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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Moradores rejeitam cobrança para frequentar Escorrega


Cachoeira não pertence mais a Visconde de Mauá

Da Folha.com

A compra da Cachoeira do Escorrega pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no início de dezembro pegou de surpresa os moradores e comerciantes de Visconde de Mauá, na serra fluminense. Eles estão descontentes com a possibilidade da cobrança de R$ 11 para entrar na cachoeira, famosa por ser um tobogã natural.

A queda d'água integra uma área de 37 hectares que o Parque Nacional do Itatiaia - a primeira unidade de conservação criada no Brasil - comprou por cerca de R$ 1 milhão (saiba mais aqui). A medida faz parte da estratégia de regularização da unidade para torná-la mais atrativa aos turistas e integra o projeto Parques da Copa, dos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo.

Próximo da Cachoeira do Escorrega, que fica na região da Maromba, em Mauá, a administração prevê a construção de um centro de visitantes, com banheiros e informações sobre a unidade, além de postos de fiscalização para impedir a entrada de invasores ou a depredação. Mas a medida que menos a agrada é a possível cobrança de ingresso para descer no tobogã.

"Sempre fomos na cachoeira e ninguém nunca cobrou nada", disse o gerente da Pousada Cabanas da Fazenda - que fica a 600 metros da Escorrega - e morador de Mauá, Avaílton Mendes. Ele disse que mesmo sendo área privada, o dono, um alemão que se encantou com a região anos atrás, nunca impediu a entrada ou cobrou ingressos. "Sempre foi de graça", declarou.

Sem descartar discutir o preço com os moradores, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Melo, explicou que a cobrança é feita em todas as unidades de conservação do país, como o Parque Nacional de Fernando de Noronha (PE) e o Parque Nacional da Floresta da Tijuca (RJ). Porém, destacou que o valor não está fechado e vai variar de acordo com o perfil do visitante.

"Parte dos nossos investimentos estão associados a esse processo do turismo e, por isso, são cobrados ingressos", declarou Melo. "Temos valores estabelecidos em função da realidade de cada parque e do tipo de turismo. Fazemos diferenciação entre turista brasileiro, pessoas que estão no entorno da unidade, estudantes, pessoas mais velhas e de baixa renda", afirmou.

Segundo Melo, na tentativa de "resgatar atributos cênicos" do Itatiaia e regularizar desapropriações que não tinham sido totalmente indenizadas desde a ampliação da unidade na década de 1980, cinco áreas foram compradas recentemente pelo Instituto Chico Mendes.

Editado e publicado no Resende Afora.

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5 Comments:

At 2/1/12 08:25, Anonymous Weber said...

Estou de acordo com a cobrança, desde que o ICMBio ofereça aos visitantes toda a infraestrutura necessária para a ótima conservação do local e o bem estar das pessoas.

 
At 2/1/12 09:25, Anonymous Aurélio said...

Também estou totalmente de acordo, melhora a consevação do local, além do mais, a marca "Parque Nacional" agrega muito valor a uma cachoeira ou qualquer outra atração, tornando-a muito mais atraente, famosa e conhecida nacionalmente, sendo então tal Parque Nacional o tradicionalissimo "do Itatiaia", agrega ainda mais valor, TODOS conhecem esse parque o primeiro do Brasil (o original), todos conhecem o Lago Azul, o Véu de Noiva, piscina Maromba, Itaporani, Poranga, Último Adeus, etc

 
At 2/1/12 10:50, Anonymous Anônimo said...

O Weber e o Aurélio falaram tudo. Concordo com o pagamento pelos argumentos expostos acima.
Alex

 
At 3/1/12 12:27, Anonymous Cacá Schneider said...

Eu concordo também com a cobrança, a minha preocupação é com o retorno dessa arrecadação...., pois na hora que cai no bolso da "Viúva", a gente só tem direito ao "troquinho".....

 
At 14/1/12 12:01, Anonymous Cerradomys said...

Muito legal essa região passar a ser controlada por uma UC.
Espero que os Parques consigam se tornar auto-sustentáveis e mais atrativos. E que sirvam como substrato para Educação Ambiental. Claro que a integração com comunidade local é interessante, desde que siga as leis que regem um PARNA.

 

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