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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lá como cá


Do blog Jornalismo nas Américas

A maioria dos jornais da Bolívia publicou a mesma capa nesta quinta-feira, 7 de outubro – uma página em branco com uma única manchete: “Não há democracia sem liberdade de expressão”. O protesto inédito sucede a decisão do presidente Evo Morales de manter artigos polêmicos do projeto de Lei Antirracismo.

Ao protesto dos jornais e às passeatas em diversas cidades do país se somou o anúncio de uma greve de fome que já conta com a adesão de seis jornalistas, segundo o jornal La Prensa.

Jornalistas e meios de comunicação reclamam que a Lei Antirracismo viola a liberdade de expressão, ao prever punições severas para aqueles que divulgarem informações consideradas racistas ou discriminatórias, explicam os jornais El Tiempo e Opinión. Eles argumentam que poderiam ser punidos simplesmente por divulgar atos discriminatórios ou opiniões de terceiros, ainda que não concordem com eles.

O projeto de lei contra o racismo, já aprovado pela Câmara, segue hoje para votação em plenário no Senado, e pode ser aprovado integralmente ainda esta semana, segundo a imprensa boliviana.


Pitaco do RA: Depois do companheiro Chávez fechar o maior canal de televisão da Venezuela e da companheira Cristina Kirchner investir contra os dois maiores jornais da Argentina, o companheiro Evo Morales ameaça agora os jornais bolivianos com essa exdrúxula Lei Antirracismo.

Enquanto isso, o companheiro Franklin Martins, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, está na Europa "colhendo experiências" para o ante-projeto de regulação da mídia no Brasil, que será apresentado entre o final de novembro e o início de dezembro. Li essa notícia no Estadão que, diga-se de passagem, está há exatos 434 dias sob censura.

Depois ainda dizem que os jornalistas brasileiros são paranóicos...

Publicado no Resende Afora.

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