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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Exército de fiscais invade 'El Clarín'


Foto El Clarín

Matéria da AFP publicada no Google News

Ao menos 200 inspetores participaram nesta quinta-feira de uma grande operação fiscal do governo da presidente Cristina Kirchner contra as empresas do grupo Clarín, denunciou Ricardo Kirschbaum, editor-geral do maior conglomerado multimídia da Argentina.

"A operação teve o claro objetivo de nos intimidar e nos ameaçar, de restringir nossa liberdade de expressão", disse Kirschbaum.

Segundo o editor, o responsável pela Administração Federal de Rendas Públicas (AFIP), Ricardo Etchegaray, lhe telefonou para dizer que havia ordenado a operação e que abriu um processo contra os supostos responsáveis por fraudes.

Os fiscais vistoriaram o prédio onde estão os escritórios e a redação do El Clarín, no bairro de Constitución, em Buenos Aires, e dez residências de diretores do jornal. A operação durou mais de três horas, revelou o Gerente de Comunicações Externas do Grupo, Martín Etchevers.

O grupo Clarín está no centro de uma disputa com o governo Kirchner envolvendo o projeto de lei de Meios Audiovisuais, que é analisado pelo Congresso.

Se a nova lei for aprovada, o Clarín terá que abrir mão de seus canais de TV abertos ou a cabo.

Organizações de imprensa argentinas e internacionais criticaram duramente hoje o projeto promovido por Kirchner e advertiram que a medida ameaça a liberdade de expressão e de segurança jurídica.

"Consideramos que os princípios constitucionais e internacionais de reconhecimento e garantia da liberdade de expressão, e a proibição da censura prévia, são ameaçados a partir de disposições que concedem aos governantes amplos critérios de discricionaridade".

A enérgica declaração surgiu do "Encontro pela Liberdade de Expressão", realizado nesta quinta-feira em Buenos Aires com diretores de várias entidades, entre elas a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e a Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas (Adepa).

Pálpito del RA: Segundo o Clarín, o que provocou a reação desmedida do governo Kirchner contra o jornal foi uma matéria, publicada hoje, denunciando o pagamento de 10 milhões de pesos de subsídio - liberado pelo Escritório Nacional de Controle Comercial Agropecuário (ONCCA), controlado por Ricardo Echegaray - a uma empresa de engorda de gado sem habilitação para funcionar. Para ler a matéria na íntegra (em espanhol), entre aqui.

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