Depois do susto no Mengão, Resende pára o Flu

A caneca do Resende Futebol Clube...


e o seu autor Murilo

Foi um jogão. Ontem no Maracanã quase vazio, o Resende - penúltimo colocado no campeonato estadual - entrou em campo destinado a tomar outra goleada, depois de perder para o Flamengo por 4 a 2 na rodada anterior. Pelo menos é o que pensavam o narrador Luís Roberto e o comentarista Sérgio Noronha, da Rede Globo. Antes do início do jogo, o papo entre eles era sobre as possibilidades do Resende diante de um Fluminense sem Dodô e Leandro Amaral. E, depois do primeiro gol do Fluminense, aos 4 minutos do primeiro tempo, parecia que não havia mais nada a dizer.

Mas Luís Roberto e Noronha não contavam com a astúcia de Alexsandro que, logo em seguida, empatou o jogo com um golaço, depois de uma fulminante corrida pela lateral direita. Os próximos 20 minutos foram dominados pelo Resende, com mais posse de bola e belas jogadas, até que o mesmo Alexsandro marca o segundo gol, que nasceu de uma antológica cabeçada na área adversária. A partir daí, só deu ele, no campo e na cabine da Globo. Nunca se viu e se falou tanto em Alexsandro em rede estadual.

Mas veio o segundo tempo e, com ele, o empate do Fluminense, através do pé direito de Cícero. Só que, ao contrário do Flamengo, o Fluminense não conseguiu virar o jogo e tudo acabou como no bolero do João Bosco e do Aldir Blanc: dois pra lá, dois pra cá. Um empate com gosto de vitória para o Resende, que jogou de igual para igual com um dos melhores times do Rio, em pleno Maracanã. Luís Roberto e Sérgio Noronha que o digam.

Conclusão do RA: Taí, depois de torcer durante 90 minutos diante da tevê, descobri, enfim, que sou Resende desde criancinha.