RA completa 13 anos no AR

quinta-feira, 31 de maio de 2007

25 anos de pasmaceira

Ruy Castro, na Folha Online

Se você tem 25 anos ou menos, não o invejo. A leitura de uma entrevista do ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso me alertou para um fato triste: há toda uma geração de brasileiros que nunca viu o Brasil crescer, nem sabe o que é desenvolvimento. Para isso basta ter nascido cerca de 1982.

Segundo Reis Velloso, a renda per capita nacional cresceu em média apenas 0,6% ao ano nesse período. Enquanto isso, a de outros países chegou a níveis de, como diria o falecido Ronaldo Bôscoli, placar de basquete americano.

Entrou governo, saiu governo e todos nos disseram que o Brasil iria fazer e acontecer no mundo. Pois quem está pintando os canecos é a China. Até o contrabando paraguaio já prefere os artigos chineses - por aí se vê como a coisa é grave.

Minha geração pegou dois surtos de desenvolvimento no Brasil. O da segunda metade dos anos 50, sob Juscelino - que costuma ser atribuído somente a JK, mas que, para mim, aconteceria com ou sem ele, pelo volume de dinheiro rolando depois da Segunda Guerra, aqui e no exterior. E o de 1970, que deu no chamado "milagre" e se estendeu a meados daquela década, antes da crise internacional do petróleo.

É divertido viver sob uma euforia "desenvolvimentista". O dinheiro sobra. Pode-se investi-lo direito e pode-se também torrá-lo construindo uma cidade com tijolos que precisam ser levados de avião, apostando as calças na Bolsa ou queimando gasolina como se ela desse na bica do quintal. Claro que, um dia, a vida real apresenta a conta.

Mas é melhor do que viver na pasmaceira, só quebrada por escândalos como os de PC Farias, dossiê Cayman, anões do Orçamento, mensalão, valerioduto, sanguessugas ou Operação Navalha. E depois nos perguntamos por que não sobra dinheiro.

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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Polícia para quem precisa - O retorno


Sting, Stewart Copeland e Andy Summers

Do UOL Música

Tocando com desenvoltura total, como se nunca tivesse parado, a banda The Police começou na segunda-feira sua primeira turnê mundial em mais de 20 anos, fazendo um show de duas horas para 20 mil fãs no Canadá.

O vocalista e baixista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland reapresentaram canções favoritas do passado, como "Message in a Bottle", "Roxanne" e "Every Breath You Take". O show foi o primeiro de dois programados para a arena GM Place, na cidade de Vancouver.

"Como não tocamos juntos há 25 anos, quero apresentar a banda", brincou Sting. "Andy, este é Stewart."

Entre os fãs famosos presentes ao concerto estavam a atriz Penélope Cruz e o vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder. Trudie Styler, mulher de Sting, sentada na sétima fileira, acompanhou as canções cantando também ao lado de Jerry Moss, co-fundador do selo A&M Records, dos álbuns do Police.

A turnê tinha começado extra-oficialmente na noite anterior, quando o grupo fez um ensaio geral diante de 4.000 membros de seu fã-clube. O Police vem ensaiando há quatro meses, desde que Sting decidiu que tinha chegado a hora para um reencontro e chamou seus antigos colegas.

A banda se separou em 1984, após a última apresentação da turnê mundial Synchronicity, na Austrália, mas reuniu-se novamente em 1986 para alguns shows em benefício da Anistia Internacional.

Sting passou a conquistar fama e fortuna ainda maiores como artista solo que mergulhou no pop, rock, jazz e até mesmo música erudita. Copeland passou a compor para o cinema e a televisão, e Summers explorou suas raízes no jazz com vários projetos.

O show da segunda-feira começou com um dos primeiros sucessos da banda, "Message in a Bottle", uma ode à solidão saída do segundo álbum do trio, "Reggatta de Blanc", de 1979. Seis das canções do show saíram de seu álbum final, "Synchronicity", de 1983.

A turnê mundial está prevista para terminar no início de 2008 e vai incluir duas partes na América do Norte, uma parte na Europa e shows na América Latina, Japão, Austrália e Nova Zelândia.

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terça-feira, 29 de maio de 2007

Um país condenado a viver à beira do abismo


Charge do El País

Josias de Souza, no Blog do Josias

Há anos que a política brasileira caminha em direção a um metafórico fundo do poço. Tem-se uma vaga visão do que seria uma democracia irremediavelmente conspurcada. Mas prefere-se não pensar nos efeitos da encrenca no cotidiano pacato dos brasileiros que financiam o funcionamento do Legislativo, do Executivo e do Judiciário.

Imagina-se o fundo do poço como algo parecido com o inferno. Um lugar que todos sabem insuportável. Mas que ninguém deseja conhecer para saber, em detalhes, como funciona. As pessoas se apegam ao fato de que a frágil democracia brasileira já roçou várias vezes o fundo do poço. E nem por isso o brasileiro médio deixou de tomar o café da manhã, almoçar, jantar e assistir à novela das oito antes de enfiar-se sob os lençóis.

Assim, o Brasil vai adiando, brasileiramente, o seu encontro com o fundo do poço definitivo. Quando se imagina que o lamaçal terminal e irremediável foi tocado, um novo escândalo irrompe em cena para informar à nação que o percurso rumo às profundezas do lodo ainda terá novas escalas.

