiro se torna alvo de investigação por parte da Polícia Federal, num ato indisfarçável de ameaça e abuso de poder. A iniciativa - tomada em tempo recorde - não tem paralelo na história recente do país, infelizmente pródiga em situações nas quais representantes do poder público se viram às voltas com denúncias sérias de corrupção. Seria o caso de qualificá-la como um crime de Estado, não fosse, talvez, excessiva indulgência chamar de "Estado" o esquema de intimidação oficial que assume o proscênio no momento.

Com arrogância e desenvoltura típicas de uma organização habituada à impunidade e aos acertos inconfessáveis, representantes do lulismo já faziam saber, antes mesmo que as contas do caseiro viessem ao conhecimento público, que dispunham de dados supostamente capazes de incriminá-lo. Posteriormente, a demora em chegar aos responsáveis pelo abuso não fez mais do que intensificar as convicções de que terá partido dos altos escalões governamentais a orientação para que fosse levado a efeito.

Da "lei da mordaça" contra o Ministério Público ao abortado projeto de um Conselho Nacional de Jornalismo, da tentativa de expulsar do país o correspondente do jornal "The New York Times" aos sucessivos embaraços antepostos à ação das CPIs, o governo Lula já deu mostras de que convive mal com a liberdade de imprensa e com a procura da verdade. Ultrapassou, contudo, o terreno das propostas legislativas desastrosas, como ultrapassou também o terreno das bazófias, das chicanas e do cinismo militante, para se aventurar na prática da chantagem e do abuso de poder.

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O nome do bandido

Da coluna do Diogo Mainardi, na Veja:

Quem difundiu o extrato bancário do caseiro foi o assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto. Desde a semana passada, todos os jornalistas sabiam disso. Marcelo Netto é jornalista. E jornalistas não denunciam jornalistas.

Marcelo Netto. O nome dele é Marcelo Netto. Repetindo: Marcelo Netto, Marcelo Netto, Marcelo Netto, Marcelo Netto, assessor de imprensa de Palocci!

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sábado, 25 de março de 2006

O horror, o horror...


O escárnio da deputada-sambista revolta a nação

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Lula deve demitir Palocci e Mattoso

Do Blog do Josias

Além do ministro Antonio Palocci (Fazenda), Lula decidiu demitir o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso. Em conversa com um ministro neste sábado, o presidente disse que pretende agir rápido. Segundo disse, a resposta do governo à crise aberta com o vazamento ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa deve ser dada nesta segunda-feira, no máximo na terça-feira.

Lula pediu aos ministros que compõe o chamado comitê de governo que não faltem à reunião convocada para o início da manhã de segunda-feira. Deseja discutir as providências que pretende adotar para tentar estancar a crise. Sob influência dos ministros que lhe são mais próximos, o presidente convenceu-se de que não conseguirá reverter o prejuízo de imagem produzido pela violação da conta bancária do caseiro sem uma resposta à altura da gravidade do episódio.

O governo está de tal modo impressionado com a dimensão que a crise assumiu que há entre os auxiliares de Lula quem defenda que, além das demissões já programadas, o presidente faça um pronunciamento formal de repúdio à quebra ilegal do sigilo do caseiro. A idéia é dissociar o governo da atitude, caracterizando-a como uma infração praticada à margem do Estado.

Pitaco do RA: E novamente vai fazer de conta que nunca soube de nada... Agora, cá pra nós (e que ninguém nos ouça), depois de ser forçado a demitir o Zé Dirceu, o Genoíno, o Delúbio, o Silvinho Land Rover, o Gushiken e, agora, o Palocci e o Mattoso, ainda é possível ao Lula defender o pouco que resta de seu desastrado governo? Falar o quê? Que todos os seus mais fiéis colaboradores o decepcionaram? Que jamais poderia imaginar que amigos de tantos e tantos anos pudessem enganá-lo, ali, sob as suas barbas? Complicado. Muito complicado! Para isso, o presidente teria que admitir que nunca teve amigos, que todos os "companheiros" nomeados por ele tinham o único objetivo de destruir a sua imagem, através de falcatruas, orgias e mentiras. Definitivamente, quem tem amigos como Dirceu e Palocci, não precisa de inimigos como Virgílio ou Bornhausen.

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As verdades de um caseiro...


... contra as mentiras de um quase ex-ministro de Lula
(Fotomontagem da Veja)

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Estupro constitucional

Trecho de matéria da revista Veja

O ministro Antonio Palocci pode ficar no governo até amanhã. Ou depois de amanhã. Ou até 31 de março, o último prazo para os candidatos na eleição de outubro deixarem seus cargos públicos. Ou até 31 de dezembro, quando termina o mandato do presidente Lula. Mas desde as 20h50min25s do dia 16 de março, uma quinta-feira, o ministro Antonio Palocci começou a perder aceleradamente as condições – políticas, éticas, administrativas – de manter-se no cargo de ministro da Fazenda do Brasil.

Naquela hora daquela quinta-feira, os computadores da Caixa Econômica Federal, banco estatal sob o comando do Ministério da Fazenda, foram bisbilhotados ilegalmente para emitir um extrato da conta bancária de Francenildo Costa, o caseiro que disparou um petardo contra o ministro ao jurar "até morrer" tê-lo visto "dez ou vinte vezes" no célebre casarão do Lago Sul onde a turma de Ribeirão Preto se esbaldava em festas e negócios.

A quebra do sigilo bancário do caseiro, praticada com o intuito de defender Palocci e desqualificar seu acusador, é um estupro constitucional como poucas vezes os governantes ousaram cometer no Brasil. O resultado da ação é um vendaval ainda em formação mas que já pode ser considerado o pior escândalo do governo depois do mensalão.

Pior do que roubar dinheiro público e, com ele, comprar a cumplicidade, o silêncio ou o apoio de deputados no Congresso? Sim, pior. Quebrar o sigilo bancário de um inocente para amedrontá-lo e impedir que continue acusando um potentado é mais grave constitucionalmente do que cada uma das ações miúdas reunidas sob o rótulo de "mensalão". Este foi orquestrado em cima, mas executado por asseclas secundários em operações de ilegalidade presumida porém não flagrante. Ou pelo menos não flagradas em pleno vôo.

O sigilo do caseiro foi quebrado por um braço do Estado que se colocou a serviço dos interesses de um grupo político. Essa ação desperta os mais sombrios presságios sobre os atos autoritários que ainda podem vir por aí. "Quem faz isso faz qualquer coisa", diz Paulo Brossard, de 81 anos, ex-ministro da Justiça e membro da galeria dos grandes juristas do país. "A violação do sigilo tem caráter absolutamente ilícito, irregular e intolerável. É uma afronta ainda mais grave à lei porque parece envolver autoridades que deveriam conhecer minimamente seus deveres cívicos e públicos."

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País gastou R$ 5,3 bilhões com o legislativo em 2005

Do site Contas Abertas

Para manter as investigações das CPIs, as discussões e votações de leis e, dentre outras atividades, o controle do orçamento da União, o país gastou cerca de R$ 5,3 bilhões no ano passado. A maior parte desse dinheiro - R$ 4,4 bilhões - foi usada para pagar salários e encargos sociais para parlamentares e servidores da Câmara e do Senado e os ministros e funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU).

