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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lula fracassa nas bilheterias

Juan Arias, no El País

O esperado filme sobre a vida do presidente brasileiro, "Lula, o Filho do Brasil", está há um mês em cartaz e não teve a repercussão que a crítica esperava nem grande aceitação por parte do público.

O filme que custou US$ 12 milhões (R$ 22 milhões) - o de maior orçamento até hoje na história do cinema brasileiro - tinha criado uma grande expectativa: a história do menino de uma família muito pobre que emigra do nordeste miserável do país para a rica São Paulo em busca de trabalho e comida.

O pequeno Luís foi engraxate e vendeu sorvetes pela rua e, sem estudos, com um simples diploma de mecânico, chegou à presidência da República. Esperava-se que a história atraísse uma avalanche de espectadores. Até se havia planejado colocar telas ao ar livre nos povoados onde não há cinemas.

Não foi preciso. O filme ficou em quinto lugar nas bilheterias na primeira semana e depois foi decaindo. Não porque não seja emocionante, o que é. Não porque os autores sejam ruins, pois são magníficos; nem tampouco porque falte suspense ou um final genial.

O filme não convenceu por vários motivos: os brasileiros gostam de Lula na realidade, na rua, montado em um palanque, arregaçando as mangas, suando e gritando coisas como "vou tirar o povo da merda".

Mas "Lula, o Filho do Brasil" faz chorar mais pelos sofrimentos de sua mãe, a verdadeira protagonista, que se desvela para dar de comer a seus filhos, do que por Lula, que aparece até "bom demais", segundo as críticas.

Publicado no UOL Notícias e editado pelo RA.

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