Eu odeio a Ampla

Apenas quatro dias depois do último apagão (que aconteceu sábado passado), parte de Campos Elíseos e a totalidade dos bairros Comercial e Montese (acho) ficaram sem energia hoje por mais de uma hora (entre 18:40h e 20 horas, mais ou menos). Sei que já devia ter me acostumado com essa rotineira viagem de volta à Idade das Trevas - afinal, foram tantos apagões nesses meus quase 20 anos de Resende! -, mas sempre fico indignado (pra não dizer PUTO DA VIDA!!!) com esse AMPLO descaso da concessionária que suga mensalmente parte considerável do que ganho vendendo minhas fotinhas aqui, ali e acolá.

Em média, a cada 30 dias são 300 reais, pagos religiosamente sob pena de ter a luz cortada, sem choro nem vela (falar nisso, preciso comprar mais um pacote). E a contrapartida? Apagões! Muitos apagões!! Tantos que já nem acerto os relógios digitais do microondas, dos videocassetes e do microsystem, que piscam, atordoados, dia e noite, noite e dia sem parar. Já os computadores (coitados!), cada desligamento brusco desses diminui em alguns meses (na melhor das hipóteses) a vida útil de suas sensíveis placas e discos rígidos, sem falar na perda de arquivos abertos e ainda não salvos quando tudo escurece.

E aí vem a famosa pergunta que não quer calar: se o problema é localizado (pois atinge apenas três pequenos bairros da cidade), por que ainda não foi resolvido? Depois de tantos e tantos anos (desde que a Ampla se chamava CERJ), será que os laboriosos técnicos dessa concessionária ainda não descobriram uma maneira de acabar de vez com esse transtorno? Será que falta verba para a reposição de cabos e transformadores? Mas como, se pagamos uma das tarifas mais caras do planeta?

Olha, sinceramente, meu ódio por esse tipo de coisa (inominável porque é uma mistura de safadeza, descaso e incompetência) só é comparável ao que sinto pelas quadrilhas que sempre "governaram" este nosso ingovernável país. Por isso, não se surpreendam se um dia o RA amanhecer com um novo nome: Buenos Aires Ahora!