terça-feira, 30 de junho de 2009
Acidente em alto-forno da CSN
Pó preto cobriu áreas próximas à usina
Do Portal G1
A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), que desde o início do ano faz parte do Instituto estadual do Ambiente (Inea), informou que uma equipe está na CSN para avaliar as causas do acidente. Segundo o Inea, o pó preto que cobriu a cidade é resultado da queima do carvão utilizado na produção do aço.
A direção da empresa emitiu o seguinte comunicado:
"A CSN informa que uma sobrepressão no topo do Alto-Forno 3, na Usina Presidente Vargas, provocou a abertura de bleeders (válvulas de alívio), na manhã de hoje, durante dois minutos e dezenove segundos."
Flip 2009 começa amanhã
Se você está planejando ir à Festa Literária Internacional de Parati, é bom dar uma passada antes no site de apoio ao evento.
Lá estão todas as dicas de como chegar à cidade, a localização das tendas (imprima o mapa), a programação completa para os cinco dias, as opções de hospedagem e, principalmente, como se comportar durante a festa.
Para quem não puder ir, as mesas de debate serão transmitidas ao vivo pelo site oficial do evento. Basta entrar aqui nos horários programados. Boa viagem (real ou virtual)!
O legado do terrorista Bush
100.867 civis iraquianos mortos entre junho de 2003 de junho de 2009.
4.313 soldados americanos mortos no Iraque desde 2003.
1.844 policiais e soldados iraquianos mortos entre julho de 2007 e julho de 2009.
Inúmeros monumentos, museus, bibliotecas, palácios e objetos de inestimável valor histórico destruídos pelos bombardeios americanos.
Tudo isso sem um único motivo, sem nenhuma real justificativa, e com o apoio de países importantes, como a Inglaterra, a Espanha e o Japão.
Enquanto Saddam Hussein e seus filhos foram caçados e executados (Saddam ainda foi a "julgamento" antes de ser enforcado), George W. Bush, o invasor terrorista, curte as delícias da aposentadoria no seu rancho texano, sem o mínimo arrependimento das atrocidades cometidas contra o povo iraquiano e certo da sua impunidade, agora e para todo o sempre.
Números publicados no UOL Notícias.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
C&A fechas suas lojas na Argentina
Do El Clarín
A rede de lojas C&A - de origem holandesa - encerrou suas atividades na Argentina. O anúncio (abaixo) foi publicado em seu site nesta segunda-feira. Os 1.100 funcionários receberam a notícia em uma reunião, onde ficou acertado que todos serão indenizados pela empresa. O motivo alegado para o fechamento das lojas, depois de 12 anos no país, foi "um resultado abaixo do esperado".
Tradução e edição do RA.
domingo, 28 de junho de 2009
Canudo e competência
"Você tem que escrever sobre esta barbaridade!" – disse o amigo do meu amigo. – "Acabar com a exigência de diploma para os jornalistas... a que ponto chegamos! Agora qualquer um pode ir para a redação e se dizer jornalista. Como é que vai ficar isso?"
Gostei da sugestão; mas minha opinião deixou-o desconcertado. É que sempre fui contra – radicalmente contra – a exigência de diploma de curso superior para o exercício da nossa profissão.
"Então você acha que ninguém precisa estudar para ser jornalista?"
Pelo contrário! Ainda que não entenda o que diplomas têm a ver com estudo, acho que jornalistas precisam estudar muito, e sempre. E acho bom que esqueçam este verbo, "estudar", em geral ligado a algo que se faz por obrigação. Jornalistas de verdade lêem e se informam contínuamente: por hábito, por segunda natureza, por uma curiosidade intelectual incontrolável que os leva a se interessarem por tudo, ou quase tudo. Diploma não leva ninguém a fazer isso, a ser assim.
O problema é que o Brasil cultiva a noção de que o diploma de curso superior é sinônimo de conhecimento. Como o nosso ensino básico é péssimo, e dificilmente se aprende alguma coisa na escola, sobra a ilusão de que a passagem por uma universidade nos tornaria automaticamente cultos e educados - e tão superiores aos demais, que passaríamos a ser até merecedores de prisão especial.
É por isso que algumas pessoas insistem em ver, no fim da exigência do diploma, uma espécie de "rebaixamento" da profissão. Elas acham que, se o diploma de jornalismo deixou de ser obrigatório, nenhum diploma (leia-se conhecimento) será necessário. Não pode haver equívoco maior.
