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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Resende sofre mais um amplo apagão


Foto feita às 21:41

Na verdade, foram quatro: dois entre 21:40 e 21:55, outro às 23:45 e outro agora há pouco, às 00:45. Como sempre, nós consumidores resendenses - que pagamos mensalmente contas de valores absurdos (principalmente se considerarmos a precariedade do serviço) - não teremos nenhuma ampla explicação, nenhum amplo pedido de desculpas.

Da mesma forma, as autoridades e a imprensa não vão se manifestar sobre esse amplo descaso que dura, pelo menos, 20 anos, que é mais ou menos o tempo que eu vivo em Resende (antes disso, não tenho notícia). Sempre foi assim e ninguém - que eu saiba - nunca reclamou. É como se o lado de cá do rio (os bairros Comercial, Campos Elíseos, Montese e Jardim Tropical) não existisse.

O cidadão está tranquilamente em sua casa diante da tela iluminada da tevê ou do computador e, de repente (não mais que de repente), tudo escurece. A raiva desse cidadão - neste exato momento - é indescritível (e isso, caro leitor do RA, eu posso garantir).

Primeiro, porque já está cansado de passar pela mesma situação, entra ano, sai ano, entra governo, sai governo, entra prefeito, sai prefeito. Segundo, porque sabe que o risco de ter uma peça importante (e cara) do computador - ou da tevê ou da geladeira - danificada é grande. E se isso acontece, esse cidadão será amplamente indenizado pela concessionária de energia elétrica responsável pelos apagões?

Tenho minhas dúvidas. Principalmente porque será preciso provar, antes de mais nada, que o dano foi causado efetivamente pelo apagão, o que, convenhamos, não é muito fácil, já que todo aparelho elétrico está sujeito a piripaques repentinos.

É por essa e por outras que eu pergunto: será que já não está na hora de alguém com força política (alô, bravos vereadores resendenses!) convocar a concessionária vitalícia (só mudou de nome!) a prestar esclarecimentos em uma ampla audiência pública? Aí, pelo menos, poderíamos saber os motivos da implacável escuridão que, vira e mexe, desaba sobre uma mesma parte da cidade há tantos e tantos anos.

A única arma de que disponho é este blog, e eu a venho usando há tempos. Já cheguei até a seguir um carro da concessionária durante um amplo apagão, para tentar descobrir o mistério que cerca esse problema insolúvel. Nada, a não ser a visão de funcionários amplamente perdidos nas ruas do Montese em busca, aparentemente, de um transformador desarmado.

Assim sendo, encerro este post na vã expectativa de que alguém que tenha armas mais poderosas se sensibilize e tome, finalmente, alguma providência. Caso contrário, até o próximo apagão!

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