Juntos, esses órgãos que integram o poder legislativo federal, empregam cerca de 38 mil servidores públicos. De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o legislativo federal gasta cerca de R$ 732,8 milhões somente com gratificações por exercício de cargos e funções. Só as diárias e passagens custaram aos cofres da união mais de R$ 84,6 milhões.

Outros R$ 72,1 milhões foram gastos em serviços médicos e odontológicos e compra de materiais. O legislativo aplicou outros R$ 9,7 milhões na manutenção e aquisição de carros e na compra de materiais de copa, cozinha e limpeza. Com festividades, homenagens e aquisição de obras de arte foram gastos mais R$ 300 mil.

Pitaco do RA: Não custa nada lembrar que essa grana toda resolveria, entre outras coisas, os seculares problemas da seca e da fome no sertão nordestino. Para um presidente que sofreu na pele esse castigo, tamanha roubalheira deveria ter um significado ainda mais cruel. No entanto, pelos seus antecedentes, devemos acreditar que ele nunca soube de nada disso!

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RA e Rossi antenados

Na mesma linha do último Pitaco do RA (ver post abaixo), o colunista Clóvis Rossi comenta as mais recentes atrocidades do governo petista hoje na Folha. Confira o último parágrafo de 'A Republiqueta de Lula':

Eu, que achava que a corrupção e a desfaçatez do governo Collor seriam imbatíveis para todo o sempre, começo a desconfiar que estava completamente equivocado. Não sei, ninguém sabe, se a corrupção é maior agora, com Collor ou no governo Fernando Henrique. Ninguém investiga a sério, a não ser caseiros. Mas não me lembro de nenhum "collorido" ter bancado Carmen Miranda de republiqueta no plenário, como fez Ângela Guadagnin, obviamente do PT.

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sexta-feira, 24 de março de 2006

Mais uma vergonha nacional


Angélica comemora a liberdade com a mãe e a irmã
(Folha Imagem)

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Quatro meses presa por roubar pote de manteiga

Da Folha Online

Presa em novembro do ano passado sob acusação de roubar um pote de manteiga no valor de R$ 3,20, Angélica Aparecida de Souza Teodoro, de 18 anos, deixou o cadeião de Pinheiros (zona oeste de São Paulo) na manhã desta sexta-feira. Ela foi beneficiada por uma liminar em habeas corpus concedida pelo ministro Paulo Gallotti, da 6ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Na última terça-feira (21), a 23ª Vara Criminal de São Paulo havia negado um pedido de liberdade provisória feito pela defesa da jovem.

De acordo com o STJ, no pedido de habeas corpus atendido, a defesa alegava que a ré tem um filho de dois anos, mora com a mãe doente e estava desempregada na ocasião. Ela acompanhava uma amiga no supermercado, na zona leste da cidade, e escondeu o pote de manteiga em um boné, após ver o filho chorar de fome. Ela não tem antecedentes criminais.

No pedido, a defesa da jovem alegava ainda que não houve ameaça e que a acusada teria sido agredida pelo proprietário estabelecimento. A defesa dizia entender que a acusação de roubo era equivocada, pois Angélica deveria ser acusada por furto.

Na semana passada, a OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) criticou a prisão e disse ter acionado sua Comissão de Direitos Humanos para analisar novas medidas jurídicas "em comum acordo com o advogado do caso".

Pitaco do RA: Um absurdo desses se torna ainda mais cruel ao ser confrontado com os episódios vergonhosos das absolvições dos mensaleiros, da inominável dança da deputada, da asquerosa perseguição ao caseiro e da inexplicável morosidade na apuração do escândalo da quebra do seu sigilo bancário. E pensar que tudo isso está acontecendo em pleno governo Lula, aquele que a maioria dos brasileiros acreditou ser a solução para o Brasil das maracutaias, das safadezas e das injustiças. Diante dessa imensurável podridão, dá até para sentir saudades do Sarney, do Itamar, do FHC e, até, do Collor! Lula, quem diria, consegue ser pior do que todos eles, juntos ou separados, em todos os sentidos. Que o diabo o carregue.

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A frase do dia

"Eu peço aos que quebraram meu sigilo bancário que quebrem meu sigilo eleitoral. Aí vão descobrir que votei no operário que está aí em cima" (Francenildo Costa).

Publicado no Blog do Noblat (link nos Favoritos do RA).

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Da série "Manchetes Inacreditáveis"


Hoje, no Estadão

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Samba da vergonha

Comentário da cientista política Lucia Hippolito na CBN

Escândalo, escárnio, deboche, desrespeito, pasmo.

Nenhum destes substantivos parece suficientemente abrangente para classificar a cena grotesca acontecida na madrugada de ontem na Câmara dos Deputados.

Uma deputada federal foi protagonista de uma das cenas mais inacreditáveis jamais acontecidas dentro do prédio do Congresso Nacional.

Ao final da votação que absolveu mais um deputado mensaleiro do PT, a deputada petista Angela Guadagnin pôs-se a dançar de alegria com a absolvição do companheiro.

Ontem, durante o dia inteiro essas imagens dantescas correram o país pela Internet.

Mas o principal sentimento foi mesmo de vergonha.

As mulheres vêm lutando há décadas para conquistar um lugar ao sol. Trabalhando, dando duro, estudando, prestando concursos rigorosíssimos, submetendo-se a eleições, enfim, batalhando para serem levadas a sério.

E aí aparece uma deputada, ex-prefeita de uma importante cidade paulista, portanto não se trata de uma marinheira de primeira viagem.

E a deputada se põe a sambar, enquanto mais uma absolvição estapafúrdia acontecia no plenário da Câmara dos Deputados.

No Conselho de Ética da Câmara, a deputada petista tem votado sistematicamente pela absolvição de seus companheiros. Votou pela cassação só dos ex-deputados Roberto Jefferson e Pedro Correia. Para todos os outros, pediu absolvição.

OK, faz parte do jogo. A deputada está no seu direito. E é digno de respeito o fato de ela se expor, pronunciar seu voto em voz alta e não ter nenhum problema em apoiar companheiros envolvidos nos escândalo do mensalão.

Mas o plenário da Câmara não é lugar para danças. Talvez numa churrascaria, num pagode ou num salão de baile, a deputada pudesse dar vazão a seus sentimentos de alegria com a absolvição do companheiro.

Mas nunca no plenário da Câmara.

O que vai acontecer no dia em que a deputada estiver muito triste? Vai atear fogo às vestes ou cortar os pulsos dentro do plenário da Câmara?

Francamente, certas pessoas, sobretudo certas autoridades, perderam inteiramente a compostura, perderam inteiramente o pudor.

Aliás, fica aqui a pergunta: este tipo de comportamento não configura quebra do decoro parlamentar?

Por essas e outras, cresce a campanha pelo voto nulo ou pela renovação total da Câmara dos Deputados.

É uma pena.

Publicado no Blog do Noblat (link nos Favoritos do RA).

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Baile na Casa da Mãe Joana


(Foto Agência Estado)

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A dança da deputada

Alguns e-mails de leitores do Blog do Noblat enviados para a deputada Ângela Guadagnin, depois da constrangedora cena da madrugada de quinta-feira no Congresso Nacional:

1. Façamos assim: hoje os senhores votam e depois dançam. Em outubro, é a nossa vez: nós votamos. E a senhora..."dança".

2. Sua atitude reflete bem a sensação que temos de "Casa-da-Mãe-Joana" que se transformou a Câmara dos Deputados. Demonstra a total falta de respeito com a instituição e, principalmente, com o povo deste tão desacreditado País.

