'Eleição das sete maravilhas foi uma farsa'

Da BBC Brasil
Um editorial publicado nesta segunda-feira pelo jornal espanhol El Mundo afirma que a eleição das sete novas maravilhas mundiais - entre as quais figura a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro - foi uma "farsa em escala global".
O jornal afirma que os espanhóis ficaram "profundamente decepcionados" ao saber que o candidato do país, o monumental palácio muçulmano da Alhambra, na Andaluzia, não receberá o status.
"A explicação é bem simples: a eleição se deu por votos através da Internet e de telefones celulares. O Brasil tem 188 milhões de habitantes, por isso existia um potencial de votantes muito maior que a Espanha ou a Grécia (que concorria com a Acrópole)."
Apesar de considerar alto o número de votos na eleição - 100 milhões, segundo os organizadores - o El Mundo disse que o processo foi "um grande negócio" marcado por "simpatias nacionais".
"O que o organizador Bernard Weber fez não foi divulgar estas grandes maravilhas artísticas do mundo, e sim tirar proveito delas do ponto de vista econômico. O que é incrível é que prefeituras e instituições públicas em todo o mundo tenham se prestado a participar desta farsa global."
"Após o sucesso comercial deste concurso, é certo que dentro de muito pouco tempo serão organizados outros para eleger as sete belezas naturais do mundo ou os onze melhores jogadores de futebol da história", diz o texto.
"O negócio está assegurado, porque o público está ávido por este tipo de espetáculos, baseados nas possibilidades de participação oferecidas pela Internet e as novas tecnologias. Tudo, entretanto, é apenas espelho criado por um gênio de marketing que deve estar rindo do mundo a estas horas", conclui o jornal.
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