O orgulho ferido do carioca Chico
Ser carioca sempre foi motivo de orgulho para Chico Buarque. "Agora não é mais", diz ele. Curiosamente, Chico acha que, por isso mesmo, é um bom momento para se afirmar como cidadão do Rio. Essas são as reflexões que faz em entrevista à Revista O Globo, ao lançar um disco de amor à cidade onde nasceu (além de um DVD com o making off das gravações). Sua visão do que se passa hoje no Rio é dura: "O Rio está ferrado, os políticos do Rio são os piores do país", diz ele, que propõe uma discussão polêmica: a descriminalização das drogas.
- É hora de se discutir esse assunto. Se as drogas são um flagelo, o tráfico é muito pior.
Pitaco do RA: Certíssimo, como sempre, o grande Chico. Se não houvesse a proibição da venda de drogas no país - em particular, no Rio de Janeiro - os índices de criminalidade (incluindo roubos, assaltos e assassinatos) baixariam drasticamente. Em contrapartida, aumentariam as mortes por overdose, mas essa é, convenhamos, a opção de cada um. Muito melhor algumas centenas de mortes anunciadas (e conscientes) por excesso de cocaína, crack ou ecstasy (cachaça e cigarro não contam porque são drogas liberadas), do que milhares de inocentes sacrificados na sangrenta guerra do tráfico.
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