Fontes de inspiração
Semana passada na New York Times Magazine:
Esta semana na Época:
Que também se inspirou nesta foto da Bette Midler feita por Annie Leibovitz, em 1979, para a capa da Rolling Stone:
Semana passada na New York Times Magazine:
Li agora no El Clarín que o grande Peter Gabriel vai se apresentar em Buenos Aires - no estádio do Velez - no dia 22 de março. No site do músico, ainda não há uma confirmação oficial (apenas três shows no México estão confirmados), mas uma nota diz que as datas na América do Sul serão divulgadas em breve.
Como quase tudo que chega à Argentina acaba chegando ao Brasil (e vice-versa), é bem provável que a nova turnê mundial de Peter Gabriel faça escalas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Vamos esperar.
Passeando pelo ótimo blog do Ricardo Lombardi, fiquei sabendo que a revista New Yorker publicou recentemente uma entrevista com Barack e Michele Obama feita em 1996 pela fotógrafa Mariana Cook, como parte de seu projeto de publicar um livro com fotos de casais americanos. Abaixo, um pouco do que eles falaram um do outro:
MICHELE: Existe uma forte possibilidade de que Barack siga uma carreira política, embora isso ainda não seja muito claro. Há uma certa tensão entre nós em relação a isso. Eu tenho muito medo da política. Eu o considero uma pessoa muito boa para esse tipo de brutalidade. Quando você se envolve com a política, sua vida passa a ser um livro aberto e muitas pessoas podem entrar nela sem boas intenções. Eu sou muito reservada e gosto de estar cercada de pessoas que amo e confio. Nesse sentido, Barack tem me ajudado a relaxar e me sentir mais confortável ao correr riscos, em não fazer as coisas sempre do modo tradicional. Esse é o jeito dele, ele cresceu assim. No casal, ele é o menos tradicional. Você pode ver isso nas fotografias: ele fica muito mais à vontade. Eu sou mais do tipo "bem, vamos esperar para ver."
OBAMA: Por toda a vida, eu tenho juntado as peças da minha família através de histórias, memórias, amigos ou idéias. Michele tem um passado muito diferente, muito mais estável, com pai, mãe, irmão e cachorro vivendo a vida toda numa mesma casa. Nós representamos duas espécies distintas de família neste país - uma que é muita sólida e estável e outra que quebra o conceito de família tradicional, cada um vivendo em um lugar diferente, viajando, separados uns dos outros. Eu fico imaginando como seria a minha vida hoje se eu tivesse tido uma família sólida, estável e segura.
Michele é uma pessoa extremamente forte e tem muita consciência de quem ela é e de onde veio. Mas eu posso ver em seus olhos um traço de vulnerabilidade que muitas pessoas não enxergam, porque quando ela anda pelo mundo, ela é alta, linda, confiante. No entanto, às vezes ela demonstra um certo medo, uma insegurança, e eu acho que foi justamente a combinação desses dois lados da sua personalidade que me atraiu.
Traduzido e editado pelo RA.
Do blog do José Saramago
Ser lembrado como um dos destaques da final de Copa do Mundo contra a Itália, em 1994, fazer inúmeros gols decisivos e tornar-se símbolo de uma geração de torcedores do Corinthians, a segunda maior do futebol brasileiro. Seria fácil para qualquer jogador, já com os seus 40 anos completos, se aposentar e curtir os louros de dedicação à vida esportiva ao lado da família e dos amigos, certo? Não se o atleta em questão for o folclórico atacante Viola, que se considera o mais novo "maluco beleza" do futebol do Rio de Janeiro.
Contratado para ser a estrela maior do Resende no Campeonato Carioca deste ano, o artilheiro assegura que ainda tem muito a dar para o futebol. Em um bate-papo muito descontraído com a equipe de reportagem do UOL Esporte, Viola fala sobre o passado, o presente, mas recusa-se a querer imaginar o seu futuro fora das quatro linhas. "Pode ser que de repente eu me torne um técnico. Só que acho que estou muito novinho para pensar sobre isso", diz rindo.
Com a mesma astúcia da época do seu auge de matador corintiano, Viola bem que tentou driblar os mais atentos. Ao ser questionado sobre o que motiva um jogador de 40 anos a continuar atuando em uma equipe de menor investimento, ele respondeu assim: "Pode parar. Eu tenho 38 anos, com carinha de 30 e corpinho de 25. Não sou gato. Eu ainda não cheguei na casa dos 40", afirma o centroavante, que se esquece que nos registros oficiais da Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) e da Fifa, já tem tempo que ele saiu dos 30.