A única coisa que o diploma de jornalismo garantiu, até aqui, foi uma reserva de mercado injusta e pouco democrática. As redações vão ficar mais ricas e diversificadas com o fim dessa burocracia anacrônica, que pressupõe que apenas quem fez comunicação está apto a lidar com a informação.
Acontece que o jornalismo é importante demais para ficar restrito a um grupo homogêneo de pessoas, sem a mínima brecha para variações.
Paradoxalmente, o fim da exigência do diploma deve melhorar muito a qualidade dos cursos de comunicação. Como eles não são mais obrigatórios, precisarão ser suficientemente ágeis e inteligentes para conquistarem os alunos e as empresas de comunicação. Que continuarão, é claro, a recrutar a maior parte dos seus quadros entre os formandos.
Nos últimos dias, tenho visto muita gente lamentando o tempo que perdeu na faculdade para conseguir o diploma; mas qualquer curso que alguém lamenta ter feito não precisava, nem merecia, ter sido feito. E me lembro de Mark Twain, que dizia que nunca deixou sua escolaridade interferir com sua educação.
Outra coisa que ouvi e que encontrei aos montes na internet foi a declaração estapafúrdia de que os cursos de jornalismo seriam imprescindíveis por "ensinar ética". Como assim, "ensinar ética"?! Ética vem de casa, da vida inteira; não há curso que possa suprir essa lacuna. Meu conselho para quem acredita nisso é esquecer o jornalismo e entrar para a política.
Ser jornalista, enfim, não vai ficar mais fácil. Vai ficar cada vez mais difícil. O que vai ficar mais fácil é se dizer jornalista, mas não vejo em que isso possa diminuir qualquer um de nós. Ser escritor, por exemplo, é para poucos, embora uma quantidade infinita de pessoas bem intencionadas se atribua o ofício. Ter diploma de escritor não mudaria em nada a sua falta de talento. Ou de leitores.
sábado, 27 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Mais um argentino acusado de racismo
Em recente entrevista ao blog, Grafite mostrou a hipocrisa da situação no Brasil:
"Resolvi não levar adiante porque não daria nada. O argentino Desábato falou umas bobagens. Me chamou de macaco. Mas isso é comum nos campos de futebol. Houve um carnaval todo por causa dos dirigentes do São Paulo e do delegado. Eles queriam que eu desse queixa contra ele. Eu até não queria porque sabia que não iria dar em nada. Por isso não dei sequência. Tudo foi uma grande bobagem, um exagero."
E a confusão voltou a acontecer ontem em Minas Gerais. Também envolvendo um argentino e um brasileiro. Também Libertadores da América. A diferença é que com Grafite, era um clube brasileiro, o São Paulo, contra um argentino, o Quilmes. No Mineirão, ontem jogaram Cruzeiro e Grêmio.
Elicarlos acusou Máxi Lopez de tê-lo chamado de macaco. Os dirigentes cruzeirenses e a Polícia Militar de Belo Horizonte resolveram deter o argentino por racismo. Tentando defender seu jogador, o técnico Paulo Autuori se revoltou. Chegou a receber ordem de prisão. Revogada em seguida. A confusão varou a madrugada. Os envolvidos prestaram depoimento. Foi instaurado o inquérito com a acusação de racismo.
O clima ficou terrível para a partida decisiva, quinta-feira, em Porto Alegre. O Grêmio terá de ir além do que vencer por dois gols de diferença. Precisará mostrar que é considerado o clube mais "argentino" do Brasil por causa da sua garra em campo. Sua perseverança... Sua força nas divididas... E não por ter jogadores acostumados a chamarem negros de macacos.
Ainda não está provada a acusação de Elicarlos. Mas, infelizmente, essa ofensa é muito comum em jogos entre brasileiros e argentinos.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Hoje eu não tô legal
Se eu estivesse bom hoje, iria falar de um ótimo artigo do grande Ivan Lessa publicado na BBC Brasil. É sobre o verão que chega a Londres, e só para convencer o leitor a clicar aqui para também ler o artigo, eu reproduziria este parágrafo:
"Da minha sala, no fim do dia, a que dá para os jardins comunais, vem o cheiro insuportável de churrasco dos vizinhos enquanto, depois de tirar o celofane, como meu sanduíche de queijo e presunto, que comprei no indiano da esquina. O verão nos torna impacientes e mal-humorados."
Ou então, avisaria aos cinéfilos de plantão que o YouTube agora tem um canal só para trailers, dividido em quatro seções: populares, mais recente, nos cinemas e próximos lançamentos. Vi a prévia de Woodstock, história do eterno festival de 1969, mas não gostei muito (também do jeito que estou hoje...). Mas, enfim, também colocaria aqui o link do novo canal do YouTube para quem quisesse conferir.
