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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

As contas do presidente da República

Do Blog da Lucia Hippolito

A liminar negada pelo ministro Lewandowski, ao STF, ao pedido do PPS para acabar com o sigilo dos gastos da Presidência da república com cartões corporativos aumenta o debate sobre o que pode e o que não pode ser considerado sigiloso nas contas da Presidência.

Em primeiro lugar, a Presidência não é apenas o presidente e sua família. A Presidência é uma estrutura complexa, uma espécie de guarda-chuva que abriga vários órgãos.

Os gastos com agentes secretos que protegem o presidente, com os deslocamentos do presidente e outros gastos similares podem ser mantidos em sigilo, sob o argumento da segurança nacional.

Mas não há razão alguma para se manter em sigilo, por exemplo, as contas da Casa Civil, da Secretaria de Comunicação Social, do Núcleo de Assuntos Estratégicos e coisas assim.

Também não faz nenhum sentido manter em sigilo as contas do presidente e seus familiares.

Um presidente é um servidor público, que dorme em palácios construídos e mantidos pelo povo, come uma comida paga pelos impostos pagos pelo povo, locomove-se em automóveis pagos pelo povo, com combustível pago pelo povo.

Enfim, não pode deixar de ser presidente. Presidentes não têm expediente nem momentos privados (momentos íntimos são outra coisa). Sua vida está permanentemente sob escrutínio da opinião pública.

Ninguém é obrigado a seguir uma carreira política. Mas quem o faz tem que saber que passará a viver numa vitrine, sob o olhar permanente e investigador da opinião pública.

Visto primeiro no Blog do Noblat.

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