Em uma coisa a Sra. é bastante coerente: seu mandato está bem definido por seus atos. Ambos são ridículos.

3. Por que danças nobre deputada? Corrupção impune por acaso é motivo de festa?

Nós, mulheres brasileiras, enfrentamos diariamente uma luta árdua para alcançar uma posição de destaque. Pouquíssimas de nós conseguem... E a senhora, que teve a felicidade de ser uma delas, "dança", celebrando essa triste impunidade?

Com sua atitude desrespeitosa e infantil, perdeu votos, muitos votos. E tomara eles lhe façam muita falta para a reeleição.

Sua dança abusada merece esse castigo. Nesse dia, as mulheres do Brasil vão dançar um passo diferente: a dança da dignidade.

4. O Excelentíssimo Ministro da Justiça disse que "caixa dois é coisa de bandido". Vossa Excelência dançou ontem de madrugada no plenário da Câmara dos Deputados em comemoração à não cassação de um deputado que fez caixa dois.

Quanto à dança de Vossa Excelência só posso dizer uma coisa: ainda bem que Vossa Excelência está na Câmara dos Deputados e não em um consultório pediátrico. Assim, pelo menos, as crianças se salvam.

Eu sou um homem feliz, nobre deputada, por não ter filhos. Afinal deve ser muito difícil, muito complicado ter que explicar a uma criança, com base no que disse o Ministro da Justiça, que ela tem que chamar bandido de Vossa Excelência.

Se você também sentiu vontade de 'cumprimentar' a nobre deputada, mande um e-mail para: dep.angelaguadagnin@camara.gov.br

Publicado no Blog do Noblat (link nos Favoritos do RA).

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quinta-feira, 23 de março de 2006

Imperdível!


Beleza do cartaz antecipa sucesso do filme

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Moviola Digital apresenta 'Mariúcha'

Enviado por Lu Gastão (via e-mail)

Amanhã, dia 24, no auditório do SENAC Resende, será exibido o média-metragem "Mariúcha", segundo projeto realizado pela Moviola Digital, o núcleo de criação audiovisual fundado na cidade no final do ano passado. O evento acontece às 20h e a entrada é franca.

"Mariúcha" é uma homenagem para uma das mais importantes educadoras de Resende, mas na opinião do roteirista e produtor Daniel Fortes, não é uma biografia típica: "Meu roteiro foca principalmente os embates político-ideológicos entre Mariúcha e Altamiro Pimenta, um de seus melhores alunos e amigo da vida inteira".

Defendendo o papel título está Anna Zelma, experiente e talentosa atriz com passagens pelo teatro, cinema e televisão. O papel de Altamiro Pimenta é interpretado por Reinaldo Pinho. Merece destaque também a participação do jovem ator Jefferson Zelma, que encarna a figura infantil de Chico Fortes, celebrado no filme pelo filho roteirista.

O filme é dirigido pelo resendense Gulu Monteiro, diretor de teatro que vive em Los Angeles e inicia sólida carreira no cinema. Seu primeiro trabalho na área foi a direção do documentário "Uma Pulga em Hollywood" que acompanhava passo a passo a montagem de um espetáculo teatral que dirigiu nos EUA.

Suas experiências em cinema incluem ainda a direção do curta "Joyeux Anniversaire" realizado na França em 2004 e estrelado por sua mulher Clara Bellar (Inteligência Artificial); e "A Festa", primeiro projeto realizado pela Moviola Digital no ano passado. Ambos os filmes sertão exibidos antes da apresentação de "Mariúcha".

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quarta-feira, 22 de março de 2006

Lendo a Veja

Coração de mãe

Desde que se tornou governador de Alagoas, em 1999, o engenheiro Ronaldo Lessa já promoveu três reformas administrativas. Em todas, inchou a estrutura do governo para "melhorar o serviço público". Hoje o estado tem 41 secretarias. Se esse modelo fosse implantado no governo federal, não haveria, em Brasília, prédios suficientes para abrigar todos os ministérios. Confira:

Alagoas tem 102 cidades e 41 secretarias (uma para cada 2,5 municípios). Se a mesma média fosse aplicada em outros lugares, São Paulo teria 259 secretarias, Minas teria 343 secretarias e o Brasil teria 2.210 ministérios!

A ironia da história

Do colunista André Petry sobre o escândalo do caseiro: "O partido (PT) com fortes raízes populares elege o primeiro presidente saído das camadas populares e, para manter o governo em pé, precisa calar e desmoralizar uma testemunha do povo".

Triste futuro

Um bebê brasileiro já nasce devendo 5.400 reais. E a cada ano de vida, ele pagará 900 reais de juros da dívida pública, que já ultrapassa a inimaginável quantia de 1 trilhão de reais.

Tremenda curtição

Do colunista Roberto Pompeu de Toledo: "A Presidência voltou a ser uma festa para Lula. Não há casa em Brasília, desgraça de ministro ou aflição de marqueteiro que lhe tire a grande curtição que para ele é ser presidente".

A salvação da humanidade

Do grande Millôr: "A proliferação de milhões de grupos religiosos resultou em diversas guerras, ao passo que os descrentes nunca saíram de suas poltronas para defender a fundamentação filosófica de sua descrença. Assim, proponho que da Constituição brasileira faça parte um item absolutamente inédito, defendendo uma liberdade fundamental, na qual se baseia a salvação da humanidade: A LIBERDADE DA DESCRENÇA".

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segunda-feira, 20 de março de 2006

Na capital


Um legítimo representante da Pop Art

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A vida animada de Lichtenstein

Do Globo Online

No mundo todo, sobretudo fora dos Estados Unidos, a pop art é imediatamente associada a Andy Warhol e suas Marilyns Monroes e latas de sopa Campbell. Na mesma época, a partir do início dos anos 60, outro americano se aproveitava criativamente dos elementos da cultura de massa e lhes dava status de arte. Mais recluso que o popstar Warhol, Roy Lichtenstein, cuja obra é marcada pelos desenhos e pelas pinturas inspirados em histórias em quadrinhos e em anúncios publicitários, finalmente ganhou sua primeira individual na América do Sul.

“Vida animada — Desenhos de Roy Lichtenstein” chega ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio (amanhã, em abertura, às 19h, para convidados, e quarta-feira para o público) depois de ter passado por Curitiba e São Paulo, reunindo 78 desenhos e colagens do acervo da Fundação Roy Lichtenstein em Nova York.

— É paradoxal que Lichtenstein seja um artista estabelecido, e até icônico, mas que seu trabalho não seja tão familiar quanto o de Warhol fora dos EUA, nem tão bem entendido pela crítica — afirma por e-mail a curadora da exposição, Lisa Phillips, diretora do New Museum of Contemporary Art de Nova York.

— Warhol criou um culto em torno de si e se promoveu brilhantemente, algo que continuou e até cresceu após sua morte. Lichtenstein era diferente, quieto, estável, pensativo, penetrante, e isso aparece em sua obra. Acho que em alguma medida Lichtenstein uniu melhor tradição e inovação, mas ambos foram gigantes do movimento, como Picasso e Braque anos antes.

