Foto Reuters
Clovis Rossi, no El País
No governo Lula, Dilma era uma espécie de primeiro-ministro, como chefe da Casa Civil, supervisora geral do governo. Ora, todos os escândalos que acabaram resultando na demissão de ministros referem-se a fatos ocorridos no governo do qual Dilma era a supervisora.
Portanto, trata-se de uma gerente sumamente distraída, que não só não se deu conta do que ocorria às suas costas (ou à sua frente) como aceitou designar para o ministério pessoas que, se tivesse sido devidamente supervisionadas, jamais ocupariam outra vez cargos públicos.
Pior: os demitidos foram substituídos por representantes das mesmas famílias políticas (ou "famiglias", ao gosto do leitor), que se tornaram donas de fatias do governo.
É uma disfunção já clássica na política brasileira: o presidente nomeia um político para chefiar um ministério e este preenche todos os cargos de confiança, abaixo dele, com seus correligionários.
Cada ministério acaba virando uma "caixa preta" - o que é um convite a negócios, legais ou irregulares, com seus amigos e partidários. Posto de outra forma, o ministério trabalha para o partido, não para o público.
Editado e enviado pelo Ex-Blog do Cesar Maia (via e-mail)
.
Publicado no Resende Afora.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home