Em
artigo publicado hoje no jornal londrino The Guardian, o Arcebispo e Prêmio Nobel da Paz Desmond Tutu não mede palavras ao condenar a Guerra do Iraque:
"A decisão imoral dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha de invadir o Iraque em 2003, baseados na mentira de que o país possuía armas de destruição em massa, desestabilizou e polarizou o mundo em uma extensão maior que qualquer conflito na história."
Mas o ponto crucial do argumento de Tutu é este - por que George W. Bush e Tony Blair não foram julgados por seus crimes?
Desmond Tutu aponta os diferentes parâmetros ao lidar com pessoas como Robert Mugabe e Osama bin Laden. Ele argumenta que Bush e Blair se rebaixaram ao nível moral de Saddam Husseim, levando à morte 110 mil iraquianos e 4,5 mil soldados americanos. Sem falar nos 32 mil soldados feridos em batalha.
Com base nesses números, Tutu afirma que Bush e Blair deveriam ser julgados pela Corte Internacional de Justiça.
"Em um mundo consistente, os responsáveis por todas essas perdas e sofrimento deveriam receber o mesmo tratamento de seus pares africanos e asiáticos, respondendo por seus atos em Haia."
Tony Blair já respondeu a Desmond Tutu: "Numa democracia saudável, pessoas podem concordar em discordar."
Elas podem também começar guerras injustas sem encarar as consequências, evidentemente.
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