RA completa 13 anos no AR

sábado, 30 de maio de 2009

Com o paraíso na alma sertaneja


Vídeo do globo.com

De segunda a sexta, meu horário de voltar para casa costuma coincidir com o início da novela "Paraíso". Sim, eu sou noveleiro, mas só quando gosto muito da história, dos atores e, principalmente, do autor. E o Benedito Ruy Barbosa é um dos meus poucos favoritos, mesmo com algumas restrições, entre elas, o cansativo proselitismo político na boca de alguns personagens e a repetição de frases do tipo "já sofri muito nessa minha vida" usadas em todas as suas novelas.

No entanto, para quem nasceu e cresceu no interior do Brasil, é impossível resistir ao chamado das origens, que se manifesta no sotaque caipira, na paisagem rural e na música sertaneja. Benedito sabe como ninguém explorar esse tema, já que ele mesmo é um homem do interior (nasceu em Gália, pequena cidade paulista). Daí o sucesso das suas novelas, sempre autênticas e saborosas como galinhada de fogão a lenha ou cafezinho coado na hora.

Na atual versão de "Paraíso" a história se passa no interior de Mato Grosso, mas é como se estívessemos em Minas, Goiás ou São Paulo. Não só porque o Pantanal quase nunca aparece, mas pela trilha sonora recheada de modas de viola típicas do interior desses três estados brasileiros. E o melhor de tudo é que as músicas são cantadas "ao vivo" - durante as gravações - por gente que entende do riscado, como Victor e Leo, Bruno e Marrone, Chitãozinho e Chororó e o também ator Daniel. Todo dia tem show de viola, seja em volta de uma fogueira, numa mesa de bar ou no auditório da rádio da cidade.

E aí é que a porca torce o rabo, pois não tem nada mais bonito nessa vida (olha eu imitando o Benedito) do que o som de uma viola bem tocada, ali na hora, você vendo o violeiro ponteando cada acorde. Junte-se a isso a produção super caprichada da Globo - que faz o telespectador viajar no tempo e no espaço - e temos momentos de grande emoção, como uma cena de hoje em que todos os violeiros se juntaram para cantar a belíssima "Tocando em frente", de Renato Teixeira e Almir Satter.

Sobre as mesas do bar (coladas umas às outras), garrafas e copos meio cheios ou meio vazios de cerveja ou de cachaça esperando a pausa dos violeiros. Nada mais interior do que isso. Nada melhor do que isso.

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor para poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
E é preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua própria história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz...

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

E Resende continua como sempre - Parte 4




















Fotos feitas hoje entre 9:33 e 17:00

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Faustão já morreu e não sabe


Novamente a triste notícia (agora com prova fotográfica!)

Detalhe: "Nascido em 1950, Fausto Silva morre aos 69 anos". Ou seja, além de analfabetos, os boçais que inventam essas idiotices também não sabem fazer contas.

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mauá no Globo


Hoje, no suplemento Boa Viagem - de O Globo -, uma matéria de 10 páginas (fora a capa) sobre a nossa Visconde de Mauá. O tema é o Dia dos Namorados e, logicamente, o feriadão que o acompanha, motivo mais do que suficiente para subir a serra em busca de tranquilidade e romantismo.

Os repórteres Lauro Neto (texto) e Berg Silva (fotos) visitaram hotéis, pousadas, restaurantes, cachoeiras e lojas da vila mais charmosa do Sul Fluminense, destino turístico habitual de paulistas, mineiros e cariocas (entre outros).

Sem dúvida, uma das mais completas reportagens sobre Mauá publicadas nos últimos anos, com muitas fotos (excelentes) e informações detalhadas, tanto para o turista de primeira viagem, quanto para os frequentadores eventuais. Uma pequena parte da matéria pode ser vista no Globo Online.

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Música de quinta


Paul McCartney canta 'For no one'

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E Resende continua como sempre - Parte 3










Fotos feitas hoje entre 15:45 e 17:10

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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Papo entre Lula e Chávez vaza para jornalistas

Do Estadão Online

Uma barbeiragem da equipe de som que montou as instalações do encontro em Salvador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o líder venezuelano, Hugo Chávez, permitiu que parte da conversa reservada entre os dois fosse transmitida para o público externo.

Diante da dificuldade de se chegar a um acordo para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Lula prometeu ao colega venezuelano que, se conseguir eleger sua sucessora, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, todos os problemas serão superados e o projeto sairá do papel.