Finalmente, caso estivesse bom hoje, eu poderia muito bem falar de uma entrevista com Francis Ford Coppola publicada na Folha Online, onde ele diz que não se importa se os seus filmes são um êxito ou um fracasso ("quem investe o dinheiro sou eu, o que me importa é aprender"). Também publicaria este parágrafo como amostra da entrevista:
"Quando faço um filme, sempre tenho meus sentimentos feridos, pois normalmente são grandes fracassos, o único que não foi considerado um fracasso imediato foi 'O Poderoso Chefão', mas inclusive esse filme também sofreu com críticas negativas."
Mas, como vocês já repararam, eu realmente não estou bem. Por isso, hoje não vou publicar nada do que havia planejado. Amanhã, com certeza, será um novo dia.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Um diploma que não faz falta
É tanto assunto esta semana... Começo com o (fim do) diploma de jornalismo, profissão agora equiparada no STF à de cozinheiro. Nada contra cozinheiros e cozinheiras, e tudo contra o diploma, que já foi tarde. Sim, eu tenho um diploma da UnB. Mas ele não me faz falta.
Eu aprendi sobre jornalismo, técnicas de redação, edição, apresentação, televisão e disciplina profissional dentro da TV Globo de Brasília. Entrei lá sem ter cursado um semestre letivo de um curso superior. O que me colocou lá dentro foi o embasamento conseguido antes - primário, ginásio, científico. Foi o prazer de ler, a vontade de escrever, a curiosidade natural que sempre demonstrei a respeito de tudo.
O que eu queria mesmo era ser engenheiro, para montar meus carros de corrida sozinho (e, pensando em retrospecto, construir uma biografia menos inglória do que a de Rubinho Barrichinho Pé-de-Chinello). Não deu. Os números sempre me atrapalharam. Eu lidava melhor com as letras. Reconheço: venceu a "Lei do Menor Esforço."
O diploma de jornalista, aliás, sempre me pareceu apenas um complemento para quem, numa outra profissão de nível superior, quisesse compartilhar seus conhecimentos com o público - e, para isso, pudesse recorrer a técnicas específicas que facilitassem sua comunicação com a platéia.
Na ditadura, no entanto, a sede de controle era grande, daí a exigência do diploma, do registro profissional, de todo um esquema cartorialista lusitano que teima em não nos abandonar.
Sobre o autor: Âncora, repórter e editor. Trabalhou na Rede Globo, Radiobrás, Voz da América, Rede Manchete, Rádio JB e CBS Brasil. Foi correspondente na Casa Branca durante vários anos. Vive e trabalha atualmente em Brasília.
domingo, 21 de junho de 2009
Blog do Saramago vira livro
O escritor português de 86 anos estreou o seu blog em setembro do ano passado com o texto "Palavras para uma cidade", uma carta de amor a Lisboa. Depois, vieram uma centena de opiniões, relatos bem-humorados ou cáusticos sobre a atual política internacional, onde não faltam - além do desafeto Berlusconi - os presidentes Barack Obama e Nicolas Sarkozy.
No blog da Fundação José Saramago, Pilar del Río, esposa do escritor, declara:
"O Caderno não é um livro de crônicas jornalísticas, é um livro de vida. Nele, Saramago conta, a cada dia, o que o motiva, o que o indigna ou o que lhe apetece. Comenta o minuto, mas também recupera uma declaração de amor a Lisboa. Fala dos seus autores preferidos, define com humor as calças sempre impecavelmente vincadas de Carlos Fuentes, mas também o universo turbulento dos turcos de Jorge Amado descobrindo a América.
Fala de Obama, sim, mas também de Bush, e do Papa, e de Garzón, e de Pessoa, e de Sigifredo López e de Rosa Parks. De tantos lutadores pacíficos que conseguiram mudar o mundo ou o estão tentando, embora haja quem prepare receitas para matar um homem ou para condená-lo à fome, à miséria, a um estado em que o ser humano acaba por desaparecer.
E Saramago emociona-se com gente, com amigos, com pormenores… São seis meses de vida em que o escritor conta com pinceladas que bem poderiam ser versos, faz reflexões na companhia de quem o lê, propõe e não se cansa. Seis meses de cartas inteligentes para leitores inteligentes, sem artifícios e com tudo o que tem para dizer."