Ao fundo do poço da fisiologia à Sarney, sobreveio o fundo do poço do Collorgate, que foi seguido pelo fundo do poço dos anões do orçamento, que foi anulado pelo fundo do poço das privatizações trançadas “no limite da irresponsabilidade”, superado pelo fundo do poço da compra de votos da reeleição, humilhado pelo fundo do poço da Sudam, vencido pelo fundo do poço da violação do painel do Senado, suplantado pelo fundo do poço do mensalão, derrotado pelo fundo do poço da quebra do sigilo do caseiro, sobrepujado pelo fundo do poço do dossiêgate, ultrapassado pelo fundo do poço da compra de sentenças judiciais, enterrado pelo fundo do poço do propinoduto da Gautama, excedido pelo fundo do poço da suspeita de que um lobista de empreiteira bancaria as despesas do presidente do Senado...

A esperança de que o fundo do poço possa ser, convenientemente, adiado ao infinito faz do país o que ele é hoje, uma nação à beira do abismo eterno. Sonega-se o imposto sob o pretexto de que ele será roubado; reelegem-se corruptos sob a justificativa de que é tudo farinha do mesmo saco; desrespeitam-se as leis de trânsito sob o argumento de que ninguém as respeita; tolera-se o subemprego sob a falácia de que ele é conseqüência natural do processo econômico e, afinal, é preferível ao assalto a mão armada; etc, etc, etc...

A cada novo fundo do poço, ouvem-se as vozes do “corte na própria carne”, do “doa a quem doer”. A cada nova onda de lama, afirma-se que, dessa vez, a apuração chegará às “últimas conseqüências”. No fim, acaba-se chegando às últimas conseqüências. Há casos em que os culpados são identificados. Alguns chegam mesmo a virar réus em processos judiciais. E terminam rebatizados com nomes bem conhecidos. Todos pendentes da árvore genealógica da família Conseqüência. Os mais notáveis são o “Descaso Conseqüência dos Anzóis” e a “Impunidade Conseqüência dos Caracóis”.

Nesse interminável adiamento do fundo do poço apocalíptico, o brasileiro habituou-se a conviver com o inaceitável. Não se sabe ao certo se a nova crise política que revolve os subterrâneos da promiscuidade nacional empurrará o país, finalmente, para o abismo. De uma coisa, porém, não há dúvida: quem está cavando o buraco é a sociedade. Vale-se de uma enxada conveniente. A enxada da inércia.

Pitaco RA: Sensacional! Perfeito!! Definitivo!!! Uma aula magna sobre o Brasil democrático e corrupto em sete parágrafos. Grande Josias!

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domingo, 27 de maio de 2007

De Resende para o mundo

O modelo de produção da Volkswagen Caminhões e Ônibus, sediada em Resende, poderá ser implantado na China, na Índia ou na Rússia. O presidente da empresa, Antonio Roberto Cortes, diz que está sendo feito um estudo de viabilidade que deverá apontar para um desses três países. "Por enquanto, é apenas um projeto", diz ele cauteloso.

A Volkswagen inovou ao fabricar ônibus e caminhões em consórcio modular, no qual fornecedores se instalam na própria linha de montagem da fábrica, agrupados em sete módulos: chassi, eixos, pneus, motor, cabine, pintura e detalhes internos da cabine.

Diante do sucesso do modelo brasileiro, a matriz alemã resolveu adotá-lo também no México, onde uma fábrica instalada em 2004 deverá produzir 1.700 veículos este ano. Na África do Sul, a unidade de Porto Elizabeth - também construída seguindo o modelo de Resende - entra em operação este ano e, no auge, deve fabricar mil automóveis.

Publicado ontem na coluna Negócios & Cia, de O Globo, e editado pelo RA.

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Dias de sol e de muito frio


Rua Alfredo Whately ontem de manhã

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Mimosos e mimados

Crônica de Nelson Motta (via e-mail)

Quando se ouvem os diálogos gravados entre parlamentares, funcionários, assessores e lobistas com a turma da Gautama, tudo soa parecido com o pessoal do tráfico, do movimento, armando suas paradas e se defendendo dos X9 e dos "alemão".

A diferença é que a linguagem dos bandidos do morro, criada para enganar a polícia e o pessoal do asfalto, é muito mais rica e colorida que a da turma de gravata e crachá. Mas são todos droga malhada do mesmo sacolé.

Quando os traficantes perguntam "do preto ou do branco?", é como se fossem empreiteiros e políticos combinando "é estrada ou ponte?"; "é emenda ou aditivo?", "é carro ou caneta?".

Curiosamente, tanto uns como outros jamais falam em propina - não são otários, otários somos nós -, sempre usam o código "fazer um agrado". Além de "chefe", talvez seja a única expressão usada igualmente pelas duas tribos, tão diferentes nas linguagens e tão parecidas nos objetivos.

Outra diferença é que as vítimas dos bandidos do morro são indivíduos e estabelecimentos comerciais, enquanto as quadrilhas da Esplanada roubam o dinheiro suado de todos nós e deixam um rastro de impunidade que abala a fé na democracia e nas instituições.

Como os bandidos são mimosos, os que recebem os mimos vão ficando mimados, têm prisão especial, foro privilegiado e liminares, enquanto o pessoal do short e chinelo fica em cana. Mas quem comete um crime mais grave? Quem vende droga proibida a um adulto ou quem rouba toda a coletividade, geralmente em Estados miseráveis?