- Se eu conseguir eleger a Dilma, vou ser o presidente da Petrobras. E você, Gabrielli (José Sérgio Gabrielli, presidente da estatal), vai ser meu assessor, e o acordo será fechado - disse o presidente, em tom de brincadeira, sem saber que a ironia estava sendo ouvida por toda a imprensa, na sala ao lado, por meio do equipamento de tradução simultânea montado para a entrevista que seria concedida logo depois.

O vazamento da discussão entre os dois presidentes e Gabrielli permitiu que os jornalistas acompanhassem as dificuldades de negociação, no encontro reservado entre os três. Houve insistentes e inúmeras reclamações de Chávez, além de sua decepção com os novos entraves na discussão.

Quando os assessores dos dois presidentes descobriram que os jornalistas estavam ouvindo a reunião reservada, houve enorme alvoroço e preocupação. Representantes do governo brasileiro exigiram que a empresa que havia fornecido o equipamento tomasse os fones da imprensa. Eles mesmos auxiliaram na execução da tarefa.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Favela Maravilhosa

Adeus Copacabana, Ipanema, Corcovado, Pão de Açúcar, Maracanã. Mais e mais turistas estrangeiros estão agora interessados em conhecer outros pontos turísticos do Rio de Janeiro, lugares que de beleza natural ou arquitetônica têm muito pouco. Na verdade, são o oposto dos tradicionais - e exuberantes - cartões-postais da Cidade Maravilhosa, com nomes que remetem a cenas de violência já vistas - através do cinema e da televisão - nos quatro cantos do planeta. Sim, caros leitores do RA, o turista estrangeiro descobriu o discreto charme das favelas cariocas.


Reportagem da TV UOL

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Barreiras 'fecham pobres em guetos' no Rio


Como ficará a favela da Rocinha

Da BBC Brasil

Os muros em construção pelo governo ao redor das favelas nos morros do Rio de Janeiro estão dividindo ainda mais uma cidade já separada entre ricos e pobres, afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário britânico The Times.

O jornal observa que os críticos do projeto dizem que as barreiras de concreto, de até três metros de altura, transformarão as favelas em guetos, segregando os seus habitantes ao separá-los das áreas mais ricas.

A reportagem comenta que o governador do Rio, Sérgio Cabral, argumenta que seu projeto de cercar 13 favelas tem como objetivo evitar que sua expansão destrua a vegetação dos morros.

Mas o jornal diz que "em uma cidade rachada pela violência, pela desconfiança e pela desigualdade social, poucos acreditam nele".

Muro de Berlim

O Times cita o escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, que comparou os muros no Rio ao Muro de Berlim e às barreiras nos territórios palestinos, e contrasta suas declarações às do presidente da empresa de obras públicas do Rio, Ícaro Moreno Júnior.

Segundo Moreno Júnior, as áreas verdes dos morros cariocas podem desaparecer em dez anos se nada for feito. "Estamos protegendo a floresta. Não estamos dividindo as pessoas. É maluquice comparar isso ao Muro de Berlim ou à Faixa de Gaza", disse ele ao Times.

O jornal observa que, apesar das críticas, muitos moradores apoiam o projeto. Esse é o caso do morador do morro Dona Marta José Raimundo Brito, de 26 anos, para quem "as coisas melhoraram com o muro".

Segundo ele, outras obras públicas recentes na favela, como a instalação de uma base da polícia e de uma linha de bonde gratuito para a subida do morro, elevaram o valor da casa de sua irmã no último ano, de cerca de R$ 8 mil para cerca de R$ 15 mil.

Mas para Rubem César Fernandes, diretor da ONG Viva Rio, que se dedica à redução da violência nas favelas, os muros são "um símbolo agressivo das divisões mais profundas dentro da cidade".

"Um muro satisfaz a opinião pública. Simbolicamente é um controle. Mas é uma má solução para um problema real", disse ele ao jornal.

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Eles não desistem nunca


E eu me divirto com os erros de português que os denunciam

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E Resende continua como sempre - Parte 2
















Fotos feitas ontem (domingo) entre 17:00 e 17:21

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sábado, 23 de maio de 2009

Se eu fosse o prefeito de Resende

Vai dizer que você nunca pensou nisso? Ser o prefeito da sua cidade, o governador do seu Estado, o presidente da República, o síndico do seu prédio, o técnico do seu time? Todo mundo pensa nisso de vez em quando. Principalmente quando as coisas não vão bem. Aí é um tal de "se fosse eu, não aconteceria isso; se fosse comigo, faria assim e não assim", etc, etc. Pois muito bem: hoje eu acordei pensando no que eu faria se fosse o prefeito de Resende.

