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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Paula pode ter ajuda do Itamaraty para sair do país

Na Veja Online

A brasileira Paula Oliveira, que alega ter sido agredida por neonazistas há uma semana na Suíça, poderá ter a ajuda do Itamaraty para sair do país, evitando assim a abertura de um eventual processo penal por fraude. A decisão, no entanto, terá que partir da família de Paula, conforme disse ao jornal O Estado de S. Paulo a consulesa do Brasil em Zurique, Vitória Clever.

De acordo com a consulesa, o Itamaraty poderia organizar a saída de Paula antes da conclusão da investigação e da instauração de um processo penal. "Ela é uma pessoa livre, mas a decisão terá de ser da família", afirmou Vitória. A outra alternativa seria manter a versão inicial da brasileira e enfrentar as investigações até o fim. Segundo Vitória, a orientação do gabinete do chanceler Celso Amorim é de que o caso seja resolvido com urgência, para minimizar as consequências políticas do episódio.

Polícia suíça diz não ter evidências da agressão

Da Folha Online, em Zurique

Uma semana depois da suposta agressão sofrida por Paula Oliveira num subúrbio de Zurique, a polícia suíça ainda não encontrou nenhuma evidência que corrobore a versão da brasileira. Segundo fonte próxima da investigação, após vários interrogatórios e buscas no local onde teria ocorrido o ataque, a tese de automutilação ganha cada vez mais força.

A polícia não achou vestígios da agressão nem testemunhas, apesar de ter divulgado um telefone pedindo informações.

Paula está internada no Hospital Universitário de Zurique e a expectativa dos pais dela, que acompanham sua recuperação de perto, é a de que receba alta nos próximos dias. O pai, Paulo Oliveira, já disse que ela "não tem motivo para fugir", mas acha que o melhor é que ela volte à sua casa, em Recife, porque a Suíça no momento não é o local "mais amigável".

Ato por brasileira ferida na Suíça é suspenso em PE

Do UOL Notícias

Marcada para hoje à tarde, no Recife, por amigos, professores e entidades de defesa dos direitos humanos, foi suspensa a manifestação de solidariedade à advogada Paula Oliveira. A suspensão acata pedido do pai da pernambucana, Paulo Oliveira.

"Os familiares pediram a suspensão de qualquer tipo de manifestação ou declaração até que tudo seja esclarecido", disse hoje, por telefone, Marco Aurélio Peixoto, amigo e ex-colega de Paula na Faculdade de Direito do Recife e um dos organizadores do ato. "Ficamos agora no aguardo da sua chegada, aqui ela estará segura".

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