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sábado, 4 de março de 2006

Soltando o verbo

Trechos da ótima entrevista do vereador Fernando Menandro (PV) ao jornal Ponte Velha:

Sobre a Câmara de Vereadores: Eu vejo a Câmara de Resende com uma estrutura bem enxuta. Nem se compara ao Executivo. Para você ter uma idéia, no gabinete do Prefeito tem muito mais gente do que na Câmara inteirinha... No último projeto que ele mandou tinham 122 pessoas. Isso é mais do que o dobro de pessoas que a Câmara inteira tem.

Sobre a mudança do pedágio para Floriano: Eu fiquei impressionado com o representante do Ministério dos Transportes numa reunião que tivemos na ACIAR sobre o pedágio de Itatiaia. Ele disse que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tem autonomia para determinar o lugar do pedágio. O Ministério não discute a decisão da Agência, só homologa. Então, a única forma de tentar barrar é mobilizar a opinião pública.

Sobre o uso do dinheiro público: Eu queria muito ver investimento na cultura, no esporte, na saúde, na educação. Mas investir em banco? Eu acho que a Prefeitura tem que ter lucro social, não financeiro. A governadora esteve na Câmara e parece que o PADEM (programa de apoio aos municípios, do governo do estado) assinou um convênio com a Prefeitura de R$ 21 milhões. Com mais R$ 15 milhões (que o prefeito diz ter no banco) são R$ 36 milhões disponíveis para aplicar na cidade. Mas quando vão ser aplicados?

Sobre os vereadores que se comprometeram a ter atuação independente: Eu, Augustão, Soraya, dona Cida, Pedro Paulo, Mário Rodrigues e Bira Ritton assinamos um documento que tornava público ao prefeito que daquele grupo sairia a mesa diretora da Câmara, sem aceitar interferência. Firmávamos a independência do poder Legislativo em relação ao Executivo. Até o dia 31 de dezembro estava tudo certo. Mas eles ouviram outra proposta do prefeito. Todos os meses de conversa foram por água abaixo. E eu não concordo com essa coisa de vereadores indicarem Ccs (cargos comissionados) na prefeitura. São quase 1.000 Ccs, mais de 20% do funcionalismo. Do grupo dos sete, só eu, Soraya, Augustão e dona Cida votamos contra o 'trem da alegria'.

Sobre as sessões extras remuneradas: Nós tivemos seis dias de sessões extras. Nesses seis dias foram enviados para a Câmara 20 projetos de lei. Você votava um e lia outro no mesmo dia, e já votava outro no dia seguinte. Ou seja, não tem condição. Você não pode votar uma reforma administrativa em 24 horas. Tem que haver a possibilidade de sessão extraordinária, porque numa emergência pode precisar, mas ela não pode ser remunerada. É um dinheiro que vem mal...

Sobre a anulação do voto: Eu só vejo a possibilidade de mudar o país pelo voto, eu não vejo outro jeito, eu acho que votar nulo é fugir da raia. É uma utopia imaginar que vamos conseguir 50% de votos nulos em uma eleição. E aí nós vamos eleger os piores políticos deste país! Coloca as pessoas que têm informação, que são participativas, para anular o voto. Só vai votar aquele voto comprado, o da cesta básica, e aí você imagina quem é que vai ser eleito. Será que depois dessa lama toda que nós tivemos em 2005, será que a gente não vai melhorar? Será que não vai ser um voto com melhor qualidade? Eu tenho esperança que 2006 vai ser melhor.

Sobre a possível cassação do prefeito Sílvio de Carvalho: O que precisa é a justiça decidir logo para que as pessoas se sintam seguras para trabalhar. Imagina um fornecedor da prefeitura hoje, a insegurança que ele fica sem saber se amanhã o prefeito é o Sílvio ou o Noel de Oliveira?

Sobre as coisas positivas da atual administração: Olha, eu acho que aquele Fórum Social do Zé Leon (o Zé fica bravo quando eu falo que o Fórum foi dele) foi espetacular, só que sem participação nenhuma. E outra coisa positiva foi a Exapicor gratuita. Eu não vejo mais nada.

Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.


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