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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Entrevista do prefeito de Resende ao RJTV


Reprodução da TV Rio Sul

Adriano Lizarelli - Durante a campanha eleitoral, o senhor esteve aqui, na bancada do RJTV, e disse que ia rever o serviço de concessão de água em Resende. Como é que está essa situação: o senhor realmente está cumprindo essa promessa?

José Rechuan - Voltando ao que a gente já havia informado: tanto pela legalidade, quanto pela moralidade, este programa tem que ser revisto, esta concessão tem que ser revista desde o seu edital para que fosse aberta a licitação. Então, está tudo sendo revisto, a contar de uma auditoria que está sendo feita paralela pelo próprio governo do estado, se não me engano, pelo Tribunal de Contas. Independente disso, a nossa auditoria está em fase final de licitação para que possa avaliar...

Lizarelli - Então, já está sendo revista?

Rechuan - Já, desde o primeiro dia, nós já abrimos, tão logo abriu a possibilidade orçamentária, nós já abrimos a questão licitatória pra firma pra auditar a concessão dessa empresa e de outras, mas principalmente da Águas das Agulhas Negras.

Juliana Souto - Ainda a respeito do serviço de água, nós temos aqui uma pergunta do José de Medeiros Silva: ele quer saber se a Sanear realmente acabou e o que será feito dos funcionários da antiga Resende Águas, hoje Sanear.

Rechuan - Eu espero entregar para os funcionários da Sanear a empresa de volta. Agora, existindo a empresa reguladora, ou auditoria, ou o processo não caminhando, ou chegando à conclusão que a empresa foi lícito, tudo certo, obviamente a Sanear passa a ser uma empresa reguladora. Então, ali serão colocados técnicos o suficientemente preparados, tecnicamente preparados para poder avaliar, financeiramente e tecnicamente, a empresa da água, desde a parte fiscal - que é o que ela tem que devolver ao município - bem como puni-la, se houver alguma alteração no tratamento de água e esgoto e aquela que chega na casa do cidadão, bem como nas questões do funcionalismo, porque esses funcionários ficaram todos para uma empresa reguladora e é incompatível o que a gente tem que pagar com o número de funcionários que hoje a empresa possui. Esse passivo é muito grande.

Lizarelli - Agora, prefeito, o trânsito de Resende continua dando nó, principalmente nos horários de pico. Até quando esta situação vai continuar?

Rechuan - Tão logo abriu-se as urnas e viu-se o resultado das eleições, nós entramos em contato imediatamente com aquelas pessoas que assumiriam o planejamento em Resende e, em dezembro, eu posso te garantir que tinha mais ou menos 85% do processo todo concluído da nova estrutura do trânsito em Resende e, de janeiro para cá, nós estamos discutindo com todos os segmentos da sociedade: primeiro os taxistas, as empresas de ônibus, estamos agora conversando com os comerciantes, no fim do mês, e devemos ter uma audiência pública na Câmara Municipal para que as pessoas entendam a necessidade da mexida no trânsito, porque realmente é de uma maneira muito confusa que você pode andar hoje em Resende. E não temos dinheiro também para investir. Então, o que nós podemos fazer no trânsito, para melhorar o trânsito sem muito investimento? O projeto, eu posso te garantir, é um projeto muito bom, maravilhoso, mas, sem discutir com a sociedade, fica muito complicado que, do dia para a noite, você coloque isso, pois pode gerar uma confusão ainda maior. Então, nós estamos discutindo com a sociedade um programa lento e progressivo, mas, a partir do momento que ele for implementado na cidade, as pessoas entendam e aprovem, como a gente espera que isso vá acontecer.

Juliana - A moradora da Vila Santa Isabel, Vera Regina de Sá, quer saber se existe um projeto para outras empresas explorarem o transporte coletivo de Resende.

Rechuan - O processo licitatório, ele é claro, deixa a empresa que hoje explora por 20 anos. Então, não há essa possibilidade pelo processo de concessão feita em 2000. Agora, o que nós fizemos já foi sair de alguns processos que tínhamos, como, por exemplo, com o Detro, e hoje o cidadão que se desloca até Engenheiro Passos e Visconde de Mauá já conta com uma outra linha operando em conjunto.

Lizarelli - Prefeito, a pergunta agora é do Wagner Fernando da Silva e ele diz o seguinte: que o senhor disse que iria asfaltar as ruas de Resende, desde o início do seu mandato. Ele está perguntando o que está sendo feito até agora.

Rechuan - As obras, que é o programa Sem Parar, ele prevê exatamente isso, não tem nada de anormal. Já começamos com o tapa-buraco, que é o que dava para fazer no período de chuva. No período agora que entra, a parte seca, a parte de estiagem, é que a gente começa a elaborar os bairros para serem beneficiados, como, por exempo, o Contorno é um deles, o Lote 10 também, se eu não me engano, está envolvido, e o Campo Belo.

Juliana - Uma dúvida aqui do Ricardo Oliveira, ele quer saber o que vai ser feito para resolver o problema da Saúde na cidade. Ele diz que a situação piorou e está difícil conseguir médicos, principalmente, na região da Grande Alegria.