Ainda sonhamos com o dia em que o Supremo Tribunal Federal mandará um parlamentar para a cadeia, pela primeira vez em toda a sua história, enquanto sustentamos os mimosos, mimados e intocáveis.

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sexta-feira, 25 de maio de 2007

Vamos ao teatro









Margarita vai à luta (Rio de Janeiro)

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Senna homenageado em Mônaco


Viviane Senna e o Príncipe Albert de Mônaco (Foto AFP)

Do UOL Últimas Notícias

Desde o último dia 19 de maio até o próximo domingo, o Principado de Mônaco abriga uma série de homenagens ao piloto brasileiro Ayrton Senna, que venceu a prova no circuito de Monte Carlo seis vezes, tendo sido a primeira delas há exatamente 20 anos. Nesta sexta-feira, uma placa comemorativa foi inaugurada em uma das curvas da pista.

Com a mensagem "Em destaque ao talento do piloto brasileiro Ayrton Senna, vencedor do Grande Prêmio de Mônaco por seis vezes", a placa foi descerrada pelo Príncipe Albert de Mônaco, acompanhado da irmã de Senna, Viviane, e do filho dela, Bruno Senna, que disputa a categoria GP2.

Logo em seguida, todos visitaram o Hotel Fairmont, próximo à curva, onde objetos de Senna, fotografias, os capacetes usados em suas seis vitórias e os troféus conquistados em Mônaco estão expostos na mostra "Mônaco Senna Celebration".

A exposição apresenta ainda três dos carros utilizados pelo piloto brasileiro em suas vitórias no circuito de Monte Carlo. A Honda, empresa que fornecia os motores para a McLaren quando Senna corria pela escuderia, foi a responsável por levar os carros a Mônaco.

Pitaco do RA: O meu Brasil é o Brasil do Senna, que não tem nada a ver com o Brasil dos Zuleidos, dos Malufs e dos Barbalhos. A minha bandeira é a que ele orgulhosamente carregava, aos domingos, na volta da vitória, e não a que tremula (de vergonha) no mastro do Congresso Nacional. Por isso, o meu patriotismo só aflora em ocasiões especiais, cada vez mais raras. Esta é uma delas.

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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Homenagem sincera aos nossos políticos

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Brasil tem iPod mais caro do mundo

Brasil sil, sil!!! É Bi-Campeão!! Bi-Campeão!

Pela segunda vez, o Brasil aparece no topo do ranking que lista os países onde o iPod (tocador de MP3 da Apple) custa mais. Segundo estudo organizado pelo banco australiano Commonwealth Bank, um iPod Nano de 2GB custa no Brasil em torno de US$ 358, valor mais alto do mundo. O mesmo equipamento, no Japão, é vendido pelo equivalente a US$ 146.

O banco realiza o estudo para comparar o poder de compra em diferentes países. O que torna o iPod mais caro no Brasil são as altíssimas taxas de importação e os impostos, que encarecem também, entre outros produtos, os laptops e as câmeras fotográficas digitais.

Após o Brasil, aparece a Índia, onde o tocador é vendido por US$ 241. Nos Estados Unidos, o produto custa US$ 149 e no Canadá, US$ 153.

Publicado na Info Online e editado pelo RA.

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quarta-feira, 23 de maio de 2007

O que a Infraero quer esconder

De acordo com a empresária Silvia Pfeiffer, sócia da Aeromídia, firma especializada na veiculação de publicidade em aeroportos, diretores da Infraero recebem mesada em troca de contratos. Em entrevista à revista "IstoÉ", no final de abril, Sílvia declarou o seguinte:

"Paguei mesada a diretores da Infraero no Paraná para conseguir contratos no Aeroporto Affonso Pena, em Curitiba".

Nessa mesma entrevista, a empresária garantiu possuir documentos que comprovam irregularidades em contratos de publicidade veiculada por sua firma no aeroporto de Brasília. Tais contratos teriam sido dispensados de licitação, uma prática, segundo ela, que se repete no país inteiro.

No Paraná, o dinheiro arrecadado com o esquema seria destinado a ajudar a campanha de Cássio Tanigushi à Prefeitura de Curitiba. Ainda segundo a "IstoÉ", Sílvia Pfeiffer entregou à Polícia Federal comprovante de arrecadação de R$ 20 milhões, por meio da Aeromídia, para o caixa dois da campanha. Tanigushi nega as acusações.

Hoje, a empresária pediu proteção à CPI do Apagão Aéreo por estar sendo ameaçada de morte e reiterou as denúncias contra diretores e funcionários da estatal:

"Há diretores, superintendentes da Infraero, empreiteiras. Há corrupção desde a engenharia até a diretoria administrativa da empresa. Tem propina, superfaturamento. O esquema é grande", encerrou.

A Aeromídia está no mercado desde 1998 tem na sua carteira de clientes nomes como AmBev, HSBC, Tim, Itaú, Nextel, Coca-Cola, Vivo, Correios e O Boticário.

Fontes: Site da Aeromídia e matéria publicada na Folha Online.

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terça-feira, 22 de maio de 2007

A magia do teatro invade a cidade

O Conto da Ilha Desconhecida













































Grupo de teatro de Ouro Preto (MG), ontem no Calçadão

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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Para os paraguaios, imperialistas somos nós


Editorial ocupa uma página inteira

Alguns trechos do longo - e duro - editorial do jornal ABC Color que destaca, na edição de hoje, a chegada do presidente Lula a Assunção:

"Lula chegou ao país 'com uma maleta cheia de promessas', mas que 'não é muito o que o país pode esperar desta visita oficial'.