Da nova série 'Reflexões do Lula'
Visto no Blog do Noblat.
sábado, 20 de junho de 2009
Dessa vez, Veja acertou o alvo
À sombra da Constituição
Da Veja Online
Há meio século, quando o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira inaugurou Brasília, um coro de descontentes fez-se ouvir. Nada contra a arquitetura de gosto duvidoso da nova capital federal.
O que se temia era a possibilidade de que, uma vez isolados no interior do país, longe da vigilância próxima e permanente dos cidadãos de uma metrópole como o Rio de Janeiro, antiga sede do governo, os políticos perdessem de uma vez a compostura e passassem a comportar-se como senhores feudais, acima das leis. Infelizmente, os descontentes revelaram-se proféticos.
Brasília tornou-se uma ilha da fantasia para deputados e senadores, que usam seus cargos de representantes do povo para locupletar-se e obter vantagens para seus apaniguados. O corolário evidente é que a capital se transformou numa imagem de pesadelo para os que pagam a conta: nós, os milhões de contribuintes; nós, as dezenas de milhões de pessoas comuns.
É tal o resumo da ópera brasiliense – eles, os poderosos, os "incomuns", se lixam cada vez mais para a opinião pública, para os bons modos, para a Constituição. Minam, assim, a crença na democracia e os alicerces de uma nação que almeja a civilização.
'Sarney não é uma pessoa comum'
Há cinco meses o Congresso Nacional enfrenta uma infindável onda de escândalos. Ela envolve parlamentares e altos funcionários com mordomias, nepotismo e suspeitas de corrupção.
Aos 79 anos de idade, 54 de política, Sarney, o mais longevo e experiente dos políticos brasileiros, é apontado como mentor e beneficiário da máquina clandestina que operava a burocracia do Senado. Inerte diante das denúncias, o senador tentou defender-se no plenário, com argumentos tão frágeis quanto os azulejos portugueses de São Luís. Do Cazaquistão, onde se encontrava em visita oficial, Lula atirou-lhe a boia.
"O senador tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum", disse o presidente. E continuou: "Não sei a quem interessa enfraquecer o Poder Legislativo no Brasil. Quando o Congresso foi desmoralizado e fechado, foi muito pior para a democracia". Não satisfeito, acrescentou: "Eu sempre fico preocupado quando começa no Brasil esse processo de denúncias, porque ele não tem fim e depois não acontece nada".
Ao afirmar que Sarney merece um tratamento diferenciado, o presidente atropelou o preceito constitucional expresso no artigo 5º, que estabelece a igualdade de todos perante a lei. "Lula foi absolutamente infeliz. Reforçou a ideia de que um é melhor do que o outro. Restabeleceu a lógica do ‘você sabe com quem está falando?’. Bateu de frente na Constituição e no princípio basilar da democracia", resume o historiador Marco Antonio Villa.
Para ler a matéria completa, entre aqui.
Paul McCartney vem aí
Lauro Jardim, na Veja Online
O empresário Luiz Oscar Niemeyer praticamente fechou a vinda de Paul McCartney ao Brasil em 2010. Serão apenas dois shows, ambos em abril. Um em São Paulo e outro em Brasília, comemorando os 50 anos da cidade. A nova rodada de shows de McCartney passará por cerca de 100 cidades, deve durar dois anos e provavelmente será a última megaturnê de sua carreira.
Pitaco do RA: Em abril de 2010 será também a comemoração de 20 anos das históricas apresentações de Paul no Maracanã, uma no dia 19 e outra no dia 21 de abril de 1990, quando foi batido o recorde de público em shows do ex-Beatle, 184 mil pessoas, eu entre elas.
Servidora do gabinete de Serys mora nos EUA
O gabinete da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) abriga uma funcionária que mora há quase dois anos a muitas milhas de distância do Brasil - mais precisamente em Bethesda, cidade satélite de Washington.
Solange Amorelli foi admitida como servidora do Senado em 1988. Casou-se mais tarde com um diretor do Banco Mundial e se mudou para os Estados Unidos.
Ganha salário em torno de R$ 12 mil. Ela continuou a recebê-lo mesmo sem comparecer ao seu local de trabalho - fora o pagamento de horas extras a que têm direito os demais servidores do gabinete.
Ela não foi autorizada pelo Senado a morar no exterior. Quando senadores visitam Washington, ela costuma ciceroneá-los a pedido de Serys.
A cada três ou quatro meses, Solange visita o Brasil e passa alguns dias em Brasília.
