Caso Isabella pode ir a organismos internacionais
Menos de uma semana após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter negado liberdade a Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, o avô paterno de Isabella, o advogado Antonio Nardoni, diz que pode levar o caso a organismos internacionais, ao defender que os magistrados não considerem o clamor público para julgar a revogação da prisão do casal.
"Se for necessário, iremos para fora do país. Teremos de recorrer a organismos internacionais. Eu irei até o fim para provar a inocência deles. Quero que a lei seja aplicada", afirmou ele, acrescentando que ainda não levou essa idéia aos advogados do casal.
O pai de Alexandre Nardoni, que nega haver fundamentos para a prisão preventiva, não especificou que órgãos seriam procurados. Ele afirmou ser injustiça o tratamento dispensado ao casal e acrescentou, sem citar nomes, que "o Código Penal e a Constituição estão sendo rasgados".
O ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou a liberdade ao casal na sexta-feira passada (16). Antes da divulgação da sentença, em entrevista publicada no site do STJ, Maia Filho afirmava que seria "desfaçatez" negar que há influência do clamor público em decisões judiciais de grande repercussão. "Crimes brutais não deixam a gente abalado? Claro que sim".
Segundo o ministro do STJ, para fazer um julgamento, é obrigatório isolar o emocional, "mas não o sensorial". "O juiz tem de sentir o que a sociedade sente."
Pitaco do RA: O juíz pode muito bem sentir o que a sociedade sente, mas não pode, jamais, deixar de cumprir a lei. Principalmente sendo um juiz do Superior Tribunal de Justiça!
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