Câmbio afeta vendas de caminhão da VW
Do SBC Notícias
Depois de crescer a taxas de 40% ao ano desde 2002, as exportações de caminhões e ônibus da Volkswagen ficarão estagnadas neste ano. A perspectiva é que a Volks exporte em 2006 os mesmos 8.500 caminhões e ônibus do ano anterior. A exemplo do que ocorre em outros setores, a razão da freada é a excessiva valorização do câmbio.
A afirmação é de Roberto Cortes, presidente da Volks Caminhões e Ônibus, que levou o problema ao ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, em café da manhã em Comandatuba, no Fórum Empresarial. O mais frustrante, afirma, é que o Brasil poderia estar exportando 12 mil caminhões e ônibus, e a fábrica da montadora em Resende, trabalhando em três turnos - hoje ela opera em dois turnos.
De acordo com Cortes, em razão da valorização do câmbio, o Brasil perde competitividade na exportação para outros países, como Coréia do Sul e China. No caso da empresa, o problema ainda é maior porque ela não importa nenhuma das peças que usa para a montagem do veículo.
Quando a Volks decidiu, em 2002, apostar na internacionalização, Cortes diz que o câmbio estava a R$ 2,70 e a perspectiva era chegar a R$ 3,00 no fim de 2003, mas nunca, segundo ele, se poderia imaginar que o dólar estaria hoje a R$ 2,11. Para não vender caminhões com prejuízo, a empresa elevou em 30% o preço dos produtos exportados, o que a faz perder competitividade em relação a concorrentes. A Volks caminhões e ônibus exporta cerca de 25% da produção.
No encontro com Furlan, Cortes pediu ao menos que o governo estude criar um plano de incentivo à renovação da frota de caminhões e ônibus, para compensar a perda de crescimento nas exportações com o aumento na procura do mercado interno. Segundo ele, a média de idade de um caminhão no Brasil é de 17 anos, enquanto nos países europeus, por exemplo, é de sete anos, o que mostra o grau de obsolescência. "
Enviado por JEO Bruno.
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