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terça-feira, 18 de outubro de 2005

Muito prazer em conhecer o blog do Pontual

Fazendo minha costumeira visita noturna ao blog da Cora, descobri outro endereço pra lá de excelente, que deverá entrar hoje mesmo para os Favoritos do RA. Estou falando do 'New York On Time', blog do Jorge Pontual, correspondente da Globo nos EUA que, há oito anos, nos visita através do Jornal Nacional - diretamente da Big Apple - trazendo fresh news from all over the world.

Um dos posts do blog - que tem muitas traduções de poemas de Baudelaire, entrevistas, músicas (para ouvir durante a leitura) e dezenas de links legais - trata do lançamento do filme 'Good Night, and Good Luck', dirigido por George Clooney. Tomei a liberdade de reproduzir (e adaptar) alguns trechos dessa bela matéria que todos os amantes do cinema e do jornalismo deveriam ler por inteiro:

O grande público não tem idéia de quem foi Ed Murrow, jornalista americano que morreu em 1965 aos 57 anos. Daí a importância do filme recém-lançado 'Good Night, and Good Luck', dirigido por George Clooney, com David Strathairn no papel de Murrow, e Clooney no de Fred Friendly, mão-direita de Murrow desde os tempos do rádio, quando ele trouxe a Segunda Guerra - e a destruição de Londres pelos ataques nazistas - para dentro de cada lar americano, com o som das bombas caindo e uma narração circunspecta, clara e lúcida. Depois disso, foi o inventor do telejornalismo, à frente de programas de análise e entrevistas. Aquele que todo repórter de rádio e TV sonha ser quando crescer.

Transcrevo abaixo um parágrafo do discurso de Ed Murrow, feito em 1958, quando foi homenageado pela Associação dos Diretores de Rádio e Telejornalismo. Um discurso premonitório, alertando para os perigos que já cercavam a televisão naquela época e também um presságio do abismo em que a mídia eletrônica iria mergulhar:

"Somos ricos, gordos, confortáveis e complacentes. Temos uma alergia inata à informação desagradável ou perturbadora. Nossos meios de comunicação de massa refletem isso. Mas a não ser que levantemos nossos gordos excedentes e reconheçamos que a televisão tem sido usada para nos distrair, iludir, divertir e alheiar, um dia a televisão e quem a financia, quem assiste e quem trabalha nela, poderão ver tarde demais um quadro totalmente diferente... Se continuarmos assim, a história vai se vingar, e o castigo não demorará a nos alcançar".

Para visitar o blog do Pontual e ler a matéria sobre o grande Ed Murrow na íntegra, clique aqui.

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