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segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Para Bush, o clima não compensa!

Terminou anteontem em Montreal, no Canadá, a 11ª Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, com a participação de delegações dos países da União Européia, dos países em desenvolvimento, dos Estados Unidos, do Canadá, do Japão, da Austrália e da Rússia. Depois de muitos discursos, propostas, contrapropostas e discussões sobre como evitar a deterioração do planeta, a Cúpula chegou a um acordo final surpreendente: os países signatários do Protocolo de Kioto - entre os quais os Estados Unidos - estão agora obrigados a... manter novas reuniões!

O Protocolo de Kioto - aprovado no Japão em 1997, durante Conferência da ONU - propõe que os países industrializados reduzam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em, pelo menos, 5% em relação aos níveis de 1990, até o período entre 2008 e 2012. Esse compromisso, com vinculação legal, promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos.

Mas para que o bem-intencionado protocolo saia do papel (e passe a ser obrigatório) é necessária uma ratificação dos Parlamentos dos países que respondem por, pelo menos, 55% das emissões de gases que provocam o efeito estufa. A maior quantidade de gás carbônico na atmosfera - 25% do total - é emitida pelos Estados Unidos, país que até hoje não ratificou o Protocolo de Kioto. Quantas reuniões ainda serão necessárias para convencê-los de que são os principais responsáveis pela mudança do clima na Terra? Como disse, um dia, Bob Dylan, the answer, my friend, is blowin' in the wind...

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