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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fugindo da crise, portugueses emigram para o Brasil

Da BBC Brasil

A crise econômica que afeta Portugal desde 2008 está levando portugueses a emigrar em busca de melhores condições de vida. Um dos principais destinos desta nova onda é o Brasil, por causa do crescimento da economia brasileira.

Ao contrário do que acontecia no século passado, quando portugueses com destino ao Brasil não tinham formação acadêmica – muitos eram semianalfabetos ou analfabetos – a maior parte dos lusitanos que formam a onda atual tem curso superior.

"São pessoas cada vez mais especializadas. Constitui uma de fuga de cérebros, mas desta vez o destino é o Brasil. Não é uma migração dos países menos desenvolvidos para os países ricos, como se dizia nos anos 60", afirma o cônsul do Brasil em Lisboa, Renan Paes Barreto.

Segundo o serviço consular da representação, o número de pessoas que têm o Brasil como destino vem aumentando.

"No ano passado foram cerca de 1,5 mil vistos de trabalho, praticamente o mesmo número de 2009. Este ano, nos primeiros três meses foram 500", conta o funcionário do consulado responsável pela seção de vistos, José Luiz Neves.

Sobre o perfil do português que busca o visto para trabalhar no Brasil, Neves relata que "são predominantemente engenheiros e técnicos de plataformas de petróleo. Mas há outras profissões, como arquitetos".

Emigrantes

O oficial de náutica Bruno Pereira, de 26 anos, é um dos que fizeram fila no consulado para receber o visto de trabalho. Ele trabalha em navios que fornecem a logística para plataformas de petróleo.

"Lá (no Brasil) o negócio do petróleo está muito forte. Em Portugal, não teria chance de conseguir trabalho nessa área", conta.

Pereira, que trabalha para uma empresa alemã, afirma que os salários estão aquecidos no Brasil.

"Eu recebo salário europeu. Nas empresas brasileiras, os oficiais de náutica recebem perto de R$ 10 mil por mês, mais previdência privada e seguro de saúde. Nas empresas europeias recebemos um pouco menos do que isso e sem seguro de saúde nem previdência privada".

Para o arquiteto Pedro Ribeiro, de 40 anos, o Brasil vai ser o caminho para fugir da crise.

Especializado em remodelação de interiores, com mais de 15 anos de profissão, ele escolheu o Recife como destino por conta dos contatos profissionais que tem na cidade, muitos dos quais trabalharam em Portugal.

Ribeiro comparou a situação portuguesa atual com a de 2007, de antes da crise internacional. "Estamos agora com metade da quantidade de trabalho e metade das margens de lucro".

Editado e publicado no Resende Afora.

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1 Comments:

At 5/12/11 22:15, Anonymous Anônimo said...

OS PORTUGUESES DEVERIAM SER TRATADOS NO BRASIL, DO MESMO MODO COMO ELES TRATAM OS BRASILEIROS LÁ!

 

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