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sábado, 5 de abril de 2008

Verdades e mentiras do cinema

O cinema, para Glauber Rocha, era um duende infantil que habitava as salas escuras

Carlos Heitor Cony, na Folha Online

Quando a criancinha no colo da mãe disse que o rei estava nu, ninguém pensou em promover um ato público em defesa da roupa inexistente e do rei pelado.

Discretamente, os áulicos da comitiva real devem ter feito uma barreirinha, protegendo a nudez do monarca, que logo voltou ao palácio e se colocou em trajes convencionais.

Pulo do conto do Hans Christian Andersen diretamente para a sessão de cinema aqui no Rio onde um filme de Glauber Rocha estava sendo exibido pela milésima vez.

Uma voz se levantou da platéia, era de Madureira, não o subúrbio, mas o humorista homônimo, que declarou que o filme (não o Glauber) era uma merda.

Estupor entre as cultas gentes! Ranger de dentes!

Como podiam ter deixado um cara daqueles, que não pertencia ao povo eleito, penetrar no sagrado pátio, no templo da arte do Terceiro Mundo que salvará a espécie humana das tiranias e do uso desenfreado da Coca-Cola e dos filmes do Rambo?

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