Rechuan - Olha só, nós assumimos o governo e o governo passado tirou 96 funcionários da assistência básica da saúde. Desses 96, 54 nós já recuperamos. Então, não é fácil, porque quando você encerra uma eleição, na verdade, esses processos não devem ser mexidos, porque isso significa interromper uma linha de tratamento. Então, o que fez: suspenderam os contratos desses agentes comunitários - médicos e enfermeiros - e a gente está, nesse período, tentando reconvocar essa mão de obra. Agora, é uma mão de obra qualificada, não é uma mão de obra farta que você tem no mercado, e você perder 96 funcionários da Saúde, de outubro até dezembro, não é fácil que você assuma um governo. Eu quero até lembrar que, das grandes cidades, o nosso governo, o resultado da eleição foi o único que interrompeu uma reeleição. Mas, o que a gente entende é que o fato de você interromper um processo político, ele é meramente eleitoral, mas o serviço prestado à população, principalmente o que foi de saúde, ele deve ser sempre continuado, independente do resultado eleitoral. Isso, infelizmente, não aconteceu e nós tivemos, só na área básica - não estou contando hospital -, 96 funcionários que tiveram seus contratos interrompidos. Então, está aí um dos motivos.

Lizarelli - A Elaine Ferraz, que mora no bairro Nova Liberdade, também fala sobre as consultas nos postos de saúde e dos exames que estão demorando até dois meses.

Rechuan - Da mesma maneira, os exames laboratoriais foram interrompidos. Hoje, esses exames já voltaram, não acredito que espere dois meses, o que nós temos realmente uma demora maior é para a oftalmologia, porque os aparelhos são específicos do posto de saúde dentro do Manejo, mas as questões dos exames laboratoriais já estão resolvidos.

Juliana - Tenho aqui uma pergunta do Fernando Júnior Reis, morador da cidade, ele quer saber o que vai ser feito com relação à iluminação pública da cidade. Ele diz que as nossas praças estão escuras e as nossas ruas sem iluminação.

Rechuan - É o que está sendo feito, a gente está recuperando paulatinamente toda essa iluminação pública, utilizando a taxa de iluminação pública exatamente com o destino mesmo voltado somente para a iluminação pública, as praças estão voltando a ser iluminadas - está a praça do Surubi iluminada, a do Alto dos Passos, Jardim Beira-Rio -, não adianta a gente chegar simplesmente, apertar um interruptor e acender todas as praças. É o que gostaríamos, mas elas estão sendo feitas de acordo com... a gente limpa, refaz alguma coisa da praça e, por fim, ilumina. Agora, todas as praças, iluminar em três meses realmente é uma coisa que vai sendo paulatinamente feita e está sendo feito. Quem mora em Resende e passa por essas praças, sabe muito bem que está sendo feito.

Lizarelli - Prefeito, olha, muito obrigado pela presença do senhor hoje aqui no RJTV para responder a essas perguntas. Sobraram outras perguntas e observações que a gente encaminha ao senhor para que o senhor possa...

Rechuan - Obrigado.

E então, caro leitor do RA, o que você achou das respostas do nosso prefeito? Foram satisfatórias? Acabaram com as suas dúvidas? Pois é, com as minhas não. Acho até que elas aumentaram bastante depois da entrevista. Mas só vou falar disso mais tarde (hoje ainda!), num post especial de Pitacos do RA. Enquanto isso, comente! Fique à vontade, porque a casa - assim como a cidade - é sua.


Pitaco do RA: Pensando bem, diante do excesso de pouca informação disponibilizada pelo prefeito na sua entrevista, vou fazer que nem os leitores do RA: sem comentários!

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4 Comments:

At 16/4/09 20:57, Anonymous Anônimo said...

Essa entrevista foi muito fraca e o Sr. prefeito rodeou que nem um " peru tonto" e não respondeu nada concreto. Ele parece a " Alice no país das maravilhas".
Ele vai repetir o que todos politicos fazem: Não faz nada agora e fará quando tiver acabando seu mandado com obras eleitoreiras!!! Mais um fisiológico para sustentarmos!!!!

 
At 16/4/09 21:01, Anonymous Cláudio said...

Sr. Prefeito!

Fazia fé na sua candidatura e vejo que o Sr. é farinha do mesmo saco...A Águas das Agulhas Negras está aí com a mãe do Silvinho dona e um laranja no comando e vc não faz nada???
O transito está um caos e o sr. responde que tem um projeto, mas que não tem dinheiro???Como é isso??? Na verdade está perdido e um pouco culpa do Silvinho que deve ter feito uma faxina boa na prefeitura e ficamos na merda!!!

 
At 16/4/09 21:05, Anonymous Braz said...

Povo Resendense!!!

Está na hora de acordar e cobrar mais esses políticos que prometem e não cumprem nada!! Não se iludam com obras eleitoreiras e promessas esfarrapadas!! Diga não a corrupção que se instalou e vamos divulgar isso nos 4 cantos da cidade e mostrar ao Sr. Prefeito e panelinha que não somos otários como eles pensam....

 
At 16/4/09 21:11, Anonymous Anônimo said...

A Rio sul deve ter uma postura mais critica em relação aos políticos, procurando denunciar os problemas das cidades e o cumprimento do que foi prometido. Lembro de uma vez que a Rio Sul caiu de pau em cima do valor do IPTU da cidade de Resende que havia aumentado para alguns (e a Rio Sul estava nessa lista), mas foi só o Sr. Politico dizer se ela continuasse assim, que ele iria tirar todas as propagandas da cidade da emissora. E o que a Rio Sul fez: Acabou com os comentários sobre o IPTU para não perder receita!

 

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