Bateu, esganou e jogou a filha pela janela - 2

Terminei o post lá de baixo falando sobre o casal Nardoni (a formação dos dois, a vida absolutamente normal que eles levavam em um bairro de classe média da zona norte paulistana com os dois filhos pequenos, etc). Mas aí, alguém me interrompeu aos gritos:

- Cara, mas todo mundo diz que eles brigavam muito, que a Jatobá tinha ciúmes da Isabella, que ela falava muito palavrão...

E eu respondo com a seguinte pergunta que não quer calar: se era assim mesmo, por que a mãe de Isabella permitia que ela passasse dois finais de semana por mês com o pai e a madrasta? Se era assim mesmo, durante todo esse tempo (cerca de quatro anos), a menina deve ter sofrido várias agressões, tanto do pai quanto da madrasta, certo?

- Ah, isso eu não sei... Pode ser que sim.

E será que a mãe nunca havia notado marcas de tapas, beliscões e roxos diversos no corpo de Isabella, depois dos fins de semana com o pai e a madrasta? E os vizinhos que afirmam ter ouvido gritos da menina na noite em que ela morreu, será que também não ouviram outros gritos em semanas, meses e anos anteriores à tragédia? Se ouviram, por que não denunciaram os maus tratos que o pai e a madrasta impunham à filha/enteada durante as visitas?

- Mas isso não tem nada a ver com o caso! O que interessa é que naquela noite de dois anos atrás eles mataram Isabella e a jogaram pela janela.

Próximo capítulo amanhã.