Se depender de confiança, o Resende está mais do que pronto para aparecer como a grande surpresa do Campeonato Carioca. Dono de um estilo inconfundível, Viola aproveita a oportunidade para mandar um recado para as jovens promessas do futebol nacional e fala sobre o que mais gostaria de ver no esporte que o apaixonou à primeira vista nos campinhos de terra de São Paulo... "A arte e a irreverência deveriam prevalecer sempre. É por isso que jogadores como o Romário, o Túlio, o Bebeto, o Zico e entre outros não deveriam parar de jogar nunca", disse.
Pele.Net: O que faz um atleta vitorioso como você optar por continuar jogando em um clube de menor investimento?
Viola: Eu gosto de atuar, gosto muito de estar em campo, de treinar, de concentrar. Nunca fui de fazer corpo mole. Me amarro nessa rotina. O futebol é um vício que não te deixa escapar. Mas acima de tudo, e ao contrário do que muitos pensam, eu me sinto cada vez melhor para poder jogar. Estou com saúde, sempre me cuidei, não bebo e não fumo. Ou seja, a máquina está em pleno funcionamento (risos). Eu sou um jogador de 38 anos, com rostinho de 30 e corpinho de 25. Além do mais, eu me tornei um carioca. O Rio de Janeiro não quer me deixar ir embora, e eu não quero ir também.
Pele.Net: É complicado deixar o futebol?
Viola: Claro que é. A gente joga porque gosta, pois é a nossa vida. Passamos a maior parte do nosso tempo lidando com isso. Poucos são aqueles que pensam que um dia terão de parar, terão de arrumar alguma outra coisa para fazer no tempo livre. Mas um dia a aposentadoria chega para todo mundo. Mas posso dizer que ainda estou longe disso. Nada de me aparecerem com o papo de colocar a viola no saco.
Pele.Net: Você faz parte de um estilo diferente de atacante, daquele que promete gol, que promove os jogos, que faz o marketing. Isso está falta no futebol atual?
Viola: Olha, eu sou a favor de uma coisa no futebol. Para mim, jogadores como Romário, Edmundo, Bebeto, Túlio, Zico, Maradona, Garrincha, Pelé e entre muitos outros, jamais poderiam deixar de jogar. São símbolos como esses que fazem a alegria do esporte. Não sei dizer se o futebol de hoje em dia é mais chato, acho apenas que a molecada que está aparecendo tem pensado em diversas outras coisas. Você vê a maioria deles fazendo dois, três ou quatro jogos pelo profissional, mas logo em seguida são vendidos. Quando não saem cedo do Brasil querem comprar carrões de luxo e cordões de ouro. Assim não dá.
Pele.Net: Qual é o seu objetivo hoje em dia? Fazer um determinado número de gols?
Viola: Meu objetivo é o de apenas continuar jogando, e jogando bem. Tenho 999 gols na minha carreira. Escolhi o Resende para fazer o milésimo (risos). Agora sério, tenho cerca de uns 450 gols como profissional. Mas esse número é apenas como profissional, não conto campeonato de botão, de várzea, nada disso. Mas a minha meta maior é desempenhar um bom papel aqui no Resende. Acho que isso é mais importante neste momento.
Pele.Net: O papel do Resende no Campeonato Carioca vai ser o de mero coadjuvante?
Viola: Muita gente vai achar engraçado, mas o Resende vai entrar na competição para ser campeão. Eu digo isso sempre para os mais jovens daqui, pois eles têm de acreditar sempre. Eu acredito. Se fosse diferente, eu não estaria aqui realizando a pire-temporada desde o dia 3 de janeiro. Para mim, o Resende é como se fosse a seleção brasileira. A estrutura é sensacional, estamos treinando no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei e temos todas as condições de aprontarmos algumas surpresas. Nos últimos anos os exemplos dos clubes de menores investimentos estão aí para quem quiser ver.
Pele.Net: Você já pensa no que fazer quando decidir mesmo que vai deixar o futebol?
Viola: Acho que estarei mesmo do lado de fora dos gramados. A tendência natural de boa parcela dos jogadores que deixam de atuar profissionalmente é essa. Só me resta saber se serei um bom técnico. Quem sabe?
