Procurando peixes no Parque das Águas

Depois de um bom tempo sem visitar o Parque das Águas (impliquei com o local depois que virou estacionamento das viaturas da Agência do Meio Ambiente), fui até lá ontem caminhar e tirar umas fotos.

Na verdade, queria mesmo era conhecer os novos habitantes da lagoa dos peixes, ou seja, os cascudos, as carpas, as tilápias e os lambaris anunciados pela prefeitura, meses atrás, que substituiriam os antigos peixes, retirados para a alardeada "primeira limpeza da lagoa nos seus 10 anos de existência."

As fotos feitas na tarde de ontem mostram muito bem o estado da lagoa dos peixes depois da tal limpeza dos 10 anos. Além da água suja e completamente turva, nem sinal de peixes. Muito menos da bela garça que morava ali há anos, quase sempre de sentinela sobre o chafariz que agora está desligado.

Os únicos habitantes que restaram na lagoa são os pombos, que ainda esperam pelas sobras dos alimentos jogados aos peixes. Ontem, não havia ninguém no caramanchão, também vazio de plantas e de flores (nos canteiros, o mato cresce impunemente).

E aí vem a costumeira pergunta que não quer calar: o local que abriga a sede da Agência do Meio Ambiente (e as suas viaturas) não deveria ter uma lagoa-modelo, limpa, cheia de peixes, tartarugas e garças pousadas em chafarizes jorrando água? Também não deveria ter um caramanchão coberto de plantas e de flores?

Muito bem. Quase tudo isso existia na época em que eu costumava frequentar o parque, antes que a visão constante de uma frota de veículos oficiais estacionados ao lado da pista de caminhada me obrigasse a mudar de rumo.

Publicado no Resende Afora.