"A realidade mostra que os brasileiros vêm com uma série de promessas, que serão plasmadas em pomposos documentos pelos presidentes com canetas caríssimas, mas na prática todas são simples espelhinhos sem valor, como séculos atrás os conquistadores ganhavam a amizade e a boa vontade dos nativos".

Em palavras duras e exacerbado tom nacionalista, o jornal insiste que a situação injusta - referência ao Tratado de Itaipu, assinado em 1973 pelo regime militar, que estabelece que a energia deve ser vendida a preço de custo ao Brasil - "conduz à violência": "Os povos jamais esquecem as injustiças a que são submetidas pelas nações mais poderosas, e mais cedo ou mais tarde fazem valer suas reclamações, como no caso do Canal do Panamá, reconquistado pelo Panamá à força".

"Um exemplo recente que o presidente Lula conhece bem é o caso da Bolívia, um país pobre e indefeso que graças à coragem e patriotismo de seus atuais dirigentes conseguiu multiplicar o preço irrisório que Brasil e Argentina lhe pagavam por seu principal recurso, o gás natural."

Para o jornal, "os governantes brasileiros, ávidos e colonialistas, não devem permitir que o roubo descarado da eletricidade paraguaia continue alimentando o ódio e o antagonismo em relação a seu povo".

Para ler a matéria da BBC Brasil na íntegra, clique aqui.

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Um novo cinema novo

Sob este título, o grande Artur Xexéo analisa - em sua página dominical da Revista O Globo - a enquete do jornal londrino The Guardian que elegeu, semana passada, os melhores filmes em língua não-inglesa de todos os tempos. Começa com um pequeno - mas proposital - erro de interpretação ao mudar o foco da pesquisa para "filme estrangeiro", o que, a seu ver, deveria incluir os filmes americanos de diretores como Coppola e Scorsese (ambos, digo de passagem, com o mesmo sangue que correu, um dia, pelas veias de Fellini, non è vero?).

No mesmo parágrafo de abertura, Xexéo cita o primeiro lugar de "Cinema Paradiso", que os críticos do "Guardian" abominaram (por estar à frente de, por exemplo, "M, o vampiro de Dusseldorf" e "As regras do jogo") e lembra a sua relação de amor e ódio com o filme de Giuseppe Tornatore (também, digo outra vez de passagem, da mesma turma do Coppola, do Scorsese e do Fellini). É que Xexéo considerava "Cinema Paradiso" um melodrama banal até assistir à versão completa, com quase uma hora a mais de duração, que foi rejeitada pela crítica e vista com indiferença pela platéia na primeira exibição em Roma (daí os cortes que levaram o filme ao Festival de Cannes e ao sucesso de público no final dos anos 1980). Hoje, ele coloca "Paradiso", o original, ao lado de "O bebê de Rosemary" e "Era uma vez na América", seus filmes preferidos.

Dito isso, Xexéo faz a tradicional pergunta que não quer calar: se foram votados 500 filmes diferentes - e, entre eles, aparece os brasileiros "Cidade de Deus", em um honroso quarto lugar, e "Central do Brasil", em 30º -, onde foram parar os filmes de Glauber Rocha, de Joaquim Pedro e de outros cineastas dos anos 1960 que, até então, eram os grandes nomes do cinema brasileiro no exterior?

No intuito de prevenir interpretações equivocadas de leitores mais afoitos, que poderiam alegar a baixa média de idade dos votantes do "Guardian", Xexéo cita alguns importantes títulos da lista, como "Os sete samurais" (1954), "Acossado" (1960) e "Ladrões de bicicleta" (1948), antes de desferir o golpe final:

"Nada de 'Antonio das Mortes' ou 'Vidas secas'. Pelo jeito, há um novo cinema novo brasileiro com mais força do que outros para atingir corações e mentes do resto do planeta."

Em linhas gerais, a mesma conclusão do Pitaco do Ra na matéria "Fernando Meirelles ou Jean-Luc Godard?", publicada no blog Ilustrada no Cinema e reproduzida aqui sábado passado.

Para ler a matéria do Xexéu na íntegra, clique aqui.

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domingo, 20 de maio de 2007

Enquanto isso, na Capital Federal...


Charge do grande Angeli, na Folha Online

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Pedido ao Guido: me deixe visitar o meu dinheiro

Josias de Souza, no Blog do Josias

Todo brasileiro em dia com suas obrigações fiscais deveria ter o direito de acompanhar o que é feito com o fruto do seu suor. Tomo por mim. Sempre que pago imposto, sou assaltado por dois sentimentos devastadores. O primeiro é a saudade. O outro é a incerteza. Dói-me não poder zelar pelo futuro do meu dinheirinho.

Angustia-me a sensação de que meu dinheiro, salubérrimo, possa estar, nesse exato momento, passeando numa ambulância superfaturada dos Vedoin. Aflige-me a impressão de que, podendo estar seguro no meu bolso, o coitado talvez tenha sido enterrado sob o mármore de um desses aeroportos da Infraero.

Nos últimos dias, minhas preocupações com o meu dinheiro aumentaram. Tem sido difícil conviver com a idéia de que o pobrezinho pode ter ido parar no bolso ou numa conta bancária de um sujeito que atende pelo nome de Zuleido, dono de uma construtora chamada Gautama.

