O protesto através do referendo
Trecho de matéria de Larry Rohter, do New York Times
Apesar do apoio à proibição ter começado forte, ambos os lados agora concordam que a disputa está apertada e o resultado é incerto.
"Nós ainda estamos à frente, mas nossa vantagem está caindo e eles estão avançando", disse Rubem César Fernandes, do Movimento Viva Rio. "Eles estão mais fortes do que achei que estariam e a estratégia deles é muito mais eficiente do que a nossa."
Um obstáculo é que o estatuto que entrou em vigor no final de 2003 deveria ser acompanhado por outras medidas para melhorar a segurança pública. Mas, em vez disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu cortes no orçamento e, distraído pelo pior escândalo de corrupção na história moderna brasileira, não tem conseguido nem mesmo gastar a quantidade reduzida que está disponível.
"Os eleitores de classe média estão apavorados porque não vêem investimento sendo feito em segurança pública", disse Raul Jungmann, um membro do Congresso que é líder da coalizão do "sim". "Isto torna nossa tarefa ainda mais difícil."
Além disso, o escândalo de corrupção criou um ambiente de total desencanto com as autoridades, o que está levando os brasileiros a buscar formas de expressar tal sentimento. "Votar 'não' se tornou um protesto contra tudo o que está acontecendo, como se fôssemos o governo", disse Fernandes.
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