As diferenças estão nos meios que os dois artistas usaram para falar da sociedade americana. Enquanto Warhol se concentrou num mundo focado em celebridades e consumo, Lichtenstein imprimiu traços inovadores em tradicionais paisagens, retratos e bustos. E se Warhol usou o silkscreen como base de sua pintura, Lichtenstein sempre se baseou no desenho. Segundo Lisa, é por isso que a exposição se dedica à sua produção em papel, formando a maior individual de desenhos de Lichtenstein desde a mostra no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) em 1987, dez anos antes de sua morte.

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Enfim, o outono

Começou na tarde de hoje a mais bela estação do ano. Em qualquer lugar civilizado do planeta, o outono - dos dias claros, da temperatura amena e do céu de brigadeiro - é sempre aguardado com ansiedade. Pena que no Brasil a estação dure tão pouco, ao contrário do verão, que parece não terminar nunca.

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O trágico destino dos falcões

Da Agência Carta Maior

Exibido ontem no Fantástico, o documentário “Falcão – Meninos do Tráfico” manteve em estado de choque, por mais de uma hora, muitos milhões de lares brasileiros. Foi uma descarga de realidade sem precedentes na televisão brasileira, talvez mundial. A vida dos garotos que vigiam os pontos de tráfico das favelas é desumana. “Falcão parece um passarinho que não dorme à noite”, diz o garoto com a imagem do rosto desfocada para evitar a identificação. Arma pesada na mão, ele aparenta ter 14 ou 15 anos.

Os falcões aparecem aos bandos no documentário. Dos mais jovens até o que acaba de fazer 18 anos e não sabe o que fará quando tiver de sair da boca. Quando o rapper MV Bill pergunta ao garoto - que não deve ter mais que 11 anos - o que ele quer ser quando crescer, a resposta vem rápida, sem vacilação: “Quero ser bandido”. No outro extremo, o Falcão que sente a falta da mãe chora ao lembrar que desde pequeno queria ser palhaço. A mãe prometia levá-lo ao circo, mas nunca conseguiu cumprir. “Eu queria é ser palhaço. É meu sonho desde pequeninho. Se conseguisse entrar em uma escola de circo, saía da boca agora”.

São inúmeras as imagens e depoimentos chocantes do documentário:

Sobre as drogas
"Isso aqui destrói a vida do homem. Destrói o cara que ele não vira nada. Mas é dele que nós ganha dinheiro".

Sobre a polícia
"Se acabar o crime, acaba a polícia. Porque quem dá dinheiro pra polícia somos nós. Se acabar o tráfico de drogas eles vão ficar massacrados".

Sobre a favela
"A realidade da vida é que o bagulho é doido. A realidade da favela é que o bagulho é doido".

Sobre o governo
"Sou um cara que nem era pra tá aqui. Mas isso aí é o que o governante quer. Não liga pra nada".

Sobre as mães
"Eu trafico pela minha mãe. Minha mãe fez tudo por mim, agora tenho que fazer alguma coisa por ela".

Sobre os pais
"Não conheci meu pai, não sei se tá vivo ou se tá morto. Tenho 17 anos e, até hoje, nunca tive um aniversário. Ninguém fez um aniversário pra mim".

Sobre a morte
"Se morrer, nasce outro que nem eu, pior ou melhor. Se morrer, vou descansar".

O documentário feito por MV Bill e seu produtor, Celso Athayde, choca pela realidade crua. Mas choca mais pela constatação de que esse câncer da sociedade brasileira não terá fim. A mãe chora a morte do filho, que morreu quase menino, mas deixou outra criança no mundo. Quem sabe para substituir outro Falcão daqui alguns anos. A outra mãe conta aflita como o filho que ainda não completou 3 anos de idade já conhece a realidade do tráfico: “Ele sabe o que é fuzil, o que é maconha, diz que é pó de cinco, pó de dez”.

"Falcão – Meninos do Tráfico" é um filme produzido pelo centro de audiovisual da Central Única das Favelas (CUFA), onde vários outros são filmados e editados por jovens das comunidades. Pronto desde 2003, chegou a ser anunciado na Globo nesse mesmo ano. No entanto, dias antes da exibição, MV Bill e Celso Athayde suspenderam misteriosamente a autorização, alegando motivos pessoais. A atitude provocou especulações. Chegaram a desconfiar de que eles tinham sido ameaçados por chefes do tráfico. Também se comentou na época que haveria um interesse comercial da Columbia Pictures nas imagens cedidas à TV Globo.

"É um filme feito sem apoio de ninguém. O João Moreira Salles (diretor do documentário Notícias de uma Guerra Particular) e o Fernando Meirelles (diretor do filme Cidade de Deus) são ricos, mas conseguem dinheiro para fazer o filme que quiserem, e com recursos da lei de incentivo à cultura, que são recursos de toda a sociedade. O jovem da Cidade de Deus não consegue o mesmo incentivo para contar a sua história. Os cineastas ficam ricos e depois vêm ganhar dinheiro com nossa própria miséria. Não dá para ficar trocando nossos sorrisos cheios de cárie por bala Juquinha. Contrapartida social não é dar um R$ 1 milhão para o João Moreira Salles fazer um filme e depois dar R$ 200 mil para a favela ver o filme de graça. É dar condição para ele fazer o filme dele e para nós fazermos o nosso", diz o produtor - e ex-menino de rua - Celso Athayde.

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Massa deixa Rubinho bem calçado

Sobre a corrida de ontem, na Malásia, um furo de reportagem do RA: depois da bandeirada, Felipe Massa tirou o seu pé-de-chinelo e o entregou a Rubinho, que agora passa a usar dois, um em cada pé. Cá pra nós (e que ninguém nos ouça), ser penalizado em 10 segundos por entrar no box acima da velocidade permitida é coisa pra calouro, né não? Ainda bem que, de agora em diante, Rubinho - por estar sempre bem calçado - não precisará mais trocar pneus durante as corridas!

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domingo, 19 de março de 2006

Reportagem-bomba

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Tudo sobre o 'compositor' João Gilberto

Ando comprando cada vez menos jornal. O motivo é óbvio: na Internet, além da possibilidade de ler jornais do mundo inteiro quase na íntegra (e de graça!), as notícias nos chegam a todo instante através do monitor. Tudo ao mesmo tempo agora. E tão rápido que, no dia seguinte, as manchetes dos jornais impressos parecem todas muito antigas, de dois, três dias atrás. Por isso, para não perder o hábito, resolvi comprar jornal apenas aos domingos. A escolha entre a Folha, o Estadão, o Globo e o JB é feita previamente na Internet. Depois, busco na banca aquele que tiver as matérias que mais me chamaram a atenção.

Hoje, optei pelo JB por causa da reportagem de capa da revista Domingo. É sempre bom saber o que anda fazendo o misterioso e 'invisível' João Gilberto. Decepção total e absoluta! Sem nenhuma novidade para contar aos leitores, o repórter da revista se limitou a descrever o pedaço do Leblon onde mora - ou melhor, se esconde - o João. E tome-lhe fotos de fachadas de bar, de restaurante, de pizzaria e dos supostos pratos preferidos do músico. Para temperar esse cardápio pra lá de insosso, alguns depoimentos de pessoas que juram ter visto, um dia, o mito em carne e osso. Chega a ser hilário: um jornaleiro conta que viu o João tomando chope no bar da esquina; um vizinho afirma ter descido uma vez com ele no elevador; um lojista diz que o viu saindo do prédio à noite carregando o violão. Sen-sa-cio-nal!

