Longa vida ao palhaço
Rolava, desde o início da semana, um boato que Rogério Bulhões - o palhaço que, há anos, circula pela cidade anunciando lojas com seu megafone - havia morrido de enfarte. Nós do RA, que sempre admiramos Rogério (personagem da primeira edição impressa do Resende Agora), ficamos surpresos com a notícia. Afinal, um rapaz tão novo (37 anos), forte e bem-humorado, morrer assim, de uma hora pra outra, de enfarte? Alguma coisa estava errada.
Procuramos nos jornais locais alguma notícia que comprovasse a tragédia. Nada. Nem uma vírgula sobre a morte do palhaço. E o boato se espalhando. Alguns já afirmavam até que a causa-mortis era outra: Rogério teria sido assassinado!
Muito bem. Já me preparava para render uma grande homenagem ao palhaço quando, de repente (não mais que de repente), o vejo subir a Gulhot Rodrigues pedalando tranqüilamente a sua bicicleta de super-herói, protegido do sol por uma colorida barraca de praia e vestido de Batman. Quando ele parou no sinal, eu o abordei:
- Grande Rogério!!! Posso fazer uma foto para colocar no seu obituário?
Ele deu um sorriso triste e desabafou: "Pois é, cara, não agüento mais dizer às pessoas que, mesmo tendo sido injustamente declarado morto, eu continuo muito vivo!"
Fiz rapidamente a foto acima e ele seguiu o seu caminho, dessa vez, provocando mais sustos do que gargalhadas na platéia do seu dia-a-dia.
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