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quarta-feira, 9 de abril de 2008

A alegre noite de Nelson Motta na AEDB














































Acima, o compositor, produtor musical, diretor artístico, jornalista e escritor Nelson Motta posa para fotos com leitoras depois de quase duas horas de palestra na Associação Educacional Dom Bosco, cumprindo mais uma etapa do Projeto Tim Grandes Escritores, que já trouxe a Resende Ignácio de Loyola Brandão, Marina Colasanti e Sérgio Cabral.

Diante de um auditório lotado de estudantes e de admiradores contemporâneos, Nelson iniciou os trabalhos ao som de "Vale Tudo", um dos grandes sucessos de Tim Maia e que dá nome ao seu livro mais recente, dedicado ao cantor.

A partir dali, todos fizeram uma viagem de volta ao passado, que começou na Bossa Nova, visitou a Jovem Guarda, destrinchou a Tropicália, louvou a Disco Music, abominou a moderna música sertaneja - "trilha sonora do governo Collor" - e saudou a coragem do Rock Brasil nos anos 1980, "só possível porque já não havia mais censura no país".

A rigor, nenhuma novidade. Tudo o que foi dito no auditório da AEDB na chuvosa noite da última segunda-feira está nas páginas de dois livros do autor, "Noites Tropicais" (lançado em 2000) e "Vale Tudo" (2007), tema de abertura e de encerramento da palestra.

Mas nada como ouvir do próprio Nelson as saborosas histórias dos festivais de música dos anos 1960, que revelaram, entre outros, Chico Buarque, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elis Regina. Nada como ouvir do autor da letra de "O Cantador" de como ele se rendeu ao estilo revolucionário das concorrentes "Alegria, Alegria" (Caetano) e "Domingo no Parque" (Gil) no III Festival de Música Popular Brasileira.

Na verdade, assistir a uma palestra de Nelson Motta é como estar frente a um velho amigo, ouvindo suas histórias que já conhecemos de cor e salteado, mas nos emocionamos a cada nova narrativa. Mesmo porque essas histórias fazem parte da história de nossas vidas.

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