Sei que não é usual. Mas gostaria que o Guido Mantega me permitisse visitar o meu dinheiro. Ou o que restou dele. Seria coisa rápida, ministro. Juro que não o quero de volta. Não tentarei resgatá-lo. Desejo apenas identificá-lo e, na medida do possível, consolá-lo.

Se conseguisse identificar o meu dinheiro, faria nele uma marca. Depois, escreveria às autoridades: "Esse aqui, senhores, prefiro que usem para custear o ensino básico, para acudir algum desgraçado esquecido numa maca do SUS... Nada de entregá-lo a um Zuleido qualquer. Meu dinheiro é pouco, bem sei. Mas ele é meu. Merece respeito".

Texto editado pelo RA. Para ler na íntegra, clique aqui.

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Triste domingo



A tristeza é senhora,
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura,
a noite e a chuva que cai lá fora
Solidão apavora,
tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece,
no quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora.

(Desde que o samba é samba, do grande Caetano)

PS: O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê para o Sudeste um domingo nublado e parcialmente nublado em todos os estados, com chuvas fracas em algumas regiões. No Rio de Janeiro, a máxima prevista é de 30 graus.

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sábado, 19 de maio de 2007

Fim do suspense: Votorantim vem para Resende

Depois de afirmar ao jornal Valor Econômico, no dia 29 de abril, que a Votorantim ainda não havia escolhido a cidade que receberia a sua nova usina siderúrgica (a segunda do Brasil), Carlos Ermírio de Moraes, presidente do Conselho de Administração da Votorantim Participações, confirmou agora o que todo mundo já sabia: Resende vai mesmo sediar a fábrica de um bilhão de reais. Como o assunto é de suma importância para os que vivem na futura metrópole do Sul fluminense (com as vantagens e desvantagens que costumam acompanhar tão honroso título), nós do RA achamos por bem reproduzir na íntegra o comunicado da assessoria de imprensa da Votorantim, divulgado anteontem, dia 17 de maio:

A Votorantim Metais construirá sua segunda usina siderúrgica no Brasil. Com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de aços longos por ano, o empreendimento será dividido em duas etapas, de 500 mil toneladas anuais cada, e demandará investimentos de R$ 850 milhões na primeira fase e R$ 150 milhões na segunda. A construção da nova unidade está alinhada à estratégia de crescimento do negócio Aço da empresa, que já possui planta em Barra Mansa (RJ) e acaba de adquirir 52% das ações da segunda maior siderúrgica da Colômbia, a Acerías Paz del Río.

O estudo de viabilidade econômica deste projeto acaba de ser concluído e apontou o município de Resende como o que oferece as melhores condições técnicas para receber a unidade. Além de possuir localização estratégica, próxima dos principais mercados consumidores brasileiros e com infra-estrutura rodoviária e ferroviária adequadas, a escolha de Resende permitirá à Votorantim Metais aproveitar as sinergias existentes com a unidade de Barra Mansa, que está a apenas 50 km de distância de Resende.

A nova siderúrgica da Votorantim Metais receberá o que há de mais moderno para a aciaria e laminação de aço no mundo. “Contemplamos no projeto as mais avançadas tecnologias disponíveis, com objetivo de tornar esta unidade um modelo internacional em sustentabilidade, com eficiência econômica, social e ambiental”, afirma Carlos Ermírio de Moraes, presidente do Conselho de Administração da Votorantim Participações. “O investimento, somado à recente aquisição da Acerías Paz del Río, na Colômbia, amplia o tamanho do negócio aço e faz parte da estratégia de crescimento contínuo do Grupo”, complementa o executivo.

A nova planta utilizará a reciclagem de aço como principal fonte de matéria-prima, contribuindo para a preservação dos recursos naturais. Os produtos fabricados pela unidade serão fio máquina e vergalhões, com qualidade e competitividade compatíveis às melhores do mundo. O cronograma do projeto prevê a entrada em operação da primeira fase, com produção de 500 mil toneladas por ano de laminados, em 2009. A segunda fase, que somará outras 500 mil toneladas – atingindo 1 milhão de toneladas –, dependerá da evolução do mercado.

A nova usina será construída em uma área de 4,3 milhões m² no município de Resende. Durante a construção da nova unidade, serão gerados 2.100 empregos. Para a operação da primeira fase do projeto serão necessárias 650 pessoas, sendo 450 colaboradores diretos e 200 terceiros fixos. A empresa pretende contratar o maior número possível de pessoas na região de influência do projeto. A nova unidade da Votorantim Metais possibilitará ainda a geração de aproximadamente 3.250 postos de trabalho indiretos na cadeia produtiva envolvida diretamente com o projeto.

Enviado por JEO Bruno.

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sexta-feira, 18 de maio de 2007

Começa hoje



Acontecendo agora no Calçadão: Amor por Anexins (de Criciúma - SC).

Às 20:30h no Cine Vitória: O Pregoeiro (Rio de Janeiro - RJ) - A peça recupera o caráter primordial do teatro, onde o público não está passivamente do outro lado, mas sim do lado do ator, cúmplice da sua história, dividindo o espaço da alegria e da brincadeira no mundo real. Trata-se de um grande jogo, onde todos participam e se emocionam. O universo é o circo, as gags, o palhaço. O tema? Uma história, a de todos nós brasileiros, anônimos, palhaços, alegres e sofredores. O Pregoeiro é aquele que diz as verdades, que faz rir da sua própria condição de estupidez e pieguice. Um espetáculo que fala de ser famoso e anônimo, da perda, do amor, da solidariedade e da fé na transformação.

