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quinta-feira, 14 de setembro de 2006

A questão do voto nulo

Fernando Menandro

A movimentação é grande na Internet. Nas rádios já se ouvem debates sobre o assunto. Nas rodas de conversas... Nas seções de cartas dos maiores jornais do País... Enfim, a discussão sobre o VOTO NULO já é um fato consumado.

A revolta da sociedade... A origem do mal que assola nosso país, desde os primórdios, é a intragável CORRUPÇÃO, cujo berço muitas vezes se disfarça no "jeitinho brasileiro": é o "cafezinho" pro guarda não multar, os "pistolões" para ocupar cargos comissionados... A "cerveja" para agilizar os processos nas repartições públicas...

A questão, é que a inaceitável corrupção tomou proporções pra lá de absurdas: o "cafezinho" transformou-se em "mensalão", os "pistolões" viraram gigantescas "sanguessugas"; e a sociedade brasileira, atônita com tudo isso, precisa decidir seu destino para os próximos quatro anos.

Enquanto a campanha aberta pelo VOTO NULO carrega suas baterias, ainda é tempo de refletir em uma pergunta: não seria melhor, em vez de anular o voto, aceitar o trabalho de escolher criteriosamente um candidato? Sob alguns aspectos a recusa ou anulação do voto é atitude política e democrática, contudo, em situações como a atual, pode ser o oposto, pode traduzir-se, na prática, em recusa a colaborar na construção da Democracia – tarefa pra lá de exaustiva, mas sem alternativas.

É verdade que a possibilidade de escolha criteriosa está limitada a uma parte do eleitorado. As camadas desprovidas de condições culturais e materiais de acesso à informação cotidiana – nos quais poderiam garimpar as razões da sua opinião – ficam indefesas quando a vigarice se associa à política.

Não acredito, sinceramente, que a renúncia ao voto irá combater aqueles que são detentores de grandes "currais eleitorais", espalhados pelo Estado do Rio e por todo o País. Também não acredito que nenhum voto deixe de ser um risco. Aí não está, contudo, motivo para menosprezar a possibilidade de votar. É motivo, isso sim, para reduzir o risco ao mínimo possível. Como age quem dirige com atenção... Atravessa ruas com cuidado... Enfim, quem está sempre ligado.

Se a qualidade dos políticos melhora ou piora, a política e os governos melhoram ou pioram, e tudo o mais melhora ou piora. Como me disse o deputado Fernando Gabeira: "a política deve ser exercida por aqueles que desejam fazer o bem comum".

Por último, penso que tudo isso ainda não é o suficiente, é preciso uma mobilização constante e ostensiva da sociedade. Um cerco em torno dos políticos: eleger e conferir! Afinal, o voto é uma procuração de plenos poderes para que o político exerça a nossa vontade.

Fernando Menandro é candidato a Deputado Estadual pelo Partido Verde. Para conhecer as suas propostas, visite o seu site ou a sua comunidade no Orkut.

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