A última parte da matéria é dedicada a uma resumidíssima biografia do músico, ilustrada com as capas de alguns de seus principais discos. Novamente, nenhuma novidade para os fãs ou para quem leu "Chega de Saudade", do Ruy Castro. Para falar a verdade, a única novidade de toda a reportagem está na capa da revista, nesta chamada:

"Morar ao lado do compositor custa apenas R$ 120 mil por 30 meses"

Deixando de lado o valor do aluguel do apartamento (módicos R$ 4.020 mensais), chamar João Gilberto de compositor denota, no mínimo, falta de intimidade com a carreira do inventor da bossa nova. Isso porque João se tornou conhecido em todo o mundo pelo jeito diferente de cantar e de tocar violão. E sempre interpretando músicas de outros músicos, como Dorival Caymmi, Noel Rosa, Geraldo Vieira, Caetano Veloso, Gilberto Gil e, claro, Tom Jobim. Não que ele nunca tenha feito uma música. Em seu primeiro disco (o antológico 'Chega de Saudade') tem, por exemplo, 'Bim Bom', uma brincadeira perdida em meio a pérolas de Carlos Lyra, Vinícius de Moraes, Ary Barroso e Ronaldo Bôscoli.

Definitivamente, compor não era a sua praia e João Gilberto sacou isso desde cedo. Por isso, o mais correto é chamá-lo de músico, simplesmente. Tal e qual está estampado ao lado de sua foto, no miolo da Domingo. Aliás, belíssima foto, ocupando uma página inteira da revista. Taí: valeu comprar o JB hoje só por causa dessa foto. Pena que não colocaram o crédito do fotógrafo (ou da sua agência)... Pensando bem, no próximo domingo vou restringir minhas opções de compra a apenas três jornais.

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Tucano abre o bico


FHC lança livro sobre seu governo e reclama de Lula

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'Me considero de esquerda'

Trechos da entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à revista Veja:

As alianças que fiz na Presidência da República estiveram sempre baseadas numa ética de convicções. No livro (A Arte da Política - A História Que Vivi -, a ser lançado em 15 dias), eu insisto na necessidade de o governante tê-la, porque é importante contar com um programa, com objetivos. É isso que permite, no fim do governo, fazer um balanço para verificar se as pessoas caminharam no rumo que você desejava ou não.

A visão estatista ainda existe em todos os partidos, inclusive no meu. Como a média brasileira é essa, quem tem uma proposição avançada paga sempre um preço pelo pioneirismo. Veja o meu caso, por exemplo: fui acusado de traição à pátria e tal, até que as pessoas progressivamente, mesmo sem reconhecer, mesmo sem beijar a cruz, foram passando para o meu lado. Acho extraordinário ouvir o Lula hoje em dia. Chego até a pensar: "Mas esse é o Lula ou sou eu?"

Embora às vezes o chamem de populista, não acho que o Lula seja um populista no sentido clássico. Ele usa da emoção para atingir seus objetivos, mas sua ação de Estado não é irracional. Por que é assim? Porque não tem mais jeito de ser totalmente irracional no Brasil. As estruturas existentes de interesses e valores, reitero, já são suficientemente poderosas para impedir que isso ocorra.

O capitalismo tem um problema que me irrita: a desigualdade. É da sua essência. No Brasil, vive-se pedindo que haja um rápido crescimento econômico acompanhado de maior igualdade. Ora, quando um país cresce depressa, aumenta a desigualdade, não a igualdade. O país tem de acumular riqueza primeiro. Isso é da natureza do capitalismo. No socialismo também é assim. Só que, nesse sistema, existe a suposição teórica de que não há apropriação privada da produção.

Me considero de esquerda. Mas da esquerda democrática, à la Bobbio - Norberto Bobbio (1909-2004), filósofo e cientista político italiano. Sou de esquerda quanto à defesa de valores como a justiça social e a igualdade.

No Brasil, mais do que conservadorismo, temos uma mentalidade atrasada. O pensamento conservador filia-se a uma tradição ocidental que estabelece como pilar da ordem a família, a propriedade, os costumes. O nosso conservadorismo não é nada disso. Tem a ver com clientelismo, patrimonialismo, uso indevido dos recursos do Estado. Ele não é composto de um ideário, e sim de aproveitadores. Por que a "direita", no Brasil, apóia todos os governos, não importa qual. Na história recente, ela apoiou os militares, apoiou o Sarney, apoiou o Collor, apoiou a mim, apóia o Lula. Porque seus integrantes não são de direita. Essa gente toda só quer estar perto do Estado, tirar vantagens dele.

O PT, na sua origem, era composto basicamente de três setores: o ideológico, o eclesial e o sindical. Quem ganhou foi o setor sindical, é ele que está no governo. Trata-se de um fenômeno mais "americano" do que europeu. O pessoal na Europa fala do PT como se ele fosse um partido moldado na esquerda européia tradicional. No início até dava essa impressão, mas a verdade é que não tem nada a ver. Eles nem falam mais em classe trabalhadora. A liderança do PT é de classe média, de gente que ascendeu socialmente, via sindicalismo, e se comporta hoje quase como se vivesse o "american dream" – algo como "eu cheguei lá, consegui deixar minha classe de origem para trás".

Alguns setores do PT ainda se pensam revolucionários e o PSDB nunca se pensou como tal. Essa auto-representação é um problema para o PT, porque impediu que ele tivesse uma prática política conseqüente. No governo, fiz alianças porque tinha propostas para o país. O PT chegou ao governo sem nenhuma. Teve de tecer alianças sem programa – e, quando você tem de fazê-las dessa forma, acaba sendo engolido por elas. É patético ver o Lula correndo atrás do PMDB. Quais são as propostas que estão por trás disso? Não há.

Acho que ninguém precisa ter universidade no currículo para ser presidente. Afinal de contas, há muita gente com grau superior que não sabe nada. Mas acho importante que o político tenha aprendido algo. Ele tem de ler, tem de ter curiosidade intelectual. Porque, senão, você fica sem bases mais sólidas para discernir. O presidente Lula tem muita sorte. Não passou por nenhuma crise econômica com efeitos globais como as que tive de enfrentar. Não foi provado. Fica mais fácil, assim, comportar-se apenas como um relações-públicas do próprio governo.

Pessoalmente, tenho uma relação fácil com o Lula. Mas esse negócio dele viver dizendo que fez mais do que eu... Qualquer hora ele vai comemorar o fato de que, quando deixar o governo, haverá mais brasileiros vivos do que no fim do meu último mandato.

O investimento público caiu drasticamente neste governo e as reformas foram paralisadas. A reforma da Previdência, por exemplo: no início, houve uma euforia, porque nós votamos a favor daquilo que, no meu governo, eles votavam contra. Não foram feitas, no entanto, as leis complementares que permitiriam a sua implantação. Com isso, teremos neste ano um déficit na Previdência de 50 bilhões de reais – um buraco que certamente causará um problema fiscal mais adiante.

