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quinta-feira, 2 de agosto de 2007

'Polícia do Rio é pelo menos metade do problema'

Publicado no UOL Mídia Global

A revista britânica The Economist afirma, em edição publicada nesta quinta-feira, que a polícia estadual do Rio de Janeiro é "pelo menos metade do problema" da violência que atinge as favelas da capital.

"Além de incompetente, a polícia do Rio está entre as mais brutais do mundo", afirma o artigo "Briga nas favelas", que cita o aumento de 250%, em relação a 2002, no número de mortes causadas pela polícia no Estado do Rio.

Segundo a revista, nas últimas duas semanas os cariocas "vibraram" com a redução dos assassinatos, assaltos e roubos de carro devido à operação especial de segurança para garantir a realização dos Jogos Pan-Americanos. No entanto, muitos começam a se preocupar com o que vai acontecer agora que os atletas já deixaram a cidade. Segundo a revista, muitos dos problemas de segurança da cidade são explicados pela incompetência de diversos governos.

"Anos de prostração oficial, ineficiência e corrupção deslavada envenenaram lentamente o cumprimento da lei na cidade", diz o artigo. "Muitos especialistas acreditam que o mal remonta a um século atrás, quando a polícia começou a receber pagamentos da loteria ilegal popular chamada jogo do bicho."

A revista também atribui a culpa de parte da corrupção policial ao "código trabalhista permissivo, que dificulta a demissão de servidores públicos". Segundo a Economist, muitos dos policiais corruptos afastados conseguem na Justiça o direito de voltar ao trabalho.

Outro problema indicado pela reportagem é a preferência dos eleitores cariocas por "líderes populistas, que distribuíram os altos cargos de segurança para amigos", enquanto a polícia do Estado é a segunda pior remunerada do país.

A revista diz que o governador Sérgio Cabral "parece mais determinado do que seus antecessores", mas que não está claro se ele "tem o estômago" para enfrentar os problemas da corporação policial do Estado.

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