O pior momento do Pan
Estava eu todo emocionado e orgulhoso de ser brasileiro (Brasiiiill!) assistindo ao final da abertura do Pan, quando surge impávida e altaneira (quem? quem? quem?), Daniela Mercury, cantando (vê se pode!!) Cidade Maravilhosa. Deus do céu, tantos meses de ensaio, tantos fogos, tantas luzes, tantas vaias ao Lula, tudo lindo e maravilhoso, para no fim dar nisso? Pô, organização, milhares de cantoras no Brasil e escolhem logo a Daniela Mercury? Ah, mas ela canta bem, tem uma boa voz, uma boa presença de palco... Pode até ser, mas e carisma, simpatia, apelo popular, nada disso importa? Pois eu e toda a galera aqui da redação achamos que sim, e mais: Daniela não preenche nenhum desses requisitos. Ah, eu tô maluco? Me apontem então um único sucesso musical dela comparado a qualquer hit de Ivete Sangalo (só para ficarmos na terra de Caetano e Gil). Na verdade, Daniela Mercury é, já há algum tempo, uma cantora de eventos internacionais. Tem uma feira de turismo na França? Manda a Daniela pra representar o Brasil. Tem um simpósio sobre bio-combustíveis no Canadá? Levem a Daniela! Mas aqui no Rio de Janeiro, no Maracanã, cantando Cidade Maravilhosa e Aquarela do Brasil no encerramento da festa de abertura do nosso tão sonhado Pan? Será que foi um pedido do Lula? Só pode. Acho que ele, já imaginando as vaias que receberia, resolveu sacanear geral. E sacaneou mesmo.
3 Comments:
Puxa, Otacílio,
Você ficou "brabo" mesmo, mas com razão. Cidade Maravilhosa deveria ser cantada por uma (ou um) carioca da gema para ser mais autêntica a atuação. Mas, toca o bonde. O que está feito não está por fazer. Talvez a Daniela Mercury nem tenha sido sugerida pelo Lula. Deve ser coisa da produção.
Abração.
Grande Mestre! É, pode ser que o Lula esteja inocente nesse imperdoável deslize pan-americano. Mas, cá pra nós, acho que a Daniela só conseguiu cantar as duas músicas inteiras porque todo o estoque de vaias do público já tinha sido gasto com o presidente.
Grande abraço.
Caro Otacílio, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, é duque na mesma linha. Ela não foi vaiada porque a turma do César Vaia deve ser chegada a essas grandes produções impostas pela ditadura das 4 multinacionais fonográficas que dominam o país. A intérprete deveria ser uma carioca, sim e do samba. E há muitas delas.
Lais Amaral
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