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sábado, 18 de março de 2006

O outro lado da moeda


100 mil pessoas no cortejo fúnebre de Slobodan Milosevic
(Foto Reuters)

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Dados do Orkut estão em risco

MP pede quebra do sigilo e investigará comunidades

Do JB Online

O Ministério Público Federal pediu a quebra do sigilo telemático (na internet) de usuários do Orkut suspeitos de utilizar o serviço de redes sociais para a prática de crimes. O pedido enviado à Justiça na quinta e na sexta-feira deve ser julgado na semana que vem.

Os dados confidenciais estão hospedados nos servidores do Google, dono do serviço. Eles podem incluir dados pessoais, requisitados para abrir uma conta no Orkut.

De acordo com o MP, o número de denúncias de crimes praticados no Orkut é crescente. A ONG SaferNet produziu um relatório com documentos que indicam suspeitos e cadeias criminosas que se formam nas comunidades do serviço.

Os crimes com maior recorrência apontados no relatório foram pornografia infantil, racismo, neonazismo, apologia e incitação a crimes contra a vida, xenofobia, venda ilegal de medicamentos e venda de receitas médicas em branco, principalmente para casos de bulimia e anorexia.

O representante do Google no Brasil, Alexandre Hohagen, prestou esclarecimentos ao MP na há uma semana e se comprometeu a reportar o ocorrido à matriz americana para que providências sejam tomadas.

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sexta-feira, 17 de março de 2006

As sete mentiras do Palocci

Enviado por Cesar Maia (via e-mail)

1- Palocci falou que não tinha feito novos contratos com a empresa Leão Leão durante sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto. Foi desmentido no mesmo dia. Na verdade foram 19 contratos assinados por Palocci com a Leão Leão.

2- Palocci negou que Buratti, fazendo lobby, tivesse participado da elaboração da agenda dele como Ministro. Foi desmentido por Buratti e por um empresário português que teve uma reunião com ele.

3- Palocci informou que todas as contas de seu governo em Ribeirão Preto foram aprovadas e que as de 2004 ainda estavam em tramitação. Foi desmentido pelo Tribunal de Contas de São Paulo, que informou que suas contas de 2004 foram reprovadas por unanimidade.

4 - Palocci informou que não tinha viajado a bordo do avião Citation Jet do empresário Roberto Colnaghi. Foi desmentido por José Genoíno, ex-presidente do PT, que confirmou ter viajado com o Ministro no avião de Roberto Colnaghi.

5- Palocci, após ser desmascarado no caso do avião, disse que o avião tinha sido pago pelo PT. Desta vez, foi desmentido pelo próprio empresário, dono do avião, que disse que jamais o alugou para o PT.

6- Palocci negou que havia contratado Roberto Costa Pinho, que sacou R$ 350 mil das contas do publicitário Marcos Valério no Banco Rural e negou também ter tido contatos com ele durante a sua segunda gestão como prefeito, em 2001 e 2002. Foi desmentido por uma foto onde aparecem os dois em uma reunião em seu gabinete. Roberto Costa Pinho foi contratado pela prefeitura para realização de um projeto de arquitetura.

7- Palocci informou que nunca tinha ido à Mansão do lobby e das orgias da República de Ribeirão Preto. Foi desmentido duas vezes, pelo motorista e pelo caseiro da casa.

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Conservador pra chuchu!


Charge do Angeli publicada no Blog do Josias

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quinta-feira, 16 de março de 2006

Para Almodóvar, Ronaldinho é saco de pancadas

Da Folha Online

O diretor de cinema espanhol Pedro Almodóvar afirmou que admira a capacidade do meia-atacante Ronaldinho, do Barcelona, de agüentar as pancadas dos adversários.

O cineasta, que divulga o seu novo filme "Volver" (Voltar, em português), declarou que ficou impressionado com a postura do brasileiro diante das entradas violentas dos adversários no último jogo da equipe catalã pelo Campeonato Espanhol, no qual perdeu por 2 a 1 para o Osasuna.

Ao ser perguntado se seus filmes eram comparáveis ao futebol de Ronaldinho, Almodóvar sentiu-se lisonjeado e disse que "tomara que seja assim, porque, mesmo não sendo torcedor de futebol, gostaria de aprender com Ronaldinho a agüentar os golpes dos adversários".

"Fiquei impressionado em como levou pancadas e não se atirou à jugular de ninguém, mas apenas continuou jogando", concluiu o diretor espanhol.

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quarta-feira, 15 de março de 2006

Hoje tem Brasil e Argentina na Libertadores

Do Blog do Juca

A quarta-feira é verde. No Serra Dourada e no Parque Antarctica. É verde e é contra a Argentina. No Serra Dourada, às 19h30, o Goiás (dois jogos, duas vitórias na Libertadores) recebe os argentinos do Newell's Old Boys (uma vitória, uma derrota).

O Goiás jogará completo e se mantiver a campanha 100%, dependerá apenas de um empate nos três jogos que restarão para se classificar para a próxima fase. Que venha a terceira vitória.

No Parque Antarctica, às 21h45, o Palmeiras recebe o Rosario Central, também da Argentina. Palmeiras que, se vencer, como se espera e se exige, assumirá a liderança do grupo, agora ocupada pelo colombiano Atlético Nacional que, surpreendentemente, enfiou 5 a 1 no Cerro Portenho ontem à noite, do Paraguai, em Assunção.

Palmeiras e Rosario Central já jogaram duas vezes nesta Libertadores. Os brasileiros estão invictos, com uma vitória e um empate. Os argentinos estão perdidos, derrotados duas vezes. Que venha a terceira derrota.

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War is over!


Depois de encontrar as armas roubadas...

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... o Exército se retira da Rocinha
(Fotos Reuters)

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terça-feira, 14 de março de 2006

Entre malas de dinheiro e garotas de programa

Trechos de matérias do Estadão, publicadas ontem e hoje:

Conhecido como Nildo, Francenildo Santos Costa foi caseiro da mansão alugada no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, por amigos e assessores que acompanham o ministro Antônio Palocci desde que ele era prefeito de Ribeirão Preto.

Nildo contou ao Estado que a casa alugada por Vladimir Poleto, ex-assessor da prefeitura de Ribeirão, era usada para partilha de dinheiro. Segundo o caseiro, Palocci era freqüentador assíduo do imóvel, onde todos o chamavam de "chefe".

Também aparecia por lá, com assiduidade até maior que Palocci, seu secretário particular no ministério, Ademirson Ariosvaldo da Silva. Na casa, segundo Nildo, eram realizadas reuniões para organizar a distribuição de dinheiro por Brasília, além de festas animadas por garotas de programa.

Encarregado de vigiar e limpar o local, Nildo tinha acesso livre a seus cômodos e disse ter visto malas e maços do dinheiro administrado por Poleto. E mais: numa ocasião, testemunhou quando Costa, o motorista, teria entregado um envelope com reais a Ademirson no estacionamento do Ministério da Fazenda.

O que chamou mais a sua atenção nos meses em que conviveu com os inquilinos de Ribeirão Preto?

A forma de pagamento. Era muito bom.

O pagamento era em cheque?

Nunca saiu cheque, não. Só em dinheiro.

Quem morava na casa?

Ninguém morava lá. Passavam só a noite.

Quem eram essas pessoas?

