Mesmo censurado...
"...Fernando Gabeira é o mais bem-sucedido remanescente de 1968", escreve Zuenir Ventura no recém-lançado '1968: O que fizemos de nós' (Ed. Planeta). "Ele não está falando do ponto de vista material, certo?", tenta confirmar Gabeira. "Porque do ponto de vista material... eu não sou absolutamente bem-sucedido. Muito possivelmente sou mais duro que você... muito possivelmente!", e cai na risada.
"Nunca tive grana para comprar nada. Minha família é muito pobre, meu pai era fudidaço lá em Minas, nunca tive nada. Sou bastante pobre comparado com... a média de pessoas da minha... classe. Não tenho nem casa própria, mas alugo um apartamento e a mulher com quem eu vivo tem o apartamento e e eu vivo com ela lá."Voto de pobreza? "Não, evidente que não! É falta de grana mesmo!", e torna a rir. "Tenho duas motocicletas, computadores e câmeras fotográficas. Só."
De "jornalista militante no movimento estudantil em 1968" a "uma das raras unanimidades políticas do país em 2008", Zuenir Ventura define o bem-sucedido político: "Pelas suas atitudes e comportamento de vanguarda, Gabeira corria o risco de ser tratado como um político charmoso e excêntrico. No entanto, poucos parlamentares têm tanta credibilidade quanto ele".
Da matéria "As pontes de Fernando", publicada na Rolling Stone de maio de 2008.
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