O eterno reflexo de um Beatle

Aos 40 anos, uma das últimas imagens de John Lennon

Desde os meus longínquos 10 anos de idade, John Lennon sempre fez parte da minha vida. Continua sendo uma referência importante na música e, principalmente, no comportamento. O RA tem muito o espírito dele. Ter abandonado uma "promissora" carreira de economista para ser fotógrafo e jornalista em um grande jornal carioca tem a inspiração do John. Ter abandonado o grande jornal carioca para cuidar dos filhos pequenos aqui em Resende é puro John.

Por isso, todas as datas importantes que lembram o eterno Beatle, eu sinto e comemoro como se fosse um membro da minha família ou um grande amigo que se foi. Hoje, dia 9 de outubro, ele faria 70 anos, quase a idade do Paul, que está chegando ao Brasil, em plena forma, para alguns shows memoráveis em Porto Alegre e São Paulo. E se John não tivesse morrido 30 anos atrás? Será que já teria aparecido por aqui com a Yoko e com o Sean?

Muito provavelmente. Mas jamais teria se apresentado em um grande estádio como Paul. Questão de estilo, de prioridades. Paradoxalmente, o tranquilo Paul sempre adorou os palcos, a vida na estrada, os estúdios e as gravações. John, apesar da rebeldia, preferia ficar em casa com a família, cozinhando, vendo TV e gravando um disco de vez em quando. De longe, eu o acompanhava sempre em pensamento. Exatamente como farei hoje aqui no RA: um dia inteiro de homenagens à imagem que jamais se apagará no meu espelho.

Otacílio Rodrigues no Resende Afora.