Vladimir Poleto, doutor Ralph Barquete, doutor Rui (Barquete, irmão de Ralph), Ademirson (Ariosvaldo da Silva, secretário particular de Palocci) e o chefe.

Quem é o chefe?

A gente não chamava de Palocci lá na frente deles. Eles achavam ruim. Tinha que chamar de chefe.

E eles chamavam Palocci de chefe ou só os empregados?

Não, era para todo mundo: "Olha, o chefe vem hoje. Vamos sair fora e deixar a casa para o chefe." Isso quando ele ia durante a semana, porque geralmente ele ia no sábado e no domingo.

O senhor conheceu o ministro pessoalmente?

Eu via de longe, porque a casa tem sensor de luz que se acendia quando ele aparecia. Via a cara dele de terno e tudo. Num sábado à tarde, cheguei a ver ele com doutor Rogério (Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto) e doutor Rui Barquete.

Onde havia sensores de luz?

Dentro da casa, para clarear o terreno. Ele pediu para desligar os sensores em volta da casa, mas não teve como desligar. Era para ninguém vê-lo. No jardim tem luzes. Ele falava que não era para ligar a luz do jardim, que queria a casa escura do lado de fora.

Ele chegava sozinho?

Chegava sozinho, vinha num Peugeot prata, de vidro escuro, dirigindo sozinho.

De quem era o carro?

Era de uso do doutor Ralph.

O senhor morava na casa?

Sim. A casa fica do lado da garagem. Quem está lá dentro dá pra ver quem está lá fora.

O senhor via o ministro chegando?

É, a gente via.

Mas ele disse que nunca foi à casa...

Do lado dele, eu não sou nada, mas ele está mentindo.

Quantas vezes ele foi à casa?

Se for contar, que eu me lembre, umas 10 ou 20 vezes. Não foram três vezes como Francisco falou (à CPI dos Bingos).

O senhor via dinheiro na casa?

Via, via as notas, pacotes de R$ 100 e R$ 50 na mala de Vladimir. Ele trazia muito dinheiro. Eu sabia que tinha muito dinheiro porque ele saía do quarto e fechava a porta do quarto.

Quem pagava as contas?

Era Vladimir. Vinha uma verba lá de São Paulo.

De onde vinha o dinheiro?

Vinha da empresa do doutor Rogério. Era ele quem pagava as despesas, os empregados. Ele passava o dinheiro para Vladimir.

O senhor participou alguma vez da entrega de dinheiro?

Um dia o Francisco me chamou para ir ao ministério. Disse: "Vamos ali mais eu, que você está à toa mesmo." Chegamos lá, Francisco parou o carro no estacionamento, ligou para o doutor Ademirson. Esperamos uns 20, 30 minutos. Aí ele desceu e Francisco entregou o envelope. Eu vi Francisco pegando o dinheiro. Dava para ver que era muito dinheiro, não era pouco. Acho que R$ 5 mil, R$ 6 mil, R$ 7 mil.

O pagamento dos empregados da casa também era feito com dinheiro enviado por Buratti?

Era. Ele passava o dinheiro ao Vladimir, que pagava a gente.

O dinheiro vinha de São Paulo?

O dinheiro vinha lá da empresa de São Paulo, eles chamavam de verba.

Como era o pagamento de vocês?

Eles pagavam no dia 1º. Falavam que era até dia 5, mas pagavam antes. Davam R$ 750, R$ 770, mais um pouquinho. Vladimir era ótimo patrão.

Onde ele pegava o dinheiro?

Tinha vez que ele vinha com o dinheiro na mala, vinha do aeroporto, vinha de fora. Sempre pagavam na terça ou na quinta-feira.

Por que o senhor decidiu contar tudo isso agora?

É porque o Francisco depôs na CPI e citou a mim e minha mulher. Fiquei meio com medo e resolvi falar logo.

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Serra continuará prefeito


E vamos todos fazer de conta que foi só por isso...

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... que, depois de muita enrolação, aconteceu isso!
(Folha Imagem)

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Prefeito deverá ser julgado pelo TSE

Enviado pelo vereador Fernando Menandro (via e-mail)

O subprocurador-geral eleitoral do TSE – Tribunal Superior Eleitoral -, Dr. Mário José Gisi, não aceitou o recurso do prefeito de Resende, Sílvio de Carvalho, que retirava do processo a sua inelegibilidade, e foi mais adiante: avaliando o processo como um todo, pediu a cassação do prefeito.

O processo agora é enviado ao relator, ministro Carlos Peluso, que deverá encaminhá-lo ao Plenário para votação final, que deverá acontecer nos próximos dias.

A decisão, em última instância, acabará com a angústia que se vive ultimamente em nossa cidade e porá um ponto final na "novela" que se tornou esta questão.

Vale ressaltar que, além das possibilidades de cassação ou absolvição do prefeito, existe também a alternativa da sua renúncia que, dependendo do período que for feita, acarretaria na posse do presidente da Câmara dos Vereadores.

Nesse momento, só nos resta esperar a decisão final do TSE.

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segunda-feira, 13 de março de 2006


(Copyright: Rosinha)

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Top Senadora!


Heloísa Helena na revista Claudia

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Bicudo diz que vota em Serra

Militante histórico que deixou o PT, Hélio Bicudo diz na revista ISTOÉ que a esquerda vai levar cem anos para se recuperar da gestão Lula.

ISTOÉ - O sr. vai votar em Lula?

Bicudo - Não voto mais no PT. O partido não se renovou. A direção é chapa-branca, vai continuar seguindo aquilo que o governo do Lula quer, e não aquilo que o partido deseja. Eu voto agora em Serra. O senador, não escolhi ainda.

ISTOÉ - Por que em Serra?

Bicudo - Ele tem uma boa formação, é um administrador competente. Tem experiência e visibilidade nacional que o governador Geraldo Alckmin não tem.O que pesa mais contra Alckmin é o fato de ser paulista e ser governo do Estado de São Paulo.

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Voto higiênico

Enviado por Cesar Maia (via e-mail)

Ouvido de senador tucano ontem em restaurante: "A esquerda dita politicamente correta, não vota no Lula. Se não tiver o Serra, vai votar na Heloisa Helena, numa espécie de voto higiênico. Hélio Bicudo é apenas um exemplo. E são pelo menos uns 5% do eleitorado nacional concentrado nas capitais".

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Primeira chinelada


Barrichello é ultrapassado pelo companheiro Button
(Foto EFE)

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Segunda chinelada


Massa começa a rodar atrás de Fernando Alonso
(Foto Reuters)

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domingo, 12 de março de 2006

Dois pés-de-chinelo!

A primeira corrida da temporada 2006 de Fórmula 1 revelou uma nova estrela e mais um pé-de-chinelo brasileiro. A nova estrela atende pelo nome de Nico Rosberg, filho de Keke Rosberg (contemporâneo de Nélson Piquet na F1 do início dos anos 1980), que estreou em grande estilo: largou em 12º lugar e chegou em sétimo, depois de fazer belas ultrapassagens e as voltas mais rápidas da corrida. Já o nosso novo pé-de-chinelo é o Felipe Massa, que largou em 2º lugar e terminou em nono, depois de ter feito uma largada mais preocupado em proteger o chefão Schumacher das investidas do Alonso do que em se dar bem na corrida (tal e qual fazia Barrichello) e de rodar vergonhosamente atrás do campeão espanhol no início da décima volta.