Senado paga o mordomo de Roseana Sarney
Do Blog do Josias
Deve-se aos repórteres Rosa Costa e Rodrigo Rangel a descoberta do penúltimo grão de sujeira escondido sob o tapete metafórico do Senado. A dupla informa que o contracheque do mordomo da casa que Roseana Sarney mantém em Brasília é pago pelo Senado.
Espécie de faz-tudo da filha do presidente do Senado, o mordomo ganha algo como R$ 12 mil por mês. Chama-se Amaury de Jesus Machado. Atende pelo sugestivo apelido de "Secreta". Nos últimos dez dias, esteve ao lado de Roseana em São Paulo.
A primogênita de Sarney deixou o Senado em abril. Renunciou para assumir o governo do Maranhão, que ganhou no tapetão do TSE.
Embora devinculada do Senado, Roseana continuou servindo-se dos bons préstimos do mordomo "Secreta". Ouvida, a governadora maranhense declarou: "Ele é meu afilhado. Fui eu que o trouxe do Maranhão... Ele vai à casa quando preciso, uma duas ou três vezes por semana. É motorista noturno e é do Senado. E lá até ganha bem".
De fato, o "Secreta" não ganha mal. O diabo é que o dinheiro que pinga na conta dele sai do bolso do contribuinte.
O mordomo de Roseana tem um longo histórico de serviços prestados aos Sarney. Ganhou emprego no Senado nos anos 90. Antes, trabalhou no Palácio da Alvorada, durante o mandarinato de Sarney. Foi requisitado para o gabinete de Roseana em 2003, quando ela virou senadora.
Deve-se a assinatura do ato que oficalizou o deslocamento ao ex-diretor-geral Agaciel Maia. Além da remoção, "Secreta" ganhou gratificação. O empresário maranhense Mauro Fecury, suplente de Roseana e velho amigo de Sarney, manteve "Secreta", o pseudoassessor, em seu gabinete.
Sarney faz um enorme esforço para domar a crise. A cada nova revelação, porém, vai ganhando a aparência de um jóquei cego montando a mula-sem-cabeça.
No Senado dos dias que correm, o velho e doce hábito do empreguismo desfaz o monge.
O traz-parente José Sarney
Difícil haver senador mais traz-parente do que Sarney.
Trouxe Amauri - o "Secreta" - para a folha do Senado.
Trouxe a sobrinha Vera Portela Macieira Borges para o gabinete do colega Delcídio Amaral (PT-MS). No último dia 16, pediu a Delcídio a devolução da sobrinha.
(Já devolveu, Delcídio?)
Trouxe há seis anos a cunhada Shirley Duarte Pinto de Araújo. Ela saiu do gabinete de Roseana em 8 de abril passado.
Sarney lava as mãos quanto aos outros parentes próximos ou distantes que acabaram como servidores do Senado - um neto, uma nora, outra sobrinha e uma prima de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney.
Trouxeram por ele.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
SIP elogia fim de obrigatoriedade do diploma
Do Portal G1
"Na última quarta-feira (17), o STF aboliu uma decisão de 1969 que exigia dos jornalistas a posse de uma formação universitária em jornalismo, obrigando-os a pertencer a uma associação ou colégio profissional para poder desempenhar o ofício", informou a SIP em comunicado.
"Liderados pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, os juízes consideraram, por oito votos a um, a imposição como inconstitucional e uma ingerência direta na liberdade de expressão", diz a organização, sediada em Miami.
O presidente da SIP, Enrique Santos Calderón, do jornal colombiano El Tiempo, expressou "a mais profunda satisfação por este velho anseio a favor de um jornalismo plural e diverso, que não pode discriminar ninguém por sua condição a exercer a liberdade de expressão e de imprensa, um direito humano fundamental de cada ser humano".
Já Robert Rivard, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, do jornal americano San Antonio Express News, acrescentou que a organização trabalha por um jornalismo cada vez mais profissional e responsável.
"Não estamos contra um título universitário nem de uma entidade profissional, pelo contrário, mas consideramos que esses requisitos não podem ser obrigatórios", manifestou.
"Alguns requisitos obrigatórios contra os jornalistas ainda existem em outros países da América Latina, como Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Haiti, Honduras, Nicarágua e Venezuela", diz a SIP em seu comunicado.
Tudo pode dar certo
Do UOL Cinema
Antes de começar a rodar seu novo filme em Londres, com o ator Antonio Banderas, Woody Allen retorna à sua cidade natal, Nova York, para apresentar ao público "Tudo Pode Dar Certo" (Whatever Works), que estreia hoje nos Estados Unidos.
