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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Chico critica 'fiscalização moralista' da vida alheia


Para comemorar os cinco anos de publicação, a revista Rolling Stone Brasil fez uma longa - "e definitiva" - entrevista com Chico Buarque de Hollanda. Entre outras coisas, Chico conversou com o editor Paulo Terron sobre música, literatura, política e, também, como lida com a fama na era dos paparazzi.

"Acho chata essa fiscalização moralista da vida dos outros. Vou deixar de ir à praia, mas outras coisas eu não vou deixar. O meu vinho vou tomar, meu cigarro vou fumar", diz o ídolo.

Ele também conta que é mais difícil viabilizar turnês pelo fato de não se utilizar da Lei Rouanet – e também afirma se manter distante de certos assuntos por ter uma irmã, Ana de Hollanda, como ministra.

"Até fico fora do assunto de direito autoral para não parecer que eu tenho alguma coisa a ver com isso. Para mim é um incômodo ter uma irmã no Ministério da Cultura."

Sobre o fato de ser considerado um profissional metódico, Chico diz:

"Eu não sabia que tinha fama de metódico. Na verdade, minha vida e meu trabalho se confundem, nem eu mesmo sei direito quando estou trabalhando ou não. Às vezes digo que estou muito atarefado, porque as pessoas pensam que um artista está sempre disponível para ir à festa.

Como o artista em geral não tem horário, não dá expediente, costumam pensar que é vagabundo. Mas, assim como a criança se concentra num brinquedo, tem dias em que preciso me concentrar no trabalho, nem que seja para compor um palíndromo ou inventar times de futebol."

A Rolling Stone Brasil especial de 5 anos estará nas bancas a partir da próxima quinta-feira, dia 13.

Publicado no Resende Afora com informações da Rolling Stone.

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