O grande (!!) Rubinho protagonizou o outro vexame brasileiro no Bahrein. Depois de ter sido mais lento do que o companheiro Button no treino oficial e de ter levado a pior numa dura briga por posições durante a corrida, nosso primeiro pé-de-chinelo recebeu a bandeirada em 15º lugar (largou em 6º), 11 posições atrás de Button, que terminou em 4º lugar. É bem verdade que Massa e Rubinho tiveram problemas - Felipe na troca de pneus antecipada pela rodada e Barrichello com a perda da terceira marcha já na última parte da corrida. Mas isso não impediria que ambos chegassem atrás de seus companheiros de equipe em condições normais.

Os únicos consolos foram o show (mais um!) do Kimi Raikkonen (que largou em último e chegou em terceiro lugar) e a incontestável vitória de Fernando Alonso, que largou em 4º lugar, ficou em segundo a maior parte da corrida e, no último pit stop, superou Shumacher no truque preferido do alemão, a ultrapassagem no box (truque, aliás, inventado por Flávio Briattore - atual dirigente da Renault - quando ambos estavam na Benetton). Já o consolo do Schumacher foi ter igualado - depois de 15 anos!!! - o último recorde de Senna que ainda não havia sido batido, o de 65 pole-positions. Detalhe: Ayrton precisou de apenas 10 anos para chegar a esse número.

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sábado, 11 de março de 2006

Poderia ser no Haiti...


... mas é no Morro da Providência, centro do Rio de Janeiro
(Foto de O Globo)

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Adene igual Sudene

Do site Contas Abertas

Responsável por administrar quase R$ 1 bilhão de recursos para promover a economia nordestina, a Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene) não conseguiu aplicar nem um centavo do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE). No entanto, a autarquia criada para substituir a antiga Sudene, registrou um crescimento expressivo nos últimos quatro anos dos seus gastos com pessoal e despesas correntes.

Segundo os dados do Sistema de Administração Financeira do governo federal (Siafi), dos R$ 12,6 milhões investidos na agência no ano passado, R$ 9,2 milhões foram utilizados no pagamento de funcionários e manutenção do órgão. Desde 2003, essa parte do orçamento da Adene aumentou cerca de 120%.

Com os aumentos, as despesas burocráticas da Adene correspondem a cerca de 61% do que gastava a extinta Sudene em 2001, que abrigava quase 800 funcionários contra os atuais 160 da agência. Em 2002, ano de criação da Adene, a rubrica orçamentária "apoio administrativo" não passou dos R$ 770 mil. Já em 2003, o Governo Lula avisou que a agência sairia de cena com a recriação da Sudene, cujo projeto de lei foi enviado ao Congresso Nacional. Mesmo assim, os gastos com apoio administrativo aumentaram, passando para R$ 4,2 milhões. Em 2004, essas despesas subiram para R$ 5,8 milhões até atingirem R$ 8,8 milhões no ano passado.

E o gasto com pessoal é que explica o aumento das despesas administrativas. No início do Governo Lula, a Adene gastou R$ 1,4 milhões com pessoal e encargos sociais. Em 2004, essa despesa subiu para R$ 2,5 milhões. Já em 2005, a conta mais do que dobrou e chegou aos R$ 5,7 milhões.

No ano passado, os diretores da agência decidiram desembolsar cerca de R$ 621 mil só com a reforma do edifício-sede em Recife, valor próximo ao investido no programa de desenvolvimento integrado e sustentável do Semi-Árido que atende nove estados. A reforma corresponde ainda a cinco vezes o que foi dispendido com o desenvolvimento da maricultura – criação de animais e plantas marinhas - e com a organização produtiva de comunidades pobres do Nordeste.

Pitaco do RA: Entra ano, sai ano, entra década, sai década, entra século, sai século e a situação do Nordeste continua a mesma: o povo cada vez mais pobre e os políticos cada vez mais ricos. E pensar que o Lula deverá se reeleger graças ao apoio maciço de seus conterrâneos que ainda acreditam que um presidente nordestino, vindo do povo e fundador de um partido de trabalhadores, possa mudar o rumo do seu cruel e secular destino! O exemplo da Adene - e o escândalo do mensalão - provam que só essas credenciais não bastam para promover mudanças. Para transformar o Nordeste - e, por tabela, todo o país - é preciso, antes de mais nada, coragem para enfrentar os poderosos. E Lula, com as alianças que fez (e continua fazendo) para governar, está cada vez mais distante desse objetivo. Cá pra nós (e que ninguém nos ouça), hoje o presidente está muito mais para ACM do que para Roberto Freire. Grande Lula!!

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sexta-feira, 10 de março de 2006

Homenagem?


Marisa Monte em um look 'Gal anos 70'
(Folha Imagem)

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Marisa Monte lança dois novos CDs

Do UOL Diversão e Arte

Depois de cinco anos longe dos palcos e sem gravar um disco solo, a cantora Marisa Monte lança hoje dois álbuns de composições inéditas, "Infinito Particular" e "Universo ao meu Redor", que prometem mostrar direções diversas na carreira da cantora.

As composições de "Infinito Particular" surgiram a partir de um trabalho de audição e resgate do arquivo de canções de seus 15 anos de carreira, feito pela própria Marisa Monte, incluindo antigas parcerias com compositores como Nando Reis, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, Pedro Baby e Dadi. O disco, que é mais fiel ao estilo que consagrou a cantora, conta também com participações de Seu Jorge, Adriana Calcanhoto, Marcelo Yuka, Leonardo Reis e Rodrigo Campelo, além de arranjos de Eumir Deodato, Philip Glass e João Donato, sob a produção de Alê Siqueira, que já havia trabalhado com a cantora no disco "Tribalistas".

O álbum "Universo ao Meu Redor" é o resultado da aproximação de Marisa Monte com a Velha Guarda da Portela, e apresenta composições de samba da comunidade, com canções de Jaime Silva, Argemiro Patrocínio e Dona Yvonne Lara, entre outros. Segundo Marisa Monte, este álbum começou a surgir a partir de uma série de encontros e entrevistas orientadas por Paulinho da Viola, Monarco e Dona Yvonne: "Ouvi compositores, parentes e parceiros de sambistas antigos em busca não somente da obra deles, como também das referências criativas; da gênese do samba feito por eles". A produção do álbum é assinada por Mario Caldato Jr., produtor de hip hop brasileiro radicado nos EUA que já assinou trabalhos dos Beastie Boys e Marcelo D2.

Já estão sendo veiculadas no rádio as primeiras músicas de trabalho, "O Bonde do Dom" e "Vilarejo".

O Bonde do Dom (Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown/Marisa Monte)

Novo dia
Sigo pensando em você
Fico tão leve que não levo padecer
Trabalho em samba e não posso reclamar
Vivo cantando só para te tocar
Todo dia
Vivo pensando em casar
Juntar as rimas como um pobre popular
Subir na vida com você em meu altar
Sigo tocando só para te cantar
É o bonde do dom que me leva
Os anjos que me carregam
Os automóveis que me cercam
Os santos que me projetam
Nas asas do bem desse mundo
Carregam um quintal lá no fundo
A água do mar me bebe
A sede de ti prossegue
A sede de ti...

Para ouvir 'O Bonde do Dom' e 'Vilarejo', clique aqui.

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