Texto de divulgação.

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sábado, 12 de maio de 2007

Fernando Meirelles ou Jean-Luc Godard?

Publicado no Ilustrada no Cinema

"Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, é melhor do que "Acossado", de Jean-Luc Godard? Sim, respondem os leitores do diário inglês The Guardian. O jornal londrino fez uma enquete em seu site em que perguntava: Qual o melhor filme de todos os tempos não falado em inglês? O resultado foi publicado hoje, e o filme sobre o surgimento do tráfico em uma favela carioca ficou em quarto lugar, enquanto o clássico da nouvelle vague apareceu na sexta posição.

Mais de 2.500 pessoas enviaram seus votos, e cerca de 500 filmes foram citados. E quem ficou em primeiro? O bonitinho (mas ordinário) "Cinema Paradiso", do italiano Giuseppe Tornatore, seguido por "O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain", do francês Jean-Pierre Jeunet, e os "Sete Samurais", do japonês Akira Kurosawa. Dá pra levar a sério? Nem o pessoal do "Guardian" gostou muito da seleção, e o crítico David Thomson lamentou a escolha do vencedor.

E o que o jornal disse sobre o quarto lugar para "Cidade de Deus"? A avaliação de Thomson, numa tradução livre:

"Primeiro, jovens estão votando e buscando nos filmes uma visão real do mundo. Segundo, essa busca se amplia à América Latina e às favelas do Rio, onde o filme de Meirelles é rodado. E, terceiro, jovens cinéfilos usam o filme como uma forma de focar sua raiva e desespero quanto às injustiças do mundo. Tudo isso também poderia ter sido dito sobre 'Os Esquecidos', de Luis Buñuel, feito em 1950 e um filme melhor. Mas 'Os Esquecidos' nunca despertou o mundo como 'Cidade de Deus' fez."

O filme de Meirelles não é o único brasileiro que aparece entre os 40 primeiros colocados: "Central do Brasil", de Walter Salles, é o 30º colocado, nove posições à frente de "A Regra do Jogo", outro clássico francês, este dirigido por Jean Renoir.

Pitaco do RA: A importância de um filme varia de acordo com um punhado de fatores. Entre eles, o nível cultural de quem o assiste, sua experiência de vida, traumas e/ou dificuldades na infância e na adolescência, gosto pessoal (e intransferível) por determinado assunto, senso estético (ou artístico), cultura cinematográfica, predileção por esse ou aquele ator ou atriz, estado de espírito e/ou fase da vida quando vê o filme pela primeira vez, etc, etc, etc...

Por isso, gosto imensamente mais de "A Rosa" (Mark Rydell, 1980) do que de "O Nome da Rosa" (Jean Jacques Annaud, 1986). Da mesma forma, prefiro "As Pontes de Madison" (Clint Eastwood, 1995) do que a grande maioria dos cultuadíssimos filmes da nouvelle vague. Loucura? Pode ser. Mas como roqueiro de nascença e fotógrafo de fé e de profissão, estes dois filmes - considerados, no mínimo, despretensiosos por cinéfilos de carteirinha - sempre me emocionaram muito mais do que os dramas existenciais dos jovens franceses nos anos sessenta ou os embates entre a ciência e a religião na idade média.

Assim, é de se esperar que muita gente discorde do resultado da votação dos leitores do "Guardian" (eu, particularmente, também acho um descalabro "Cinema Paradiso" em primeiro lugar). No entanto, a cada enquete dessas, o nosso "Cidade de Deus" se firma como o mais importante filme brasileiro de todos os tempos. Pelo menos para os ingleses. E para os americanos, os alemães, os franceses...

Já para os brasileiros, é bem possível que o filme de Fernando Meirelles perca - de longe - para o tétrico documentário "Di" do Glauber Rocha, que assisti, nos longínqüos anos setenta, no cineminha da Escola Parque, em Brasília. Naquela noite, enquanto muita gente aplaudia de pé os rasantes de uma câmera ensandecida sobre um defunto ilustre, eu esperava ansioso o início do filme "Gimme Shelter", dos Rolling Stones. Como se vê, meus antecedentes ditam as minhas escolhas. Assim no cinema como na vida.

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domingo, 6 de maio de 2007

'Casual Dining' chega a Resende com sabor tropical



Resende vai ganhar um "Casual Dining". Um lugar agradável para bom papo depois do trabalho e um jantar casual, como sugere o nome em inglês.

Grandes redes internacionais como Joe & Leo's, Friday's, Outback, Applebee's e America, entre outras, têm ampliado suas lojas mundo a fora levando o conceito de restaurantes com cara de bar, ambiente bonito, confortável, com pratos criativos, saborosos.

O jornalista Fabio Brunelli - apresentador e editor do RJ TV, da TV Rio Sul - decidiu extrair dessa experiência bem sucedida apenas o conceito. Deixou de lado a cultura americana que decora a maioria dessas redes. Como inspiração, procurou sabores tropicais. Refrescantes. Sensuais. Essa busca o conduziu à manga-rosa. Diga lá, Fabio:

"Essa fruta, de comer se lambuzando, sabe seduzir. Há quem a devore depois de retirar toda a casca amarelo-rosada. Outros fazem um furinho para chupar o caldo. Muitos cortam em pedaços, comem de garfo e faca. Seja como for, é difícil escapar do sumo. Doce, com gosto de quero mais.