O mais nova-iorquino dos cineastas retorna às suas origens com esta cínica comédia protagonizada por Larry David (co-criador da série "Seinfeld" e protagonista de "Curb Your Enthusiasm"), depois de ter gravado na Europa suas últimas produções: "Match Point" (2005), "Scoop - O Grande Furo" (2006), "O sonho de Cassandra" (2007) e "Vicky Cristina Barcelona" (2008).
Larry David encarna o alter ego do diretor. Seu personagem é Boris Yellnikoff, um milionário que troca o luxo por uma vida boêmia e acaba conhecendo uma jovem sulista (interpretada por Evan Rachel Wood) com quem inicia um romance mais que particular, apesar dos impedimentos impostos pelos pais dela (interpretados por Ed Begley e Patricia Clarkson).
O roteiro do filme, escrito por Allen, data dos anos 70, quando tinha pensado em oferecer o papel protagonista a Zero Mostel, ideia descartada devido à morte do ator em 1977. O projeto foi adiado até que surgisse outro ator com o mesmo perfil de Mostel. No final de 2008, o cineasta se convenceu de que Larry David - com quem já havia trabalhado em "A Era do Rádio" (1987) e "Contos de Nova York" (1989) - era o homem certo para o filme.
"Larry me disse que eu estava cometendo um erro ao contratá-lo, por seus poucos filmes e porque era terrível", disse Allen, de 73 anos. "Mas ele foi maravilhoso e natural desde a primeira tomada", acrescentou.
O personagem de David, que tem constantes ataques de pânico, se considera um gênio. E esteve mesmo perto de ganhar o Prêmio Nobel de Física Quântica. Tem um alto conceito sobre si mesmo e uma opinião negativa sobre a raça humana.
"Eu escrevi o roteiro, portanto, essa é a maneira que eu vejo as coisas", admitiu Allen. "Mas Boris é um personagem que criei. Não me identifico exatamente com ele, é um extremo exagero dos meus sentimentos", esclareceu.
Muitos fãs encontrarão semelhanças do personagem com a maneira de ser do próprio diretor. Mas Larry David afirmou que nunca quis interpretar Boris como uma simples imitação de Allen.
"Sei que é um papel que normalmente ele faria, mas nunca tentei parecer com ele, nem ele queria que eu fizesse assim, portanto não houve nenhum problema", comentou David.
"Eu não seria tão engraçado se ficasse insultando as pessoas e proclamando minha genialidade aos quatro ventos, mas há certos indivíduos com carisma suficiente para fazer isso e Larry David é um deles", afirmou Allen.
A interpretação de David, de 61 anos, gerou comentários muito positivos da imprensa especializada, o que costuma ser normal nos filmes de Allen. O último exemplo é o Oscar recebido por Penélope Cruz, pelo seu papel em "Vicky Cristina Barcelona".
"Eles ganham prêmios porque são bons", afirmou o diretor. "Minha contribuição é dar o papel a eles para que possam abrir suas asas e mostrar como são os personagens", disse Allen.
Em julho, de volta a Londres, o diretor começará a gravação de sua nova obra, ainda sem título oficial, que terá no elenco - além de Antonio Banderas - nomes como Anthony Hopkins, Freida Pinto (de "Quem Quer Ser um Milionário?"), Naomi Watts ("21 Gramas") e Josh Brolin ("Milk - A Voz da Igualdade").
"O filme será rodado em Londres por uma questão financeira. É muito caro fazer filmes em Nova York. E eu trabalho com muito pouco orçamento", concluiu o incansável diretor.
Para visitar o site oficial de "Whatever Works", clique aqui.
Matéria editada pelo RA.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Liberdade ainda que tardia
Michelin anuncia plano de demissão voluntária
A fabricante de pneus Michelin anunciou hoje na França um plano de demissão voluntária que deverá reduzir, em três anos, 1.800 empregos na companhia.
Segundo a empresa, o plano prevê uma reorganização nas fábricas de Tours, Montceau-Les-Mines e Noyelles-Les-Seclin. A empresa deverá fechar 1.093 postos de trabalhos este ano.
A intenção da companhia é promover mudanças para aumentar a competitividade. Ainda de acordo com a Michelin, quase 495 empregados serão aposentados e outros 598 vão ser recolocados em outros postos de trabalho.
A empresa pretende ainda investir 100 milhões de euros no seu centro de pesquisa de Clemont-Ferrant para desenvolver novos produtos e serviços. A produção de pneus na França caiu 25% no primeiro trimestre.
