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sábado, 15 de agosto de 2009

As notícias de sempre da capital

Homens armados fecham Dutra e roubam dois carros

Do Estadão Online

Doze homens fortemente armados fecharam a Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense, ontem à noite, e roubaram dois carros. Eles usaram um Astra roubado para bloquear a pista central da rodovia e interromperam o trânsito no sentido Rio de Janeiro, próximo ao bairro Agostinho Porto, em São João de Meriti. Ninguém ficou ferido.

Os motoristas que trafegavam na Dutra por volta das 21h30 foram surpreendidos pela ação dos criminosos, armados com fuzis e pistolas. Eles obrigaram os motoristas de um Corolla (EAF-5525) e um Ford Fusion (DTR-1291) a deixarem seus carros. Eles fugiram com os veículos, ambos com placa de São Paulo, em direção ao Rio.

A ação dos assaltantes durou cerca de 15 minutos. Motoristas que viam a movimentação dos criminosos entraram em pânico. Alguns tentaram voltar em marcha à ré. Outros acabaram abandonando os veículos. A polícia investiga a hipótese de o grupo ser o mesmo que praticara, algumas horas antes, assaltos em Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense. O caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti).

No Rio, PMs roubam como nunca

Xico Vargas, no Ponte Aérea

Nunca, como nas últimas semanas, a Polícia Militar carioca somou tantas e tão evidentes malfeitorias. Na Polícia Civil já não há reservas em relação à crescente participação de PMs na venda de fuzis para quadrilhas de traficantes. E da maneira mais torpe que seria possível imaginar: apreendem-se em operação contra uma facção as armas que serão entregues dias depois a um grupo rival.

A vileza foi descoberta em julho, como consequência da escassez de fuzis nas mãos de traficantes. As armas teriam começado a rarear depois que Exército e Polícia Federal resolveram, finalmente, botar os olhos sobre as trilhas pelas quais esse material chega aos morros da cidade. Apertada a oferta, o preço de um fuzil passou para quarenta mil reais – ouro em pó, portanto.

Por isso, relatam policiais civis, operações da PM nos morros têm rendido muita droga e, entre as armas aprendidas, só aparece meia dúzia de pistolas. Nos últimos dias começaram a surgir também espadas Ninja, que os bandidos usariam para decapitar inimigos. Fuzis, que já foram numerosos nessas ocasiões, nada.

Nesta quinta-feira, 13, porém, a ousadia chegou ao ponto extremo. Um Golf preto, roubado e usado por bandidos que fizeram um arrastão, na terça-feira, no túnel Santa Bárbara, em Botafogo, foi abandonado em frente ao cemitério São João Batista. Além de alguns arranhões, o resto estava intacto. Encontrou-o a PM, mas só anunciou o achado três horas depois. Antes ser levado ao pátio da 10ª delegacia, o automóvel foi completamente depenado pelos PMs à luz do dia, em local de grande movimento.

Placar mostra números da violência no Rio

Da Folha Online

Um placar instalado na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, mostra ao público, desde a madrugada deste sábado, os principais índices da violência no Estado. O placar, montado pela organização não governamental Rio de Paz, mostra o número acumulado das ocorrências criminais de janeiro de 2007 a maio deste ano, com base nas estatísticas oficiais do governo do Estado.

Quem passa pelo calçadão de Copacabana pode ver, no chamado Placar da Violência, o total de homicídios ocorridos no Estado no período (14.609) ou o número de pessoas mortas supostamente em confronto com a polícia, os chamados autos de resistência (2.921).

Segundo o diretor da ONG Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, o objetivo do Placar da Violência é divulgar as informações para a população.

"Numa democracia, a transparência é regra. O segredo é exceção. Então, informar à sociedade sobre os números relativos às mortes violentas registradas representa uma forma de auxiliar a população a formar sua visão crítica sobre o êxito, ou não, das políticas de segurança voltadas à redução dos assassinatos em nosso território", afirmou.

A ideia era montar o placar há três semanas, mas só agora a Prefeitura do Rio de Janeiro autorizou a sua instalação na areia da praia de Copacabana. Segundo Costa, o placar será mantido no local enquanto a prefeitura autorizar ou até o momento em que os índices de violência forem reduzidos no Estado.

O Placar da Violência foi instalado nas proximidades da avenida Princesa Isabel e mostra ainda os números de lesões corporais (181.062), de policiais mortos em serviço (70) e o acumulado de ocorrências de pessoas desaparecidas (11.990).

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2 Comments:

At 15/8/09 23:38, Blogger Godrius said...

Notícias que entristecem o coração até do carioca mais desapegado com a cidade.
Lamentável estarmos vivendo isso.
Mais lamentável ainda é ter a certeza de que a tendência é piorar.

 
At 16/8/09 20:46, Blogger Otacílio Rodrigues said...

Tem razão, Rodrigo. Eu, particularmente, não vejo mais solução para o Rio.

O máximo que algum bom governante pode conseguir, à essa altura, é segurar um pouco a onda de violência que não poupa mais ninguém.

Acabar com o problema - ou mesmo reduzi-lo a níveis aceitáveis - já é, infelizmente, um sonho impossível.

E é muito triste constatar que toda a beleza da outrora Cidade Maravilhosa está entregue nas mãos dos bandidos, de todos os calibres e patentes.

 

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