Eclipse surpresa
Aconteceu assim: Fui para a Ponte Azul (originalmente batizada de Miguel Couto Filho) mais ou menos às 17:30 para fotografar o nascer da primeira lua cheia do mês. Armei o tripé, posicionei a câmera e fiquei aguardando o início do espetáculo que, a julgar pela prévia do dia anterior (veja nas Imagens de sexta), ia ser deslumbrante. E foi então que pouco antes das 18 horas surgiu no horizonte um pequeno pedaço de lua, menor até do que um quarto crescente. Mas como, se era noite de lua cheia?
De início, fiquei imaginando que o restante da lua estivesse escondido pela fumaça de uma queimada ou, mesmo, por uma nuvem passageira. Nada disso, o céu estava totalmente limpo. Aí, já desconfiado, liguei para casa e perguntei ao meu filho se havia alguma notícia de eclipse na internet. Um minuto depois, ele liga de volta e confirma a minha suspeita: era sim um eclipse parcial da lua, que só voltará a se repetir daqui a um ano, em agosto de 2009.
Ual! Uma lua cheia nascendo eclipsada era, para mim, um fato inédito, acontecendo ali, bem diante da minha câmera. Só tive o trabalho de apertar o dedo, o que fiz várias vezes, enquanto pensava, todo contente, no principal requisito para uma boa foto: estar no lugar certo, na hora certa.
PS do RA: Enquanto fotografava o eclipse, um carro buzinou do meu lado. Era o grande André Whately me convidando, aos gritos, a ir a algum show. Ao seu lado, no banco do carona, um rapaz de cabelos compridos que, na hora, empolgado com o eclipse, não reconheci. Eu disse ao André que iria (como sempre digo) e ele seguiu o seu caminho. O carro de trás também buzinou e eu acenei sem saber para quem. Voltei para o meu eclipse e dali a um minuto caiu a ficha: o rapaz ao lado do André era ninguém menos que o super guitarrista Victor Biglione e, no outro carro, o grande violonista Marcel Powell, filho do Baden. Ambos, acompanhados do André, estavam indo se apresentar no Jazz Village Bistrô, em Penedo. Caramba, que noite!
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