Jornais impressos em queda nos EUA
A tiragem dos jornais impressos nos EUA caiu de novo. Em setembro, a média em dias de semana (segunda a sábado) nos seis meses até setembro passado foi de 38.165.848, uma redução de 4,6% sobre o mesmo período um ano antes.
Aos domingos, a queda foi maior: de 4,8%.
Muitas razões são apontadas para essa redução na tiragem dos jornais. A concorrência da internet é talvez a maior ameaça para os diários renovarem seu público.
Mas eis outra explicação publicada ontem (dia 28) pelo “New York Times”: “Parece impossível para mim que vocês estejam cortando custos dramaticamente sem que isso tenha impacto na qualidade editorial do seu produto”. A frase é de Peter Appert, analista da indústria de jornais na Goldman Sachs. Ele completa:
- Eu não posso provar que esses cortes estejam fazendo a tiragem cair, mas é certamente algo que se eu fosse um publisher de jornal me deixaria acordado de noite.
Há notícias de cortes de jornalistas quase semanalmente. O “Los Angeles Times” anunciou segunda-feira a demissão de 75 jornalistas na sua redação. O “LA Times” já teve 1.300 jornalistas no passado. Agora, está com cerca de metade.
Em Washington, outra notícia sombria. Sam Zell, o chefe da Tribune Corp., que controla o “LA Times” e o “Chicago Tribune”, anunciou uma medida para conter custos: vai fundir as sucursais dos dois jornais na capital norte-americana.
O “Chicago Tribune” abriu sua sucursal em Washington em 1859, ainda durante a administração de Abraham Lincoln. O “LA Times” tem escritório na cidade desde 1914.
O total de jornalistas em Washington trabalhando para o “Chicago Tribune” e para o “LA Times” é de 42. Depois da fusão, serão apenas 12.
P.S.: depois de postada a notícia, veio mais essa:
Acaba o "Christian Science Monitor” diário.
Com 18 correspondentes no exterior e grande prestígio, o centenário jornal "Christian Science Monitor" anunciou que vai parar de imprimir sua versão diária em papel. Passará a ser semanal e pretende ampliar seu site com as notícias diárias.
A mudança entrará em vigor em abril do ano que vem.
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