Diante dessa suculenta musa, o nome já estava definido. Para elaborar nossa composição de sabores, convidamos a Chef Mônica Rangel, premiada em diversos festivais gastronômicos. Buscamos outro mestre das criações para desenhar nosso ambiente. O talentoso arquiteto Ton Kneip.

Para completar a equipe, nossos garçons e cozinheiros estão sendo treinados para oferecer um ótimo serviço. Digno de quem aprecia aromas, sabores, texturas, imagens e sons inspirados na poética e envolvente manga-rosa. Fonte de desejo, alimento, prazer."

Fabio Brunelli promete, em breve, revelar detalhes do cardápio. A inauguração será em junho.

Enviado por Lu Gastão.

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sexta-feira, 4 de maio de 2007

Assalto a banco e assassinato em Resende

Depois que a agência do Banco do Brasil localizada dentro da Academia Militar das Agulhas Negras foi assaltada na manhã de quarta-feira (dia 2/5), hoje um homem foi assassinado - por volta do meio-dia - na Rodoviária Augusto de Carvalho, no centro de Resende.

Portanto, em apenas dois dias, a estatística da violência em nossa outrora pacata cidade subiu vertiginosamente, um claro sintoma de que Resende caminha muito rápido para atingir o status de cidade grande. Tomara que, um dia, ela se transforme numa grande cidade.

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Papa pode pegar dengue em Aparecida

Da Folha Online

Faltam apenas quatro casos confirmados de dengue para Aparecida (167 km de SP e 100 km de Resende) viver uma epidemia. A cidade, que receberá o papa Bento 16 e espera mais de 500 mil visitantes na semana que vem, já tem 104 confirmações da doença neste ano.

Segundo o Ministério da Saúde, é classificado como epidemia quando há a partir de 300 casos de uma doença para cada 100 mil habitantes. Como Aparecida tem 36 mil moradores, chegaria a um índice epidêmico com 108 infectados.

Os quatros casos podem já ter ocorrido e ainda não terem sido notificados. Segundo a Vigilância Epidemiológica, as confirmações de dengue no município demoraram, porque os médicos não estavam acostumados com a doença.

O santuário conheceu a dengue em 2004, quando teve 11 casos autóctones (contraídos no município) e 11 importados. Em 2005 e 2006, a doença não fez vítimas, mas, no último mês, a média foi de 18 casos por semana. Para acabar com o problema, 200 policiais e 50 agentes de saúde fizeram o combate a criadouros.

Nesta semana, a Secretaria de Saúde do Estado mandou para lá a Tropa de Elite, 60 profissionais que fazem o combate casa a casa.

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Enquanto isso, nas piscinas da capital...


Mariana não consegue índice e está fora do Pan

Do
UOL Esporte

Considerada uma das musas da natação, Mariana Brochado está fora dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Nesta sexta-feira, disputando a final dos 400 m livre do Troféu Maria Lenk (ex-Troféu Brasil), a nadadora ficou apenas em quinto e não conseguiu ficar entre os dois melhores índices da prova para se classificar.

Os 400 m livre eram a prioridade de Mariana. Com o tempo de 4min18s63, ela fez apenas 4min20s02. "Eu fiz o meu melhor. Fica para a próxima. De repente, não era para eu ir. Eu acredito muito nisso. Estou com a consciência tranqüila e vou levar isso como motivação para continuar tentando. E isso é que é ser atleta com 'A' maiúsculo. Vou ficar na torcida pelo sucesso de todo mundo", afirmou a nadadora ao deixar os vestiários visivelmente abalada.



Thiago Pereira pode confirmar amanhã o seu índice

Do jornal Tribuna do Brasil

Depois da marca na final dos 200m peito, que garantiu vaga para os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos, o nadador brasileiro Thiago Pereira cravou, na tarde de ontem, o índice olímpico nos 400m medley.

O tempo dele nas eliminatórias da prova do Troféu Maria Lenk (ex-Troféu Brasil) foi de 4min11seg91, uma evolução de quase três segundos em relação ao recorde brasileiro e sul-americano do ano passado (4min14s67), dele próprio. A melhor marca mundial da prova é do norte-americano Michael Phelps com 4min06s22.

"Depois do primeiro recorde (nos 200m peito) achei que não conseguiria mais nada. Estou muito feliz porque saio daqui com três índices. Achei que só teria um, nos 200m medley", afirmou o atleta ao terminar a prova.

No sábado, Pereira terá de confirmar o tempo nos 200m medley nas piscinas do Parque Aquático Julio Delamare para garantir vaga ao Pan do Rio na prova. Para o nadador, ele apresenta a mesma boa forma de quando foi o destaque do Pan de 2003, em Santo Domingo. Porém, com quatro anos a mais de experiência.

No começo de 2006, Pereira foi para os EUA treinar. "As pessoas acham que um tempo lá (nos EUA) pode fazer milagre. Mas o que fez a diferença foi que treinei duro durante seis meses", afirmou.

Pitaco do RA: O grande Thiago é nosso vizinho ali de Volta Redonda, portanto, prata (quiçá ouro) da região Sul fluminense. Por isso, nos juntamos à Dona Rose (sua já famosa mãe) para gritar amanhã na frente da televisão: "vai Thiago, vai Thiago, vai Thiago!!!"