A rival da Michelin, Continental, já anunciou o fechamento de fábricas na França e na Alemanha, afetando centenas de trabalhadores.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Resende está sem telefone
Curiosamente, a conexão com a internet não foi afetada, senão não estaria, neste momento, reportando o fato a vocês, leitores do RA. Agora, que tudo isso é muito estranho, ah isso é. Aguardemos, pois.
Alunos da rede municipal de Piraí terão laptops
Matéria do IDG Now! (editada pelo RA)
A partir do segundo semestre de 2009, a maioria dos 6,2 mil alunos dos 21 colégios municipais da cidade fluminense de Piraí receberão os laptops Classmate PC, da fabricante brasileira Positivo.
Acabam de ser comprados 5,5 mil laptops que se somarão a outros 700 que já fazem parte da rede de ensino, herdados do teste realizado pelo projeto UCA (Um Computador por Aluno) em colégios municipais.
A aquisição dos PCs portáteis faz parte do Piraí Digital, projeto iniciado em 2005, que cobriu os 550 metros quadrados do município com banda larga sem fio. A prefeitura afirma que a cidade será a primeira no mundo a entregar laptops a todos os seus alunos do ensino público municipal.
O projeto consumiu investimento de 5,28 milhões de reais, com 4 milhões de reais fornecidos pelo Governo Federal e 1,28 milhão de reais de verbas da prefeitura de Piraí. Segundo a Intel, parceira do projeto, cada Classmate PC foi vendido por 700 reais.
Os modelos entregues são a versão 2.0 do laptop educacional da Intel, com chip Atom N270 de 1,6 GHz, 256 MB de memória, 8 GB de armazenamento, webcam embutida e tela de cristal líquido de 8,9 polegadas. Todos eles são equipados com softwares de código aberto, como o sistema operacional Linux.
Pitaco do RA: Finalmente, uma boa notícia em relação ao Estado do Rio de Janeiro. Mas não podemos esquecer que o projeto UCA foi lançado pelo governo federal em junho de 2005 (o RA tinha apenas um mês de vida) prometendo laptops a U$ 100. De lá para cá - tal e qual o PAC -, pouca coisa saiu do papel, exceção honrosa feita a Piraí, que vem realizando um vitorioso e premiado trabalho de inclusão digital nas escolas municipais. Que sirva de exemplo para Resende e muitas outras cidades fluminenses.
Endosulfan poderá ser proibido no estado
Em sua justificativa, o governador Sérgio Cabral cita o acidente, causado pelo vazamento de oito mil litros do pesticida proveniente da empresa Servatis, no município de Resende. E, também, a proibição de seu uso em vários países.
- O endosulfan é um composto organoclorado sintético, altamente tóxico para vários tipos de organismos, em especial para os peixes, e utilizado como inseticida na agricultura. Mais de 50 países, incluindo os da Comunidade Européia, da África, da Ásia, da América do Norte e Latina, restringiram ou baniram sua produção e seu uso - afirma Cabral.
Enviado pela Comunicação Social da Alerj.
Americanos são mais educados do que europeus
2. Os europeus costumam acreditar que as boas escolas americanas são particulares e servem apenas à elite. Mas a educação americana é menos privatizada do que a da maioria dos sistemas europeus. A educação pública foi um dos primeiros programas sociais a receber financiamento público massivo nos EUA. E os americanos, descobriu-se, leem. Para os padrões europeus, a porcentagem de americanos analfabetos é mediana. Há mais jornais per capita nos EUA do que em qualquer lugar da Europa, fora a Escandinávia, Suíça e Luxemburgo.
3. A longa tradição de bibliotecas públicas com bom financiamento nos EUA significa que o leitor médio americano tem uma oferta de livros melhor do que seus colegas da Alemanha, Inglaterra, França, Holanda, Áustria e os países do Mediterrâneo. O americano médio usou mais livros de biblioteca do que seus colegas na Alemanha, Áustria, Noruega, Irlanda, Luxemburgo, França e por todo o Mediterrâneo. Os americanos compram mais livros per capita do que qualquer europeu. E eles também escrevem mais livros per capita do que as nações europeias.
Escrito por Peter Baldwin, professor da Universidade da Califórnia.
Enviado pelo Ex-Blog do Cesar Maia.
Enquanto isso, no Estado do Rio...
Brasil: 50,9%. Estado do Rio: 44,5%. Norte: 45,2% Nordeste: 44,6%. Sul: 46,9%. S.Paulo: 68,6%. Espírito Santo: 56,3%. Minas Gerais: 55,9%.
