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sexta-feira, 2 de julho de 2010

O 'dunguismo' acaba com o Brasil

Do El País

Há 16 anos, um vírus incubou-se no futebol brasileiro. A seleção canarinho estava sem ganhar um Mundial desde 1970, no México, e o então treinador Carlos Alberto Parreira decidiu a mutação.

O Brasil se europeizou e acabou triunfando em 1994, com Carlos Dunga - um jogador forte, bronco e sem arte nos pés - como o expoente máximo do time.

A cepa viral se estendeu e, com Dunga já como técnico, o Brasil sentiu-se imune ao fracasso. Chegara ao trono pela via industrial, sem concessões à arte que havia divinizado Leônidas, Pelé, Garrincha, Jairzinho, Rivelino... E também Zico, Falcão e Cerezo, que nunca foram campeões do mundo, mas estão gravados na retina de todos os nostálgicos.

Hoje, este Brasil de costas largas também foi repatriado antes do tempo, como o time de 1982. Porém, ao contrário daquele, deste só ficará um eco distante. Mas ainda se falará do "dunguismo", a menos que o Brasil encontre logo um antídoto.


Matéria traduzida e editada pelo RA.

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