Complexo da Maré ganha museu
Do UOL Notícias
O Complexo da Maré, que reúne 16 favelas no entorno da baía de Guanabara, na zona norte do Rio, inaugurou ontem o primeiro museu em uma favela no país. O acervo é formado por fotografias, documentos e objetos do cotidiano doados pelos próprios moradores.
O museu foi uma iniciativa da organização não-governamental Rede Memória do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré e contou com apoio financeiro de R$ 190 mil do Ministério da Cultura. O ministro Gilberto Gil participou da solenidade de inauguração, que teve apresentações de maracatu, capoeira e hip hop com grupos da comunidade.
O alfaiate Atanásio Antônio Amorim, de 72 anos, que mora há 52 anos na Baixa do Sapateiro, uma das 16 favelas do complexo, doou ao museu fotografias antigas, tiradas na época em que a favela era uma grande palafita, ou seja, os barracos eram construídos sobre estacas na beira da baía da Guanabara.
Atanásio disse que tem vivo na memória o sofrimento dos moradores, quando a maré enchia e os barracos ficavam dentro d'água. No final da década de 1970, o governo aterrou a área e transferiu as pessoas para casas de alvenaria.
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