Não vejo mais a Veja
Muito bem. Nos últimos anos li pouco a edição impressa da Veja, já que o acesso às matérias era liberado na internet. Depois de erguida a barreira da assinatura compulsória, cheguei até a pensar em pagar pela edição online. Até que vi esta capa:
E, depois, esta:
E aí, veio a campanha do Nassif e uma avalanche de protestos nos blogs que costumo freqüentar e fui me sentindo cada vez mais isolado na minha fidelidade. Abandonar Veja e passar a ler IstoÉ ou Época depois de tantos anos vestindo a camisa da "melhor revista semanal brasileira"? Até algum tempo atrás isso me parecia impossível, mas agora, diante do mundo de informações confiáveis - e gratuitas - disponíveis na internet, acho que não preciso mesmo de nenhuma delas, principalmente da antiga companheira Veja, que está se tornando, pouco a pouco, uma revistinha (na quantidade de páginas e no conteúdo) execrável. Assim, só me resta aderir ao coro dos descontentes e também proclamar que:
2 Comments:
Em primeiro lugar, desculpe-me a invasão, mas procurando a respeito da cidade de Resende e seu povo, deparei-me com este post, que merece ser comentado.
Hoje neste país, os órgão de imprensa tem caráter cada vez mais governista, com eles vendendo cada vez menos nas bancas e perdendo espaço para a internet, só o patrocínio governamental salva.
A Veja ainda possui alguma voz discordante em relação aos outros veículos de imprensa, o que é louvável. O que não é louvável é fazer matérias "abrandadas" pois assim a estatal A ou B vai publicar mais anúncios em suas páginas.
Quanto ao esquerdismo assola nossa terra, talvez o seu grande mal seja de não ter uma direita de verdade, com valores e discurso para enfrentá-la.
Já o esquerdismo latino-americano, em sua grande maioria se mostra conivente com ditaduras brutais (como a Cubana), governos irresponsáveis (como os de Chavez, Morales e de Correa), narcotraficantes e terroristas (no caso das Farc). Para piorar, a esquerda brasileira promoveu o Foro de São Paulo que reuniu toda essa gente e ainda elaboraram um documento conjunto de cooperação. Não seria o caso de pensar: "quem anda com porco, farelo come"?
Gosto do blog.
Um abraço
Grande Lobão!
Respeito o seu ponto de vista e concordo com você em quase tudo. O único porém fica por conta da "ditadura brutal cubana", que pressupõe uma "democracia americana preocupada com os direitos humanos". E a invasão do Iraque, que completa hoje 5 anos, com um saldo macabro de quase 100 mil mortos? E os horrores da prisão de Guantânamo, irônicamente plantada em solo cubano?
Cuba só é o que é por causa dos EUA, que nunca reconheceram o governo de Fidel Castro e lideram um brutal (aqui o termo é pertinente) embargo econômico ocidental desde a queda do ditador (aqui, também, o termo é pertinente) Fulgêncio Baptista.
O isolamento fez de Cuba um país único na América, que ostenta vitórias como a erradicação do analfabetismo e atendimento médico de qualidade para todos os cidadãos.
Faltam, é verdade, as vantagens do mundo capitalista, que estão logo ali em Miami, à disposição dos exilados cubanos que sonham em derrubar o regime castrista e abrir a ilha para os empreendimentos hoteleiros internacionais e transferir os atuais habitantes do centro de Havana para a periferia, deixando a capital e todo o resto com cara de América "democrática".
Acho, Grande Lobo, que o fim do socialismo cubano vai trazer muita riqueza para poucos e miséria para muitos. Não a miséria de não poder freqüentar os MacDonald's americanos, mas a miséria de não ter o que comer dos favelados brasileiros. Será que vale a pena?
Um grande abraço e apareça sempre.
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