Em primeiro lugar, reservaria uma tarde ou uma manhã da semana (sábado à tarde ou domingo de manhã) para dar uma volta de carro pela cidade. Me concentraria, à cada saída, em uma região. Por exemplo: região central (Centro, Campos Elíseos, Bairro Comercial, etc), "Grande Manejo" (incluindo a Vila Julieta, Liberdade, Nova Liberdade, etc), Grande Alegria (com Itapuca, Jardim Primavera, etc) e por aí afora.

Nesses passeios a trabalho, eu fotografaria tudo o que encontrasse de errado pelo caminho, desde buracos nas ruas até pixações em prédios públicos, passando por lixo nas calçadas e placas de trânsito danificadas. Na busca de soluções rápidas, as manhãs de segunda-feira seriam dedicadas a discutir os problemas fotografados com os responsáveis por cada setor - secretário de obras, fiscal de ruas, etc.

Durante essas reuniões de segunda, eu-prefeito daria sempre ordens do tipo "Fulano, envie - hoje mesmo - uma equipe para tapar buracos nas ruas tais e tais" ou "Sicrano, encomende - agora mesmo - novas placas de sinalização para as esquinas tais e tais". Afinal, se técnico manda e desmanda no seu time, porque prefeito não pode fazer o mesmo com a sua equipe? "Ah, prefeito, mas os meus homens estão ocupados com outra tarefa..." Responderia: "Se vire, secretário! Até o final da semana quero este problema resolvido." Reunião encerrada.

A urgência e a determinação para resolver os pequenos problemas da cidade, serviriam também como estímulo para as grandes reformas, aquelas que os funcionários públicos cansam só de ouvir falar. Quando o básico está resolvido, fica mais fácil encarar os desafios, tenham eles o tamanho que tiverem. Como, por exemplo, mudar todo o trânsito do centro da cidade para acabar com os engarrafamentos.

Nesse ponto, considero o projeto do novo trânsito de Resende (que já mostrei aqui no RA) maravilhoso em todos os aspectos. Mas quando constatamos que em mais de 100 dias de governo quase nada foi feito para sanar antigos pequenos problemas da cidade, como lixo, buracos e sinalização, fica difícil imaginar que, algum dia, poderemos viver na Resende dos sonhos idealizada pelo atual secretário de obras Ton Kneip. Agora, mudo o título deste post para:

Se eu fosse Ton Kneip

Como secretário de obras, me dedicaria a uma rua de cada vez, começando pelas principais. A primeira seria a avenida Dorival Marcondes Godoy, única entrada e saída (enquanto não se resolve o eterno imbróglio do Acesso Oeste) de Resende. Trocaria todo o asfalto (trabalho bem feito, pessoal! - igual ao da Nova Dutra), os postes de iluminação (com fiação subterrânea), capricharia na sinalização, no canteiro central e nos meio-fios das calçadas.

Depois, seria a vez da avenida Nova Resende, em Campos Elíseos. Se a intenção é transformá-la numa pista única, sentido Centro (passando pela ponte Miguel Couto Filho), então vamos deixá-la pronta para receber o novo trânsito, com asfalto (que a coitada nunca viu) e iluminação de primeira qualidade.

A próxima rua a ser reformada seria a Gulhot Rodrigues - que, de acordo com o projeto da prefeitura, também vai mudar o sentido - e, assim, de rua em rua, eu faria a minha revolução no trânsito de Resende. Não iria passar meses (talvez anos) esperando a captação de uma verba milionária (que pode nem acontecer) para só depois iniciar a minha grande obra.

Acontece que o povo quer mesmo é ver a prefeitura trabalhando e não perdida em infindáveis reuniões que, na maioria das vezes, levam a lugar nenhum. Quer é ver as calçadas limpas, as ruas sem buracos, as faixas de pedestres pintadas em todos os cruzamentos, os guardas fiscalizando e desatando os nós do trânsito, desde a manhã até a noite.

É por essa e por outras - segurança, saúde, educação, saneamento, etc - que todo prefeito deveria dedicar-se à sua cidade 24 horas por dia, assim como os médicos, que não podem descuidar dos seus pacientes. Agora, quando o prefeito também é médico, quem recebe mais atenção, o paciente ou o cidadão? Abusando da rima, cartas para a redação.

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

E Resende continua como sempre

Sem cuidados, sem fiscalização, sem manutenção


































































Muitas dessas fotos foram feitas hoje, entre 15:00 e 18:00

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