Enviado pelo Ex-Blog do Cesar Maia.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Da série 'O Rio continua como sempre'
Pelo menos onze pessoas foram vítimas de um arrastão na Linha Vermelha, uma das principais vias de ligação da zona norte da capital fluminense com o centro da cidade. Durante 40 minutos, seis homens armados dominaram motoristas que trafegavam pelo local, roubando dois carros, uma moto e os pertences de cerca de 11 pessoas.
O ação ocorreu nas proximidades do bairro de São Cristóvão ontem (domingo) no final da tarde. Os bandidos chegaram ao local utilizando um veículo, bloquearam a pista no sentido Baixada Fluminense e passaram a abordar os carros, rendendo os motoristas. Quando a polícia chegou, só encontrou as vítimas.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que apenas quatro pessoas procuraram a 17ª Delegacia de Polícia, onde prestaram queixa do assalto.
Pitaco do RA: Próximo ao local onde ocorreu esse arrastão, tem um recuo no acostamento para abrigar viaturas da polícia que, em tese, deveriam ficar ali de plantão 24 horas por dia. Pois é, entra governo, sai governo, etc, etc, etc.
O novo velhismo
Nunca imaginei que iria ficar velho. Para mim, velhos eram aquelas pessoas de mais de 50 anos, de cabeça branca, aposentados na cadeira de balanço, com uma manta sobre as pernas e chinelinhos de lã. Todos os paparicavam e os tratavam como crianças, ninguém os levava a sério.
Como se vê, desde pequeno cometo graves erros de avaliação. Felizmente, ficar velho hoje é muito melhor do que quando eu era criança. Não só pelos avanços da ciência, que prolongaram a vida e melhoraram a sua qualidade, mas pelas evoluções da sociedade e da tecnologia, que nos facilitaram o cotidiano, quebraram preconceitos e permitem a gente de qualquer idade ser produtiva e ter todos os direitos, e deveres, da vida social.
Nunca imaginei que minha mãe, hoje com 88 anos, continuaria tomando seu vinhozinho e estaria na internet e fazendo análise. Ela detesta ser chamada de "terceira idade": não liga de ser velha, mas não gosta de "palhaçadas".
Nunca me passou pela cabeça que um dia eu seria capaz de furar filas em aeroportos, bancos e cinemas com a tranqüilidade dos justos, logo eu, que sempre respeitei a lei e sempre detestei e combati todas as formas de privilégio.
Mas lamento só ter descoberto que tinha esses direitos aos 63 anos. Mal informado, pensava que eram só para quem tinha mais de 65. Perdi três anos de moleza! Nos aeroportos, furando feliz filas imensas, imagino como se sentem os nossos parlamentares. Assim como eles, mas por motivos diversos, não sinto a menor vergonha. Nem de minha idade e nem dos meus direitos legítimos. Vou logo perguntando: "Qual é a fila dos velhinhos?"
Mas o politicamente correto americano continua criando eufemismos patéticos e denunciando "preconceitos" contra gente que já viveu mais. Não querem mais que nos chamem de "cidadão sênior", porque ninguém chama alguém de menos de 60 de "cidadão júnior". Nem "idoso" eles aceitam. O correto é dizer "adulto mais velho" ou, singelamente, "homem" ou "mulher". Depois do racismo, do sexismo e do pobrismo, o velhismo.
Além de tentar nos tirar o orgulho de havermos sobrevivido até aqui, querem nos obrigar ao ridículo.
Dica do RA: Acabei de postar no Guardaletras uma matéria do New York Times sobre como as redes sociais na internet (Orkut, Facebook, MySpace, etc) estão ajudando os "adultos mais velhos" americanos a seguir em frente, à medida que vão perdendo contato com amigos e parentes. Para ler, entre aqui.
domingo, 14 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
sexta-feira, 12 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Fotos feitas com pincel
É difícil acreditar, mas as imagens acima não foram feitas por um fotógrafo e, sim, por um pintor. Max Ferguson é o nome do artista (e bota artista nisso!) que usa as tintas e os pincéis como se apertasse o botão disparador de uma câmera fotográfica.
Todos os detalhes de uma cena (luzes, brilhos, reflexos, sombras, etc) são minuciosamente reproduzidos por Ferguson, com a óbvia intenção de confundir os olhares, mesmo os mais atentos, que não imaginam - à primeira vista - estarem diante de uma pintura.
Para ver mais "fotos" e ler a matéria completa, entre no meu, no seu, no nosso Blog da Foto. É só clicar aqui.