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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mais um argentino acusado de racismo

Do blog do Cosme Rímoli

Em recente entrevista ao blog, Grafite mostrou a hipocrisa da situação no Brasil:

"Resolvi não levar adiante porque não daria nada. O argentino Desábato falou umas bobagens. Me chamou de macaco. Mas isso é comum nos campos de futebol. Houve um carnaval todo por causa dos dirigentes do São Paulo e do delegado. Eles queriam que eu desse queixa contra ele. Eu até não queria porque sabia que não iria dar em nada. Por isso não dei sequência. Tudo foi uma grande bobagem, um exagero."

E a confusão voltou a acontecer ontem em Minas Gerais. Também envolvendo um argentino e um brasileiro. Também Libertadores da América. A diferença é que com Grafite, era um clube brasileiro, o São Paulo, contra um argentino, o Quilmes. No Mineirão, ontem jogaram Cruzeiro e Grêmio.

Elicarlos acusou Máxi Lopez de tê-lo chamado de macaco. Os dirigentes cruzeirenses e a Polícia Militar de Belo Horizonte resolveram deter o argentino por racismo. Tentando defender seu jogador, o técnico Paulo Autuori se revoltou. Chegou a receber ordem de prisão. Revogada em seguida. A confusão varou a madrugada. Os envolvidos prestaram depoimento. Foi instaurado o inquérito com a acusação de racismo.

O clima ficou terrível para a partida decisiva, quinta-feira, em Porto Alegre. O Grêmio terá de ir além do que vencer por dois gols de diferença. Precisará mostrar que é considerado o clube mais "argentino" do Brasil por causa da sua garra em campo. Sua perseverança... Sua força nas divididas... E não por ter jogadores acostumados a chamarem negros de macacos.

Ainda não está provada a acusação de Elicarlos. Mas, infelizmente, essa ofensa é muito comum em jogos entre brasileiros e argentinos.

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