Pele.Net: E como você analisa a situação do Edmundo? Em um primeiro momento, ele disse que iria parar após o Campeonato Brasileiro de 2008. Depois voltou atrás em sua decisão
Viola: Cara, cada um pensa e decide aquilo que é o melhor para a sua vida pessoal. Foi como já disse: os ídolos jamais poderiam parar de jogar. No meu caso, eu pararia num boa se o momento fosse esse. Não vou me remoer por causa disso, mas acho que até mesmo as pessoas fazem uma certa pressão para que os atletas com mais de 30 anos se aposentem.
Pele.Net: Passava pela sua cabeça que o Vasco seria rebaixado?
Viola: Eu adoro o Vasco, tenho um carinho enorme pelas pessoas de lá, mas o clube está pagando pela administração ruim que teve por lá durante muito tempo. Um clube de futebol precisa muito ser organizado, mas ali isso não aconteceu. Torço muito para que o Roberto Dinamite consiga recolocar o Vasco em seu devido lugar, que é na elite do nosso futebol.
Pele.Net: Quantos por cento o Viola contribuiu para o futebol brasileiro?
Viola: Posso te dizer que 100% de serviços prestados. Não digo nem pelo título da Copa do Mundo de 94. Digo mais pelos gols, pelas partidas, e, principalmente, pelo fato de eu sempre ter sido uma pessoa muito correta na vida. Isso será sempre de fundamental importância para qualquer jogador. Muitas pessoas têm uma idéia errada do Viola, me chamam de maluco e tudo mais. Eu até sou maluco mesmo, mas um maluco beleza do Resende de agora em diante.
Pele.Net: O que você achou da contratação do Ronaldo pelo Corinthians? Ele traiu o Flamengo na sua opinião?
Viola: Achei sensacional. Quem não gostaria de contratar o Ronaldo? Aposto que ele vai fazer gols e muito sucesso em São Paulo, pois quem sabe jamais desaprende da noite para o dia. Ele só precisa mesmo entrar na melhor forma física para que possa ter uma seqüência de partidas. Sobre o Flamengo, apesar de não saber ao certo o que aconteceu, acho que o Ronaldo decidiu pelo melhor mesmo. Ele estava ali e nunca apresentaram nenhum projeto, nada. Vai fazer o que, ficar parado? De maneira alguma mesmo.
Pele.Net: Qual é a mensagem para aqueles que querem seguir no mundo do futebol?
Viola: Conselho? Rapaz, se eu for tentar dar um conselho em um garoto desse, além de ser xingado, ainda corro o risco de levar uns tapas. Você já viu o tamanho desses garotos nas divisões de base? (risos). Bom, eu acho que todos eles devem antes de mais nada respeitar os familiares sempre, isso sem contar com o fato de que todos devem ser o mais honesto possível.
Não é do melhor augúrio que o futuro presidente dos Estados Unidos venha repetindo uma e outra vez, sem lhe tremer a voz, que manterá com Israel a "relação especial" que liga os dois países, em particular o apoio incondicional que a Casa Branca tem dispensado à política repressiva (repressiva é dizer pouco) com que os governantes (e porque não também os governados?) israelitas não têm feito outra coisa senão martirizar por todos os modos e meios o povo palestino.
Se a Barack Obama não lhe repugna tomar o seu chá com verdugos e criminosos de guerra, bom proveito lhe faça, mas não conte com a aprovação da gente honesta. Outros presidentes colegas seus o fizeram antes sem precisarem de outra justificação que a tal "relação especial" com a qual se deu cobertura a quantas ignomínias foram tramadas pelos dois países contra os direitos nacionais dos palestinos.
Ao longo da campanha eleitoral Barack Obama, fosse por vivência pessoal ou por estratégia política, soube dar de si mesmo a imagem de um pai estremoso. Isso me leva a sugerir-lhe que conte esta noite uma história às suas filhas antes de adormecerem, a história de um barco que transportava quatro toneladas de medicamentos para acudir à terrível situação sanitária da população de Gaza e que esse barco, Dignidade era o seu nome, foi destruído por um ataque de forças navais israelitas sob o pretexto de que não tinha autorização para atracar nas suas costas (julgava eu, afinal ignorante, que as costas de Gaza eram palestinas…). E não se surpreenda se uma das suas filhas, ou as duas em coro, lhe disserem: "Não te canses, papá, já sabemos o que é uma relação especial, chama-se cumplicidade no crime".
Visto primeiro no Catarro Verde.