Cala a boca, Pelé!
Famoso tanto por seu glorioso passado no futebol quanto pela imensa capacidade de falar besteira, Pelé acaba de declarar no Jornal Nacional que está preocupado com o destino da Seleção Brasileira na Copa da Alemanha:
- Pela minha experiência, todo time que chega favorito à uma Copa não consegue ganhar.
Na verdade, Pelé detesta que algum jogador ofusque a sua fama de "melhor de todos os tempos". E quando são vários excelentes jogadores formando uma seleção considerada imbatível, como a atual, aí ele fica maluco e parte para o ataque, temendo, talvez, que a gloriosa seleção de 70 - da qual foi o principal personagem - seja esquecida. Quando isso acontece, o "Rei" (urrastes?) começa a apontar seleções estrangeiras como favoritas ao título. Faz a mesma coisa - muito pior até - com os jogadores brasileiros que despontam para o estrelato.
Só para dar dois exemplos, nos últimos anos, Pelé cansou de falar mal do Ronaldo Fenômeno (eleito três vezes o melhor do mundo) e do Ronaldinho Gaúcho, o atual melhor do mundo, eleito duas vezes seguidas. Aliás, até pouco tempo atrás, o melhor dos melhores era, na sua opinião, o francês Zinedine Zidane, o carrasco do Brasil na Copa da França. Somente depois da segunda vitória do Ronaldinho é que ele deu o braço a torcer. Foi, todos sabem, o último a reconhecer a genialidade do Gaúcho.
Sobre a recente má fase do Ronaldo no Real Madrid, Pelé - com toda a fineza que lhe é peculiar - culpou os problemas pessoais do jogador (referindo-se às namoradas e esposas) pelo jejum de gols e de boas atuações. Muito bem. Hoje, Ronaldo marcou o seu centésimo gol no time espanhol, o quarto em quatro jogos consecutivos. Não seria o caso de elogiar a sua capacidade de recuperação e incentivá-lo a fazer uma grande Copa do Mundo na Alemanha? Seria, se não estivéssemos falando do Pelé, a ave de mau agouro oficial do futebol brasileiro.
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