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Um casal atormentado



Vivendo os personagens conturbados de "Cicatrizes" - que estréia hoje no Teatro de Bolso de Resende - estão dois jovens artistas com fortes ligações com o teatro da região. Alexandre Varella é carioca, mas começou sua carreira teatral em Resende participando de algumas montagens antes de optar pelo Rio de Janeiro onde se profissionalizou. Lá participou de importantes trabalhos como "Da Arte de Subir em Telhados", "Um Bonde Chamado Desejo", "Dilacerado" e "Calúnia", onde trabalhou com nomes consagrados como Antônio Abujamra, Ivan Sugahara, Paulo de Moraes e Camila Amado, entre outros.

Já Nathália Dias Gomes tem se revelado uma das grandes promessas do teatro no sul do Estado. Natural de Barra Mansa, onde tem desenvolvido uma brilhante carreira nos palcos, Nathália participa pela segunda vez como convidada de um projeto do Grupo Boca de Cena de Resende. No final de 2006 dividiu o palco com Dudu Arbex no espetáculo "Te Amo Nesta Escuridão" e agora vive a densa personagem de "Cicatrizes". Atualmente a atriz integra também o elenco do espetáculo "Verifique: Very Fake" que integrará a Mostra Paralela do Festival de Teatro de Resende.

As apresentações em Resende acontecem de hoje até o dia 13 de maio, sempre de sexta a domingo. Após um intervalo de uma semana, quando acontece na cidade o Festival Nacional de Teatro, o espetáculo volta em cartaz de 1 a 10 de junho, sempre às 20h30.

O Teatro de Bolso de Resende fica na Rua Dr. Cunha Ferreira 104, logo abaixo do Museu de Arte Moderna. Os ingressos têm preço único de R$ 5,00 e podem ser adquiridos no local uma hora antes do início do espetáculo.

Release enviado por Lu Gastão.

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quinta-feira, 3 de maio de 2007

'Cicatrizes' estréia amanhã


Nathália Dias Gomes e Alexandre Varella

O Grupo Teatral Boca de Cena apresenta a partir de amanhã - 4 de maio - no Teatro de Bolso de Resende a peça "Cicatrizes", obra do escritor escocês Anthony Neilson nunca encenada anteriormente no Brasil. Neilson faz parte da nova geração de dramaturgos de língua inglesa que tem revolucionado o teatro europeu, e foi um dos grandes destaques do Festival de Edimburgo em 2002.

"Cicatrizes" conta a história de um jovem casal que discute a possibilidade de ter ou não um filho após a descoberta da gravidez da mulher. A aparente banalidade desta discussão é a chave encontrada pelo autor para desenvolver um drama contundente sobre o amor, as perdas e o tempo. Segundo Alexandre Varella, tradutor, diretor e ator do espetáculo, o texto confronta seus personagens e espectadores com a implacabilidade do tempo que não retorna.

"Embora o autor brinque com este fato, tentando manusear a estrutura temporal formal da peça, ele nos revela que a ordem do acontecimento/narrado é passível de subversão; mas a ordem do acontecimento/acontecido, com suas causas e efeitos, não é. Aí reside a tragédia", revela Varella.

Por causa de sua temática adulta e por vezes virulenta, "Cicatrizes" terá classificação etária para maiores de 18 anos. De acordo com a produtora Carla Biolchini, atual presidente do Boca de Cena, a temática forte e sexual da peça, onde os personagens buscam seus limites, fez com que o grupo optasse por um público com este limite de idade. "A peça exige uma platéia adulta e que possa compreender a trajetória de amor e loucura dos personagens”, diz Biolchini.

Carla acrescenta ainda que a peça recebeu o Selo de Qualidade do Conselho Municipal de Cultura, através da Lei de Incentivo 1.805, possibilitando desta forma a parceria com as empresas São Miguel e Plamer, responsáveis pelo patrocínio da peça.

"A Lei de Incentivo à Cultura de Resende é de importância fundamental para o fomento das artes no município. Com ela fica mais fácil realizar projetos culturais em conjunto com a iniciativa privada", opina a produtora.

Para a apresentação da peça "Cicatrizes" foi construída no Teatro de Bolso de Resende (Rua Dr. Cunha Ferreira 104, logo abaixo do Museu de Arte Moderna) uma arquibancada com capacidade para 50 espectadores por sessão. Os ingressos têm preço único de R$ 5,00 e podem ser adquiridos no local uma hora antes do início do espetáculo.

Release enviado por Lu Gastão.

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terça-feira, 1 de maio de 2007

Imagens de terça


Uma bela tarde de céu azul


E uma noite de lua cheia

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Resende abrigará bandidos da região

Nota da coluna "Coisas do Rio", de Fred Suter, no JB de domingo passado: "O presidente do TJ do Rio, desembargador Murta Ribeiro, e o governador Sérgio Cabral assinam esta semana convênio de cooperação para a construção da Casa de Custódia de Resende."

Pitaco do RA: Já se falou muito sobre esse caso aqui em Resende. Dos benefícios (existe algum?) e dos perigos de se ter um albergue de criminosos bem próximo da cidade (dizem que ficará em Bulhões). A imprensa, alguns vereadores e toda a população contra; o poder público a favor. Venceu a poderosa minoria.

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